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Jonasnuts

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Feira do Livro

Jonasnuts, 29.04.09

Quando eu era miúda, era uma leitora compulsiva. Lia tudo e mais alguma coisa. O que devia e o que não sabia se devia ou não, mas lia na mesma. Foi assim que aos 10 anos li A Taberna. O pecado da gula pelos livros não foi perdoado. A penitência surge-me na forma dum filho que ler, nem pensar. Ca nodja (só vai perceber esta expressão quem tiver filhos mais ou menos da mesma idade).

 

Também por isso esforcei-me por manter uma tradição antiga. Desde que me lembro que o dia da criança, 1 de Junho, não passa sem uma paragem obrigatória pela Feira do Livro. Fui em criança, e era uma festa. Vou enquanto adulta, dar uma seca ao meu filho. Lá lhe compro o livro que ele quiser (e a avó faz a mesma coisa, e a tia também), para ver se ele se entusiasma, mas nada. Alguma banda desenhada (nada contra, antes pelo contrário), mas ler livros que dêem um bocadinho de trabalho, tá quieto.

 

Este ano, não percebo muito bem porquê, decidiram antecipar a Feira Livro. No dia 1 de Junho não haverá Feira do Livro, pelo menos em Lisboa.

 

Portanto, num ano de crise, e num ano em que os objectivos são ambiciosos (meio milhão de visitantes), contem com menos 2. Eu não vou à Feira do Livro, e o meu filho também não.

 

No dia 1 de Junho, procurem-me numa Fnac.

 

O futuro da Internet discute-se a 5 de Maio

Jonasnuts, 28.04.09

Já disse aqui várias vezes que não leio jornais, nem sou consumidora de notícias nos órgãos de comunicação social tradicionais. Talvez seja por isso que me tenha escapado algum barulho que certamente estes órgão de comunicação social mais tradicionais têm, obviamente, feito acerca deste tema. Deve ter havido imensos artigos de opinião, que pessoas conscientes e ciosas das liberdades de expressão (próprias e alheias) têm feito veicular acerca deste assunto.

 

Falha minha, certamente.

 

Chamo a vossa atenção para a votação que irá decorrer no Parlamento Europeu, no próximo dia 5 de Maio.

 

Pelos títulos das propostas, parece estar tudo bem, e parece que os direitos dos consumidores (nós) até estão a ser defendidos.

 

No entanto, sempre que vejo regulação, regulamentação e internet, na mesma frase, eu vou atrás. Não sei porquê, mas desconfio sempre. Deve ser da idade. Mais para mais, os senhores parece que estão com pressa em aprovar isto antes das eleições. E reguladores, regulamentos, Internet e pressa deixam-me ainda mais pulgas atrás da orelha.

 

Então parece que se estas novas propostas forem aprovadas, a Internet, como a conhecemos, pode estar a acabar. Sim, isto pode ser o princípio do fim. Se estas propostas forem aprovadas,  os ISP (Internet Service Providers - Fornecedores do Serviço de Internet) passarão a estar legalmente habilitados a limitar o número de sites a que podemos aceder, e a dizer-nos se estamos ou não autorizados a utilizar determinados serviços. Eles decidem por nós. Estará disfarçado de "Opções dos consumidores", parecendo, portanto, uma benesse, mas na realidade, isto permitirá aos fornecedores de acesso a venderem pacotes de internet como vendem os pacotes de televisão, com um número limitado de opções às quais poderemos aceder.

 

 

Eles escolhem os conteúdos e os serviços a que podemos aceder.

 

 

Os grandes não terão grandes problemas, mas os pequeninos, os Blogs, as pequenas empresas, os que estão fora do lobby, esses, não sobreviverão. E isto será apenas o princípio.

 

Deixaremos de ter uma Internet Livre, será a Internet pré-escolhida por terceiros. Com a liberdade que esses todos poderosos decidirem dar-nos. Uma liberdade assim-assim.

 

Portanto, se por acaso passar aqui algum candidato ao parlamento europeu, esta era uma pergunta para a qual eu gostaria de resposta. Como é que votaria estas propostas? O meu voto depende disso.

 

Quanto aos demais leitores, podem passar por sítios onde isto está mais bem explicado e documentado. Aqui por exemplo.

As ferramentas colaborativas e a gripe suína

Jonasnuts, 27.04.09

Ora vamos lá. Não me interpretem mal. Eu sou uma defensora acérrima das vantagens da Internet em geral, para todos, e das ferramentas colaborativas em particular. Caraças, essa é a minha área de trabalho. Mal de mim, se não acreditasse nas ferramentas que uso.

 

Mas vejo o entusiasmo com que muitas pessoas estão a colaborar e a divulgar algumas dessas ferramentas colaborativas para mostrar a evolução desta gripe suína, e pasmo.

 

Numa questão de saúde pública, à escala mundial, a gestão das expectativas, pânicos e histerias é fundamental. Não defendo que seja escamoteada ou condicionada, a informação. Quero que seja actualizada fidedignamente, por entidades a quem compete o registo formal de casos confirmados de peste suína.

 

O que não quero, é uma ferramenta colaborativa que qualquer palerma sabe operar, e que no ímpeto de "colaborar" regista como caso de peste suína o vizinho do andar de cima, só porque o ouviu espirrar 3 vezes seguidas durante a noite.

 

As ferramentas colaborativas são o máximo, mas não há limite para a estupidez humana.

 

Neste caso, e a não ser que as tais ferramentas colaborativas sejam actualizadas EM EXCLUSIVO por entidades competentes, é informação altamente descartável, e à qual não se deve dar atenção.

Caros senhores da Organização Mundial de Saúde

Jonasnuts, 26.04.09

Sei que neste momento estão muito ocupados, e que estão no nível 3 (de 6 possíveis) de alerta por causa daquela coisa da gripe suína, mas quando estiverem um pouco menos atarefados, talvez fosse bom reforçar os meios de comunicação em massa de que dispõem.

 

O meu ponto de vista é simples de explicar. Na eminência iminência duma pandemia, a rapidez da informação é a melhor forma que vocês têm de manter as pessoas calmas, e de lhes divulgar informações que as ajudem a proteger-se. Tipo, cubra a boca, ou não vá a Barcelos. A televisão é óptima, a rádio é excelente mas, nos dias que correm, a Internet é o meio de eleição.

 

Assim sendo, gostaria de sugerir que contactassem quem de direito para que o vosso site fosse apetrechado de recursos mais robustos, que isto de digitar o vosso endereço e ter uma lentidão exasperante e no fim receber um page load error, não transmite muita segurança.

 

E já agora, se não for pedir muito, disponibilizem a versão em língua portuguesa. Assim como assim, há mais de 200 milhões de macacos a falar isso.

 

Muito agradecida.

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