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Jonasnuts

Jonasnuts

Shift

Jonasnuts, 13.10.08

Há sensivelmente um ano, sobre a Shift, escrevi aqui um post, e o Pecus até teve a amabilidade de me deixar por lá um comentário, sobre o qual mais tarde, em conversa, concordámos em discordar.

 

 

Tenho andado à espera que saia a versão em Língua Portuguesa do site, língua que é a da maioria dos participantes, presumo, língua que é a da maioria dos organizadores, presumo, língua que é a da maioria dos patrocinadores, presumo, língua que é a do País onde a conferência está a ser organizada, língua que é, presumo, a da maioria do target a que se destina a conferência.

 

Tenho estado à espera, mas ainda bem que tenho estado sentada, porque não há meio. A conferência começa depois de amanhã, e até agora, nada. Até as mensagens de erro são em inglês.

 

É tão boçal. É tão pequenino. É tão complexado.

O mal das janelas abertas, no Expresso

Jonasnuts, 06.10.07



Na revista Única desta semana, há um "artigo", sob a designação genérica de "Bem estar" que tem o título deste post, "O mal das janelas abertas".

O artigo vem assinado por Nelson Marques, que não conheço, não sei portanto qual a sua nacionalidade. Mas sei que escreve num jornal português, o Expresso.

Nessa perspectiva, ficaria bem se usasse o português de Portugal. Reparem, não tenho nada contra o português do Brasil. Não sou sequer da opinião que o português de Portugal seja melhor que o português do Brasil. São diferentes, e são ambos igualmente bons. Cada um no seu país, obviamente.

Assim, se na "Veja" eu ler: "E ainda há tempo e espaço para consultar três blogues, comunicar com quatro ou cinco pessoas no Messenger e baixar as músicas do computador para o leitor de MP3." eu não estranho.

Acho normal, porque no Brasil, não se transfere, baixa-se. No Brasil, não é um ficheiro, é um arquivo. E mais diferenças há. Saudáveis, respeitáveis, ditadas muitas vezes pela proximidade geográfica dos EUA, ou de quaisquer outras influências menos lusas. 

Mas, a verdade é que eu não estava (desta vez) a ler a Veja, estava a ler a Única, do Expresso.

Um jornal português, de Portugal. Onde se deveria usar o português, de Portugal.

Em Portugal, não baixamos nada a não ser, talvez, as calças. Eventualmente, no contexto do artigo, poderemos transferir as músicas do computador para o leitor de MP3, mas, definitivamente, não as baixamos.

E pronto....depois de ler isto, que vem logo no início do artigo, deixei de acreditar no que ali estava escrito ou, melhor, o meu sentido crítico perspectivou-se de outra forma.

Assim, informo o autor do artigo que, em primeiro lugar, para estar a fazer aquelas coisas todas ao mesmo tempo, o "Daniel" seria obrigado a ter um super computador, com um processador muito acima da média. Como há poucos computadores desses em Portugal, para estar a fazer aquilo tudo ao mesmo tempo, o "Daniel" teria de esperar tempos infinitos pela resposta do computador, pelo que, nada mais natural do que empregar esse tempo para se distrair.

A saber, o personagem da história estaria a elaborar a monografia de final de curso em aplicação não especificada, mas era provavelmente o curso de gestão, portanto estaria a usar o power point e o excell, estava também a aceder ao mail, num site de fotos, num site de vídeos, a consultar um PDF, a fazer o download de músicas, em 3 blogs, na conversa, via messenger com 5 pessoas diferentes, e a transferir músicas do computador para o leitor de MP3. Tudo isto em Windows descrito como o "programa estrela" da Microsoft.

Por último, o "Daniel" e o Nelson são homens o que justifica a dispersão. As mulheres têm ma capacidade de multitasking muito maior do que os homens.

Porque é que, tal como acontece no football, toda a gente acha que sabe escrever sobre tecnologia? Bem sei que a tecnologia está, hoje em dia, ao alcance de todos, mas dá algum trabalho. O facto de chamarem programa a um sistema operativo, usarem terminologia técnica errada (pelo menos em Portugal), tem dois maus resultados:
1 - Descredibilizar completamente o Jornal/Revista/Rádio/Televisão/Site onde tais barbaridades vêm escritas, pelo menos junto de uma comunidade mais tecnologicamente competente.
2 - Para os que têm menos competências tecnológicas que (ainda) são a maioria, está a dar-se informação errada. O que, num órgão de informação, me parece contraditório.

Estão a lançar e a perpetuar o erro. Pela parte que me toca, estão a descredibilizar-se, ainda mais.

Cáustica

Jonasnuts, 11.01.07
Antes de mais, um aviso à navegação.

Olhem para a tag cloud deste Blog. Já repararam nas Tags que têm mais importância? Feitio e Mau. A ordem está errada (embora seja alfabética), porque na verdade é Mau Feitio. E sou eu.
Os que me conhecem sabem que sou mesmo assim, pronto.

Segundo aviso à navegação (é mais seguro), este é o meu Blog pessoal, e as opiniões aqui expressas podem não reflectir (e provavelmente não reflectem mesmo) as opiniões das pessoas que me rodeiam, seja no local de trabalho seja lá onde for.

Terceiro disclaimer, as generalizações são perigosas, e eu sei disso.

Pronto, agora vamos à coisa propriamente dita.

Por causa de um debate com o André Ribeirinho sobre a utilização da língua inglesa, usada por portugueses para escreverem nos seus Blogs, e por causa do post ali mais abaixo (não me auto-linko, manias), recebi algumas respostas à minha eterna questão.

Porque é que portugas, escrevem em inglês, nos Blogs?

Compreendo os argumentos do André, não concordo, mas compreendo.

Agora já não compreendo quando usam o argumento "ah e tal, é para treinar o inglês".

Não me lixem, treinem mas é o português, que a julgar pela amostra, bem precisam.


E agora deixa-me lá passar isto no corrector ortográfico dos Blogs do SAPO, antes de publicar :)