Atrasos de vida
Podia começar este post com um "Querida DHL", mas não começo, porque o problema não só não é novo, como é transversal à indústria.
Encomendo uma coisa online.
Consigo saber, no site da transportadora, a que horas é que o senhor do armazém vai à casa de banho fazer xixi.
Tecnologia de ponta.
Mas, o que lhes sobra em tecnologia de ponta por um lado, falta-lhes numa área bastante mais acessível; telecomunicações.
Os senhores têm o meu número de telemóvel. Sei que o têm porque está impresso no papelucho que me deixaram na caixa do correio.
Mas não usam. Não usam para agendar a entrega nem usam quando batem com o nariz na porta, momento em que eu podia dizer "toquem à vizinha do lado que pode assegurar a entrega". Bang..... problema resolvido, encomenda entregue, cliente satisfeita, tempo poupado.
Mas não. Deixam o papelucho e vão à vidinha deles.
Ligo de manhã. Sou muito bem atendida por uma senhora muito simpática, que me diz que é verdade. estiveram cá e bateram com o nariz na porta. Que regressam hoje. Óptimo, excelente. A que horas? Pergunto eu. Até às 18h00, responde a senhora.
Oiça, são 10 da manhã. Está a dizer-me que eu vou ter de ficar em casa nas próximas 8 horas porque "é assim que a empresa funciona"?
Sim.
É extraordinário que em pleno século XXI ainda haja este desperdício de recursos e esta assunção de que, num dia útil, haja gente em casa.
Alguém me consegue explicar a lógica deste procedimento (que não é exclusivo da DHL e que sempre me encanitou (auto-link))?