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Jonasnuts

Jonasnuts

Freddie

Jonasnuts, 24.04.20

Freddy-doll-steps.png

Agora que muita gente está a olhar para competências passadas e a recuperar saberes antigos, uma sugestão que casa isso com o gosto musical de cada um.

Ainda não fiz o meu, mas já tenho os materiais, porque não parece ser difícil (eu sou mais tricotadeira que crocheteira).


freddie.png

As instruções completas podem ser encontradas aqui.

Have fun.

Descer a avenida, sem sair de casa

Jonasnuts, 16.04.20

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Há já algum tempo que estou apreensiva em relação ao 25 de Abril e à forma como o celebraremos, este ano.

Algures no início do mês passado, andei à procura de sementes de cravos vermelhos, para os plantar e poder ter cravos vermelhos sem sair de casa. Debalde. (Adoro a palavra debalde).

Ocorreu-me há pouco que há uma forma porreira e pedagógica de celebrar e assinalar o 25 de Abril, sem sair de casa, digitalmente.

No Twitter, where else, há uma conta que, de há mais de uma década para cá, tweeta a par e passo todos os momentos da revolução, à hora a que eles aconteceram. Não é a primeira vez que falo desta conta (auto-link), mas acho que vale a pena a repetição.

Este ano temos mais tempo e temos os putos em casa, pode ser que seja uma forma gira de lhes dar a conhecer a revolução dos cravos.

Assim, no próximo dia 24, por volta das 21h30, sigam com atenção a conta de twitter @25Abril1974

Começam normalmente assim:

25 de Abril de 1974 on Twitter_ _Major Otelo Sarai

Para quem não tem conta de Twitter e queira começar a ter, depois de criada a conta, sugiro a instalação de uma app, seja o Tweetdeck seja outra qualquer. Alguma coisa, sou a @jonasnuts, por lá.

 

 

 

A minha horta

Jonasnuts, 15.04.20

Fui criança de apartamento, nunca tive a possibilidade de ter "terra" de pais, avós ou bisavós (era tudo de Lisboa), tinha uma inveja profunda das minhas amigas que passavam 3 meses de férias na terra, e que tinham sempre batatas, cebolas, azeite e azeitonas, alhos, chouriças, ovos, mel, queijos e fruta, muita fruta, tudo proveniente da terra.

Desde há uns anos para cá que tem crescido em mim o desejo de ter uma casa com terra, a minha cajinha. Já esteve bem mais longe do que está hoje.

E o desejo de terra passa, também, por ter uma horta. 

Morando num apartamento, a horta fica inviabilizada. Ou será que não?
Em alguns apartamentos sim, noutros apartamentos não.

Na minha casa, não existe essa limitação.

Há mais de um ano comecei a namorar a ideia de ter um jardim ou horta vertical. Fiz a minha pesquisa e aterrei nos MiniGarden. Comprei logo dois. E não comprei apenas as estruturas, comprei logo a terra e as esferas de argila e todo o material necessário.

Por motivos que não vêm agora ao caso e que felizmente se resolveram entretanto, não pude montá-los de imediato, pelo que só no mês passado me dediquei à coisa.

Numa das estruturas tenho 18 pés de morangos e na outra tenho uma fileira de alfaces (roxa, frisada e francesa), uma fileira de tomate cherry (6 pés) e uma fileira de tomate coração de boi (3 pés).

As alfaces e os tomates comprei bebés, no Mercado da Ribeira, os morangos vieram do Lidl.

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(A imagem de cima chama-se horta1 por isso, naturalmente, a imagem de baixo chama-se horta2. Porque é que isto é interessante? Por nada. Mas a malta da minha geração sabe bem que o Horta2 não é uma horta de morangos).

Já cresceram muito, desde que chegaram e têm-se aguentado muito bem, tendo apenas sucumbido um tomateiro coração de boi, na tempestade de ontem. 

Isto está a servir de experiência, se correr bem, compro mais unidades e cultivo mais coisas. Não pelo dinheiro que se poupa, porque na realidade isto há-de dar para meia dúzia de saladas e para uma semana a comer morangos e não mais que isso, mas pelo gozo que dá e pela experiência, que será muito útil, quando eu tiver a tal horta a sério que já esteve mais longe :)

E, em cima disso tudo, sabe-me lindamente, estar na minha sala, olhar pela janela e, para além do mar a perder de vista, ver também as minhas alfaces e os meus tomates.

Isto é que é vista.

 

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A nossa casa

Jonasnuts, 14.04.20

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A nossa casa deve ser, em princípio, o sítio onde nos sentimos em casa.

Sempre, claro, mas sobretudo nos dias que correm, porque é aí que passamos grande parte do nosso tempo.

É muito desagradável, passar este (ou qualquer outro) período de reclusão ou simplesmente viver, numa casa de que não se gosta, ou que não é confortável, ou que não tem condições, não nos reflete ou, simplesmente, onde não nos sentimos em casa.

Os detalhes que fazem com que uma casa seja a nossa casa variam de pessoa para pessoa, claro. No meu caso, são coisas simples, meros detalhes, coisas fáceis; uma vista de mar, de jeito, um fogão, as portas dos armários que fecham, as gavetas que deslizam, uma cama quente, um tapete frondoso, os meus livros, objetos desencaixotados depois de anos de pausa, os quadros pendurados, a horta, o eterno work in progress, a possibilidade quase ilimitada de transformação e melhoria, sem limites a travar-me o passo.

 

E é tão bom, estar, finalmente, em casa.`

 

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