Caros Leitores do Jornal de Leiria
Se por acaso leram o artigo "Também Platão odiaria o Facebook" do Paulo Querido e gostaram, recomendo-vos vivamente o original.
Pode ser lido aqui.
Sempre às ordens.
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Isto é um ciclo, todos os anos por esta altura (ou um pouco mais cedo ou, mais frequentemente, mais tarde) começo a debater-me com o problema da ocupação dos tempos livres do meu filho, para o período de Verão. São 3 meses de férias, 15 dias comigo, 15 dias com o pai. Sobram 2 meses. 2 meses é muito tempo.
É nestas alturas que tenho pena de não ter uma terra. Já tinha pena quando eu era miúda, ver muitas colegas irem para a terra passar 3 meses de férias, e eu enfiada num apartamento, em Lisboa. Mas nesta família, não há terras, é tudo de Lisboa. Enfiá-lo em casa da avó não é uma opção. Seria para ele, que adoraria passar os dias da televisão para o computador, com almocinho e lanchinho preparadinhos pela avó. Seria bom para a minha mãe, ter lá o neto mais velho. Seria bom para mim, é um descanso e sempre sai mais barato.
Mas não.... sedentário já ele tem tempo para ser o resto do ano. Ando à procura. Não procuro um depósito de criancinhas daqueles que anunciam mundos e fundos, e depois não são nada de jeito, gostava duma coisa gira e divertida para ele. Cursinhos de jardinagem durante 3 manhãs não são uma opção.
Gostava de um workshop de culinária. Durante uma semana (ou duas), todas as manhãs (incluindo almoço e, eventualmente lanche) ia aprender a cozinhar que é uma coisa que ele adora. Não encontro nada disto. Qualquer coisa com desenho e pinturas, culinária, modelagem, música, que são as coisas de que ele gosta.
Alguém sabe de alguma coisa ou tem sugestões alternativas?
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Uma vez que ando mais atenta a estas coisas das finanças, pelos motivos óbvios, têm-me surgido algumas questões. Não vou perder tempo a avaliar a qualidade técnica do site da DGCI, eventualmente servirá para outro post, mas na barra lateral, com direito a destaque, tem disponíveis os contactos da conta de Twitter e do Youtube.
Ok, eu sou uma utilizador do Twitter, portanto, pareceu-me um canal interessante para ver esclarecidas algumas questões.
Coloquei as questões. Debalde (adoro a palavra debalde). Nem uma resposta.
Fui então olhar com olhos de ver para a conta de Twitter da DGCI.
Então, não é recente, já que existe desde 23 de Dezembro de 2009. Por que razão, a Direcção Geral de Contribuição e Impostos cria uma conta de Twitter (ou faz o tweet inaugural), na véspera de uma tolerância de ponto, seguida de feriados? Não sei. Mas não há mal nenhum. É só esquisito.
É uma conta com 114 tweets, o que dá uma média de pouco mais de 7 tweets por mês. Pronto, também não dá muito trabalho.
É uma conta que não segue absolutamente ninguém, mas que tem 3.668 followers.
E, perguntar-me-ão vocês, o que é que o Twitter da DGCI traz de novo a esta imensidão de followers? Respostas? Novidades em exclusivo ou, pelo menos, em primeira mão? Coisas importantes e interessantes que não se conseguem encontrar em mais sítio nenhum? Interactividade?
Pois, que não.
Prazos de entregas de impostos, notícias que remetem para comunicados no site do Ministério das Finanças, em 2009 desejou-nos um bom Natal e um 2010 repleto de êxitos, em 2010 desejou-nos uma Feliz Páscoa, e diz-nos no seu tweet inaugural que pretende "estabelecer uma relação de maior proximidade com os contribuintes.".
Ora, se passados estes meses todos, ainda não segue ninguém, está-se mesmo a ver que a relação de proximidade é unilateral o que, nestas coisas das redes sociais, não funciona.
É uma conta que não acrescenta absolutamente nada, não serve para nada, é irrelevante.
Tendo em conta que vivemos momentos de austeridade, pergunto-me se estará a custar algum dinheiro, manter aquela conta.
Estará pelo menos a gastar tempo (embora pouco, diga-se) a alguém, pelo que recomendo já uma de duas vias:
1 - Apagam aquela porcaria, que só serve para ocupar espaço e para fazerem um press release a dizer que estão presentes nas redes sociais.
2 - Começam a usar a coisa como deve ser, para estabelecer uma relação de maior proximidade com os contribuintes, esclarecendo dúvidas, dando informações, fazendo recomendações.
Eu optaria pela segunda, embora a primeira seja melhor que nada, que é o que vão fazer. Nada.
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Como seria de esperar, a cartinha que dirigi ao ministro das finanças, noutro dia, ficou sem resposta. Nem me ocorreu outro desfecho.
Por isso mesmo tenho questionado as finanças, em diferentes locais, mas sempre com a mesma pergunta:
Porque é que um pai e uma mãe que estão separados, mas que partilham a guarda do filho, não podem incluir o menor nas respectivas declarações de IRS? O sistema só permite que um dos progenitores o faça, presumindo que há lugar a pagamentos de pensões e coisas do género. Mas no modelo da guarda partilhada, não há pensões.
O que fazer para que ambos os progenitores possam declarar as despesas que tiveram com o menor?
Tenho recebido, em primeiro ligar, sempre a mesma resposta. Não há forma de um mesmo menor estar presente em 2 declarações diferentes. O sistema não permite. Esta resposta é universal. Mas depois entra o portuguesismo. O desenrasca. A vontade de ajudar a resolver um problema que até se percebe. Sinto empatia, por parte dos vários interlocutores a quem tenho exposto o problema. E há soluções criativas, a saber:
- Um ano declara um, no outro ano declara o outro.
- É só um filho? É pena. Se fossem dois filhos, cada um declarava um.
- Um declara tudo, e depois dá metade do reembolso ao outro.
Ainda não desisti de ver esta questão resolvida de forma justa, sem que um pai ou uma mãe tenham de sair prejudicados, privados do seu direito de declarar as despesas que têm com o seu filho, cada um na sua declaração.
Alguém que perceba de direito fiscal tem alguma achega?
(E, please, não me enviem achegas a dizer que o sistema é assim que funciona, que isso eu já percebi. Funciona mal. Eu quero é saber como é que se altera esta porra :)
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Não tenho o hábito de aqui colocar fotos ou vídeos de família. É raro. Muito raro, mas a ocasião justifica a excepção. Este é o Xavier, o meu sobrinho mais novo mais lindo do mundo. Fez 1 ano no final de Janeiro. Os intervenientes são, o Xavier, e o iPhone da minha irmã. Sacana do puto, desbloqueia o iPhone em três tempos :)
Em fundo ouvem-se os outros galifões. O meu filho, o sobrinho mais velho mais lindo do mundo, e a sobrinha mais linda do mundo :)
Para quem está no Facebook, o link do vídeo é este
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