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Jonasnuts

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Totó, mas com ouvido

Jonasnuts, 25.02.11

Por causa do post sobre música clássica erudita, o Ricardo deixou nos comentários uma recomendação de ponto de partida, que segui.

 

A verdade é que conhecia a grande maioria das melodias, o que me faz pensar que não serei assim tão totó como isso, enfim, sou só semi-totó, mas não é disso que quero falar.

 

Ali no meio duma das músicas, algo me estava a incomodar.Faltava ali qualquer coisa. Fui ver. Dizia que era o Adiagoo Adagio Sostenuto from piano concerto nº 2, do Rachmaninoff. O nome é reconhecível, mas não percebi o que raio me estava ali a faltar. Enfim, fui à minha vidinha.

 

Mas aquela playlist continuava nos auscultadores, e passado uns tempos, lá estava outra vez a mesma musiquinha e eu a sentir ali a falta de qualquer coisa. Caraças pá. Não passas de hoje, que eu gosto pouco de coisas que me encanitem.

 

Fui ouvir com atenção, enquanto cantarolava, e de repente, ali a meio da música que cantarolo, divergi e continuei, All by myself, don't wanna be. Ah, sacana, que te apanhei. Esta merda é o all by myself. Descobri um plágio!

 

Enfim, não descobri nada, quer dizer, até descobri, mas não fui original, obviamente. A coisa está inscrita nos anais da história (portanto, está na Wikipedia), e pode ser lida aqui.

 

Mas pronto, fiquei satisfeita por saber que apesar de totó, não sou assim tão dura de ouvido. Já sobre os gostos musicais, parece que não posso ficar tão satisfeita como isso :)

Jornalismo

Jonasnuts, 22.02.11

O Correio da Manhã tem neste momento disponível na sua página de entrada um título e um vídeo. O título "Engenheiro mata com neta ao colo".

 

Um vídeo e uma foto acompanham a "notícia".

 

Nada contra, até aqui, no vídeo até avisam que as imagens podem ofender susceptibilidades mais susceptíveis (eu sei, é de propósito).

 

A questão é que a notícia é só isso.

 

Ficam por responder aquelas que eu acho que são as perguntas a que qualquer notícia deve responder. Não sei, presumo que as ensinem nos cursos de jornalismo. O onde, o quando, o como, o quem, o porquê. Sabem, aquelas coisas que constituem a notícia propriamente dita.

 

Se eu quiser ver um gajo a matar outro, vou ao cinema, e fico mais bem servida, as pistolas fazem um barulho de jeito, o morto cai dramaticamente e está vestido de branco, para se ver o sangue, há diálogos bem construídos, enfim, o que se quiser.

 

Aqui, não percebo, sinceramente, o que é que aquele vídeo lá está a fazer.

 

 

UPDATE: Explicam-me no Twitter, o user do Correio da Manhã @cmjornal, que se trata duma secção que diz "Exclusivos em papel" (e diz). O jornal, em papel, era uma coisa que o meu avô comprava. Esta geração não compra em papel, ou, vá, está a deixar de comprar. Eu, que nem sequer sou da geração web (sou mais velha), resolvi o tema doutra forma. Mas não comprei papel.

O primeiro pirata

Jonasnuts, 15.02.11

O primeiro pirata a copiar uma música cujos direitos pertenciam a terceiros foi...... Mozart!

 

"In Rome, he heard Gregorio Allegri's Miserere once in performance in the Sistine Chapel. He wrote it out in its entirety from memory, only returning to correct minor errors—thus producing the first illegal copy of this closely guarded property of the Vatican."

 

Embrulha.

Música Erudita para Totós

Jonasnuts, 15.02.11

É o livro de que preciso, a verdade é essa.

 

O meu iTunes faz muito morto dar voltas na campa, por se saber na mesma base de dados de muito outro morto (e vivo), mas tem uma (?) lacuna grave, a música clássica erudita.

 

Se o meu filho me fala de Queen, de Zeca, de Barbra, de Beatles, de Stones, de Trovante, enfim, duma série deles (uns mais obscuros que outros) eu consigo mostrar-lhe e dar-lhe a ouvir (em alguns casos a obra completa), mas quando o meu puto se vira para mim, que virou, e me diz que curte a Lacrimosa de Mozart, eu fico muda e queda.

 

Abençoada internet, que à distância de meia dúzia de teclas me elucida (e que foi, em primeiro lugar, o que lhe deu a conhecer a tal da Lacrimosa, que afinal é o Lacrimosa, porque é um Requiem).

 

E agora? Música clássica erudita no meu iTunes é coisa rara. Tenho um dos melhores álbuns de todos os tempos, o Hush do Bobby McFerrin, mas pouco mais.

 

Como é que eu lhe dou a conhecer um mundo que desconheço?

 

Há algumas músicas e/ou compositores cuja obra seja mais adequada às crianças? Confesso que a tal da Lacrimosa é belíssima, mas porra, é um Requiem, não há coisitas menos carregadas, mas igualmente belas?

 

Vá, ajuda precisa-se, que eu, nesta matéria (e em tantas outras) sou uma totó :)

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