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Jonasnuts

Jonasnuts

Life is a bitch

Jonasnuts, 30.11.13

Já escrevi este post em Agosto deste ano, por motivos menos felizes, sinto que preciso de o republicar (adaptado):

 

Salvo raras excepções...... nós não temos problemas.

Temos contrariedades, pequenas desilusões, minúsculos dilemas.

 

Não nos apercebemos disso, normalmente. Empolamos tudo. Dramatizamos ao limite. E levamos a nossa vidinha cheios de "problemas" que, vai-se a ver, e não têm real importância nenhuma. Vão-se, com a espuma dos dias.

 

Tenho acompanhado ao longo das últimas semanas (interessa o tempo, nestas coisas?) um colega com um problema. Um problema real. E assisti, impotente como o resto do mundo, à luta que foi travada, na tentativa de resolver o problema.

 

A batalha foi travada, e foi perdida.

 

Devia haver uma lei natural, qualquer, que impedisse os pais de sobreviverem aos filhos.

 

Life is, indeed, a bitch.

Bicho do mato

Jonasnuts, 25.11.13

Sempre fui bicho do mato. E sempre fui impaciente. Sempre preferi ficar em casa, ouvir a minha música e dançar na minha sala, a ir para a bicha da discoteca in, fazer olhinhos ao porteiro, para que este me deixasse entrar. Aliás, com um destes simpáticos agentes da autoridade privada tenho uma história que ilustra bem o ponto de vista que pretendo expressar neste post.

 

Ia eu toda lampeira a entrar pelo Plateau adentro (quando estava na moda, parece), e o senhor aproxima-se de mim, barra-me a entrada, põe-me a mão no ombro e diz com aquele arzinho de administrador de condomínio recém-eleito avança com um "penso que não nos conhecemos". Não gostei do ar, nem da mão no meu ombro (vai lá pôr a mãozinha no ombro da puta que te pariu, espera aí que eu já te lixo), e limitei-me a sorrir de volta, retorquindo "é natural que não nos conheçamos, eu não tenho por hábito conviver com porteiros". Obviamente nem tentei entrar depois disso. Dei meia volta e fui-me embora. No dia seguinte expliquei às pessoas com quem ia ter o que se tinha passado, e recebi de volta uma expressão que conheço há muito, rolar de olhos, suspiro, esta gaja não tem cura.

 

Aliás, a minha mãe e a minha irmã passam a vida a olhar, cúmplices, uma para a outra, quando digo qualquer coisa que lhes faz cair a ficha, aquele ar de "pois, não há nada a fazer".

 

Passei isto ao meu filho. Bichas,  filas, trânsito, ajuntamentos, aglomerados, manifs, carneiradas, e é vê-los a olharem um para o outro e, muitas vezes sem ser preciso dizer uma palavra, dar meia volta e ir noutra direcção qualquer. Não sabemos para onde vamos, mas sabemos que não queremos ficar ali.

 

Assim que começa a Primavera, começa mais um ciclo. As esplanadas da linha de Cascais começam a encher-se. É o início de dieta de esplanadas, para nós. Porque do que eu gosto nas esplanadas é da calma, poder fazer uma pausa, olhar para o mar, assim, sem ser de repente. Chegar e estar às moscas. Sentar numa mesa, ser atendida, esperar o razoável, comer sem o stress do "ah, há ali pessoas que se querem sentar, vamos lá a despachar", saborear a comida (que é pouco mais que um pretexto), beber um café, fumar um cigarro sem ter de me preocupar com o facto do fumo ir para cima de quem está na mesa do lado. Mais um café. A conta. Bora? Bora.

 

Assim sendo, no Outono começo a entrar e estado de graça e no Inverno é que é.

 

E esta é a única justificação para que, no último fim de semana de Novembro, quando estavam certamente temperaturas negativas, eu, que não saio de casa para ir à praia, tivesse saído para ir à Marina de Cascais e à esplanada de S. Pedro. Chovia a cântaros. Foi tão bom.

 

Galambagate (take 2)

Jonasnuts, 22.11.13

Confesso que quando fiz um pequeno apontamento humorístico acerca deste tema (auto-link) achei que a coisa não tinha pernas para andar, de tão ridícula que era, e é.

 

No entanto, como acontece com mais regularidade do que aquela que gostaria, enganei-me. Lá está, não há limite para a estupidez humana. É um dos meus mantras e mesmo assim, por paradoxal que pareça, um dos que mais dificuldade tenho em interiorizar, nestas coisas mais mundanas.

 

Do princípio....

