Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Jonasnuts

Jonasnuts

Ted Talks

Jonasnuts, 17.03.09

Não são novidades, as TED Talks, pelo menos para a maioria. Há por lá coisas interessantes e para todos os gostos. Também há por lá muita imbecilidade. Este vídeo não é novo, tem quase 3 anos, mas continua actual, e continua a dar-me que pensar.

 

Foi professor universitário durante muitos anos, e interessou-se pela criatividade e nas formas de a expressar. Pergunto-me se era nas aulas como parece ser nas conferências. Vou mais longe. Pergunto-me se haverá alguém em Portugal com a mesma capacidade de comunicação, seja sobre que tema for. Quando encontramos alguém a falar apaixonada e arrebatadamente sobre qualquer tema passamos-lhe com o carimbo de "alucinado" por cima, fica catalogado e está a andar. Por outro lado são muito sérios os pensadores portugueses, e levam-se demasiado a sério. Pode ser que seja só eu, que não ando no circuito das conferências, mas não conheço ninguém assim.

 

Seja como for, a conferência deste senhor, que se chama Ken Robinson, pôs-me a fazer perguntas sobre o tipo de educação que damos ao nossos filhos. Mais precisamente, sobre o tipo de coisas que lhes ensinamos, e as características que valorizamos. E digo isto depois de ter passado os últimos dias a estudar o clero a nobreza e o povo e o D. Dinis e o tratado não sei das quantas na data de mil duzentos e troca o passo. Andamos a ensinar-lhes as coisas erradas.

 

 

A jornalista, o ministro, a cadeira o chá e a falta dele.

Jonasnuts, 17.03.09

Uma das autoras do blog Escola de Lavores relata um episódio, na primeira pessoa. Não me interessa muito debruçar-me sobre o conteúdo do post e sobre a polémica, tenho a certeza que outros o farão, interessa-me outra questão que é, para mim, mais importante.

 

Relata-se ali uma situação que envolve o primeiro ministro José Sócrates, uma jornalista e o ministro Rui Pereira. A jornalista descreve o episódio como acha que se passou, e a coisa posta daquela maneira não é nada abonatória para o ministro Rui Pereira. Alguém que assina Rui Pereira responde como se fosse o ministro, nos comentários do Blog. Não sei se é o ministro. Ninguém sabe. Se o ministro tivesse um Blog, poderia responder certificadamente. Assim ninguém sabe se é o próprio, alguém por ele, ou um brincalhão. Mais, se o ministro tivesse um Blog poderia responder sem ser num comentário, responderia no seu Blog, apresentando a sua versão dos factos (que é substancialmente diferente da versão da jornalista).

 

Um Blog é uma forma de comunicação, mas também uma afirmação de identidade online. Falta identidade online à grande maioria dos nossos políticos. Neste caso, o ministro só teria a ganhar por ter um Blog. Se a coisa for bem feita, são mais as vantagens do que os inconvenientes.

 

Por último, algumas pessoas insurgem-se contra o facto do ministro ter respondido num comentário ao post (vamos assumir que foi mesmo o ministro Rui Pereira a deixar aquele comentário). Então mas queriam que ele respondesse onde? O senhor não tem Blog, é naquele espaço que é publicado um texto que o refere de forma muito pouco abonatória, havia de responder onde?

 

E os que dizem que o senhor se devia dedicar mais ao governo e menos aos Blogs........ pensem um bocadinho. Ou só acham piada a um governante com participação online quando é para louvar Barack Obama e a inteligente utilização que ele e a sua equipa fizeram da Internet quer na campanha eleitoral quer nestes primeiro tempos de governo?

 

Cambada de provincianos.

Melhor resposta

Jonasnuts, 16.03.09

Nos dias que correm, com tanta rede social, e blogs, e friendfeed e coiso e tal, quando me perguntam: conheces fulano?

 

A melhor resposta é: conheço, mas não frequento.

 

Tenho dado essa resposta muitas vezes, ultimamente.

Dia do consumidor

Jonasnuts, 16.03.09

Celebrou-se no fim-de-semana o dia do consumidor. Mas Portugal tem ainda muito que aprender em matéria de defesa dos direitos do consumidor. A começar pelos consumidores. O português refila muito mas reclama pouco.

 

Neste momento tenho um conflito de consumo com a Ensitel. Comprei um telemóvel defeituoso, e os senhores recusam-se a trocar o equipamento por um novo, apesar da reclamação ter sido feita dentro dos prazos legais. Tenho portanto um telemóvel novo, dentro da caixa, à espera duma resposta da Ensitel, há cerca de 1 mês. A grande maioria das pessoas a quem relato este episódio pergunta porque é que eu não mando arranjar o telemóvel e pronto.

 

Portanto, vendem-me um equipamento com defeito, demitem-se das suas responsabilidades legais, mandam-me para o fabricante, e eu, na opinião da maioria, tenho de ir como uma ovelhinha bem mandada, juntamente com o resto da manada, resolver o assunto à minha conta, sem qualquer intervenção de quem me vendeu o equipamento?

 

Provavelmente era o que faria a maioria das pessoas, e confesso que pensei nisso. Mas pensando melhor vejo que isso faz parte da estratégia. Criar obstáculos, entropias, areias na engrenagem, para cansar o consumidor. Para que se desista.

 

Nem pensar. Vão levar comigo. Já levaram com uma cartinha da advogada, se não responderem sigo para o Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo, e se não resultar levam com o Julgado de Paz, e de vez em quando levam com um postezinho no Blog. Assim como assim este Blog já é o quarto resultado à pesquisa pela palavra Ensitel. Pode ser que faça mossa, informando as pessoas acerca da política da Ensitel quando vende equipamento defeituoso, não cumprem, sequer, a lei.

 

Neste momento, a única coisa que pretendo é que fiquem com o equipamento defeituoso e me devolvam o dinheiro (já passei a fase em que apenas queria que trocassem o equipamento por um novo). Se for obrigada a ir para Centros de Arbitragem e Julgados de Paz acrescento as despesas legais e as deslocações.

 

Dá mais trabalho, e não será tão depressa que começo a usar o equipamento que comprei, mas eles contam com isso como factor dissuasor, esperam que as pessoas desistam.

 

Amiguinhos da Ensitel, se passarem por aqui, garanto-vos que não está nos meus planos desistir, e terão de levar comigo até tomarem a atitude certa.

 

(Veja também Ensitel take 1, Ensitel take 2, Ensitel take 4, Ensitel take 5 ou salte directamente para o Ensitel take 6)