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Jonasnuts

Jonasnuts

Eram 20h30, quando me comecei a interessar

Jonasnuts, 11.07.16

Estive sempre away do campeonato europeu. Via os jogos, e tal, mas estava-me borrifando. Dava-me quase igual que Portugal ganhasse ou perdesse. A sério.

 

Não vi a maior parte dos jogos, apenas acompanhava pelo Twitter que é a melhor forma de acompanhar jogos de futebol, tem-se a informação, as análises, as piadas e as críticas, em tempo real.

 

Antes da final preferia ganhar, porque........ França. E porque percebi o que isso significaria para os milhares de portugueses que lá estão a viver. Mas continuava a ser quase indiferente.

 

E depois tudo mudou. Às 20h30. Quanto o Cristiano leva aquela trancada. E quando se tornou impossível ignorar os critérios dúbios da equipa de arbitragem.

 

A partir desse momento, até lhes roía os ossos. Cabrões sem fair-play. A França é a França e o raio que os parta.

 

Posto isto, ainda acho que o futebol podia ser uma coisa bonita, para além da violência, e dos insultos (durante os jogos não conta, a parte de usar palavrões), acho que toda a gente podia ser mais irlandês.

 

Ou português:

 

 

Viver no cu do mundo (take 2)

Jonasnuts, 22.08.10

Acho que me expliquei mal no post anterior.

 

Eu conheço 1001 estratagemas e esquemas para dar a volta ao facto de algo não ser vendido em Portugal. A minha irmã viveu nos Estado Unidos e durante uns tempos tivemos um negócio de contrabando de DVDs muito interessante :) Eu encomendava na amazon.com, mandava entregar em casa dela, e ela depois remetia os caixotes para mim. Devo desde já informar que este contrabando era:

1 - Para uso meramente pessoal.

2 - Devidamente assinalado, já que ela fazia questão de escrever do lado de fora dos caixotes que se tratava de contrabando de DVDs (a mais pura das verdades, e nunca tive qualquer problema).

 

Tenho amigos ou conhecidos em muitas partes do mundo, e em cima disto tudo, há formas de subverter o esquema, online.

 

O que me irrita, é ter de recorrer a estratagemas. Não deveria ter que fazê-lo.

 

Eu conheço a forma de furar o esquema, e furo, mas irrita-me que as grandes empresas que andam por aí a gastar milhões em marketing de fashion stickness não percebam que há outras forma de agarrar os clientes. No meu caso, são precisas poucas coisinhas:

 

1 - Que falem na minha língua, correctamente.

2 - Que me tratem da mesma forma que tratam qualquer outro cliente, independentemente do país de origem.

 

Não é a primeira vez (nem será certamente a última) que me incompatibilizo com uma empresa por causa de uma das razões acima apresentadas.

 

Assim de repente, ocorre-me a Ensitel, obviamente, e a Kodak. Para a novela Ensitel, ver aqui ou  consultar a barra lateral deste Blog. Para a Kodak, é ver aqui.

Viver no cu do mundo

Jonasnuts, 22.08.10

 

(E reparem, cu, não leva acento).

 

Ando a tentar comprar uma coisa que já está à venda nos EUA, e em parte da Europa, e não, não é um iPhone4, que podia ter comprado em Barcelona, mas dispenso).

 

É uma geringonça que não sei o que é que faz nem para que serve, mas ele quer, e está quase a fazer anos.

 

Nas várias tentativas que fiz para comprar online, quer nos EUA quer na Europa, a resposta foi sempre a mesma, não estás com sorte nenhuma, não vendemos isso para o cu do mundo onde vives.

 

Globalidade? Sim, mas só para os importantes. Comunidade Europeia, sim, mas só quando interessa a alguns. Livre circulação de pessoas, bens e serviços? My ass. Vão-se lixar (porque o meu filho às vezes passa por aqui, e a minha mãe também).

 

Preciso de comprar um Ar Drone e, apesar de viver num país Europeu, membro pleno da CE, não consigo.

 

Portugal é muito lindo mas só para passar férias e para desancar por causa do deficit. De resto? É esquecer.

To pull a McGyver

Jonasnuts, 20.04.09

Parece que os falantes da língua inglesa, alguns deles pelo menos, descobriram Portugal, e não me refiro às terras algarvias.

 

O título do artigo é: The 10 coolest foreing words the English language needs.

Confesso que quando vi, pensei que me fossem dar com a charopada da saudade. Sabem? Aquela coisa de saudade ser uma palavra exclusivamente portuguesa, porque em mais nenhuma língua há uma palavra semelhante para expressar o mesmo tipo de sentimento. Foi giro este conceito, em tempos, hoje já se tornou cansativo.

 

Mas não. A palavra portuguesa que os senhores acham que faz falta no inglês é o desenrascanço.

E traduzem o conceito desta forma "to pull a McGyver".

E consideram esta palavra tão, mas tão importante, que até a colocam em primeiro lugar.

E eu sou contra.

 

Não acho que faça falta a ninguém o desenrascanço. É um conceito português, uma característica lusa, apurada ao longo de séculos, quiçá milénios, e que deveria ser marca registada, e fazerem como aquela coisa dos vinhos e dos queijos, e de ser de região demarcada, e com controlo de qualidade, e registar a coisa nas entidades internacionais competentes.

 

Já com o McGyver houve uma clara usurpação do conceito, o gajo que teve a ideia daquilo ou tinha ascendência portuguesa, ou passou cá umas valentes temporadas.

 

Podemos organizar visitas guiadas a exemplos da nossa capacidade de pull a McGyver, as reacções são sempre divertidas (ainda me lembro da cara dos senhores da SixApart quando viram o que tínhamos feito com uma instalação de MovableType), mas não partilharemos os truques e as idiossincrasias do desenrascanço. Isso é nosso, e só nosso.

 

Via 31 da Armada.