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Jonasnuts

Jonasnuts

Stranglers

Jonasnuts, 31.01.09

Há concertos a que vamos por gostarmos de quem vai tocar e há concertos a que vamos por gostarmos de quem gosta de quem vai tocar. Tenho ido a alguns concertos, quer da primeira quer da segunda categoria. 

 

Gosto de ambientes recatados, pavilhão Atlântico só mesmo se ressuscitarem o Freddie Mercury e os Queen passarem por lá. Coliseu é nas cadeiras de orquestra, aula magna é nos doutorais. Não gosto de confusões. Nunca gostei, não tem a ver com a idade.

 

Desta vez não encontrei doutorais à venda (o que é estranho, porque o que mais havia era lugares vazios nos doutorais). Fui para o anfiteatro inferior.

 

Estava composta a casa (como se dizia antigamente). Chegam os senhores e a coisa parece prometer, o som não estava nada mau. Claro que Stranglers e Aula Magna não se conciliam muito bem. Percebo a escolha em termos de número de lugares, mas não em termos de ambiente. Sei agora que há mais quem partilhe desta minha opinião. Despachada a primeira música o Baz Warne reage às cadeiras de cabedal, diz que parece que está a tocar na sala de alguém, e diz ao pessoal que está nos lugares mais baratuchos para irem lá para baixo.

 

Obviamente, parecia a marabunta. Em menos de um fósforo, as doutorais da Aula Magna transformaram-se, passaram a ser algo mais parecido com a zona de moshe da sala de concertos do salão da Voz do Operário em dia de concerto dos The Temple.

 

Eu agradeço a quem quer que tenha organizado a coisa de forma a que eu não conseguisse comprar lugares nos doutorais. Ninguém me aturaria a neura de pagar algum sossego e ver-me, de repente, no meio do moshe.

 

Foi um concerto contra corrente. Os êxitos mais reconhecíveis dos Stranglers (portanto, os que eu conheço) pertencem ao que alguns consideram a fase azeiteira, mas era nessa altura que a sala mais vibrava. Quando ficava tudo mais calmo, por eles estarem a tocar coisas mais antigas menos reconhecíveis, percebia-se que, azeiteiro ou não, havia ali um eixo condutor da coisa.

 

À saída conheci pessoalmente alguém cuja escrita muito aprecio, e cujo Blog consumo com avidez. O Marques Lopes. O Sebastião, claro, embora o Pedro também conste dos meus favoritos.

 

Gostei muito.

Ao almoço

Jonasnuts, 29.01.09

A conversa soube-me bem, mas os enchidos caíram-me mal.

 

Mais, sobre este almoço, um dia destes :)

 

(Há apenas 7 pessoas para quem este post faz sentido, e a maioria nem aqui vem, mas eu adoro estas coisas enigmáticas :)

Como atrair o olhar dos homens

Jonasnuts, 29.01.09

Vou aqui descrever o método infalível para atrair o olhar de qualquer homem entre os 16 e os 70 anos. Este método foi comprovado (pouco) cientificamente por mim, enquanto observadora externa do fenómeno.

 

Esqueçam as mini saias, as mamas insufladas, os longos cabelos loiros arranjados e a maquilhagem. Estes métodos não são infalíveis.

 

Eu vi, com os meus próprios olhos, o método infalível a funcionar, desde o elevador do primeiro andar do Saldanha Residence até ao edifício da PT (portanto, mais de um quarteirão inteiro da Fontes Pereira de Melo).

 

Têm de ser um par (como se fossem à casa de banho), e têm ambas de levar vestido um camuflado do exército (ou de qualquer outra tropa, eu só percebi que eram camuflados). Uma de vocês tem de ser mais do que soldado raso. Não liguem nenhuma a quem fixa em vós o olhar, e avancem entretidas na conversa.

 

O trigo é limpo, a farinha é amparo.

 

Não houve UM ÚNICO homem que não tenha virado a cabeça para trás, e ao pé das escadas do Saldanha Residence até se juntaram em mais do que um grupinho a comentar a graduação de uma delas (furriel diz-vos alguma coisa? Foi uma das coisas que eu ouvi das conversas que a passagem das meninas gerou nos vários grupos).

 

Somos todos modernaços, e prafrentex, e igualdade e coiso e tal, mas nas coisas mais básicas é que se vê que o português ainda é um complexado e um básico do caraças.

 

Ainda temos tanto que andar....

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