 

Há quase 1 mês, o deputado João Galamba, na sua conta de Twitter @joaogalamba, faz um tweet.

tweet (1).jpg

Ontem, noticia a Exame informática, que a FEVIP (Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais) emite um comunicado na sequência deste tweet. Eu começaria por dizer que em tempo de reacção, a FEVIP é claramente do tempo da pedra lascada. Até por snail mail a reacção teria sido mais célere. Se calhar tiveram de ir ver o que essa coisa do Twitter ou mesmo das Internetes.

 

E estes senhores da FEVIP comunicaram que achavam mal que um deputado pedisse um link, em público (presumo que em privado já não houvesse qualquer problema, são, portanto apologistas e adeptos das virtudes públicas e dos vícios privados), demonstrando uma "... falta de respeito que o senhor deputado tem pela propriedade intelectual e para com os setores que representam mais de 2% do PIB e cujos atores económicos ajudam na empregabilidade e desenvolvimento da economia do próprio país".

 

Hoje chegam uns primos da FEVIT, a ACAPOR (Associação do Comércio Audiovisual de Obras Culturais e de Entretenimento de Portugal), que também emite um comunicado. E escala o tom. Pede, numa carta (aberta, claro) que o deputado renuncie ao mandato, manifestando "... o seu profundo desagrado com o comportamento do Sr. Deputado na rede social Twitter, em concreto com o seu pedido à comunidade que lhe facultasse um link com a transmissão não autorizada do jogo entre o FC Porto e o Sporting CP."

 

Há mais primos nesta família, e, ou muito me engano, ou eles aí aparecerão, a seu tempo. É o que dá, os casamentos consanguíneos. Tem pai que é primo.

 

Esclareçamos primeiro as coisas do ponto de vista do enunciado, e sejamos rigorosos ao detalhe.

 

Nada, no tweet de João Galamba, indica que esteja a ser pedido um link para uma transmissão ilegal. É pedido um link. Se os senhores primos assumem à partida que se trata de um pedido para um link ilegal (que é coisa que não existe - já lá vamos), isso diz mais de quem assume e presume tal coisa do que sobre quem faz o pedido original.

 

Há transmissões de jogos autorizadas e algumas até oficiais, como os primos deveriam saber, se fizessem bem o seu trabalho de comércio e promoção de obras audiovisuais. E se fizessem o seu trabalho de forma excelente, mais transmissões desse tipo haveria.

 

Do ponto de vista formal, da legalidade da coisa, há outro detalhe importante. Quando é transmitido, sem autorização, um qualquer evento, quem está a cometer a ilegalidade, não é quem consome, mas sim quem transmite. Os primos sabem disto, mas para mandarem ondas de choque para a comunicação social (que come e cala) chega-lhes a ignorância alastrada.

 

Quando estamos a ver um jogo de futebol num café, ou num centro comercial, vamos pedir aos responsáveis pelo espaço que nos mostrem o documento que os autoriza a fazer a transmissão? Não. Sentamo-nos e olhamos para o ecrã. Se a transmissão é ilegal, quem está a ver, não está a cometer qualquer crime, quem está a cometer o crime é quem assegura a transmissão.

 

E gosto muito de ver, aqueles que odeiam João Galamba (seja lá qual for o motivo, não é relevante), a caírem que nem patinhos, e a deixarem-se manipular (e a tentar manipular terceiros, através ou da sua ignorância ou do seu dolo), e cair na esparrela de alardear a sua ignorância, aproveitando a boleia dos primos, para ataques ao deputado.

 

Odeiem o deputado, mas por favor, sejam mais discretos acerca da vossa monumental ignorância. Assim toda a gente fica a saber que os vossos pais são primos (e que não correu bem).

 

Santa pachorra.

Não é com vinagre que se caçam moscas, é com loiras

Jonasnuts, 22.11.13

Há formas e formas de fazer chegar a mesma mensagem a um target. A identificação da forma como se deve fazer chegar a mensagem a um determinado target é uma das partes do planeamento estratégico duma campanha de comunicação e marketing. As escolhas podem ser muitas. Há sempre umas melhores que outras.

 

Fica aqui um exemplo de duas formas distintas de transmitir a mesma mensagem ao mesmo target. Adivinhem lá qual é aquela de que o target mais gostou? (ou, não tendo gostado, a mensagem que o enganou melhor :)

 

Se isto fosse um blog americano, eu agora dizia que os vídeos contêm cenas que podem chocar os mais sensíveis, e que contêm imagens de partes pudendas. Mas como não é um blog americano, não digo :)


LFTC Testicle Check from Maverick TV on Vimeo.

 

 

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