Ainda por causa do meu post sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Há um argumento que é usado amiúde neste e noutros contextos, em que dizem, ah, mas na Grécia Antiga não sei o quê, ou ah, mas já no tempo dos nossos avós não sei que mais.
E eu, respeitadora das culturas populares, do empirismo, da sabedoria dos mais velhos, penso que isso é tudo muito bonito e há, certamente, muitas coisas que devem ser respeitadas, mas também há outra coisa chamada evolução.
O que os senhores na Grécia Antiga faziam ou deixavam de fazer é muito importante, do ponto de vista histórico, e do ponto de vista da evolução da Humanidade e do pensamento e deve ser considerado nessa perspectiva. Porque há 2.500 anos, os mesmo senhores não tinham casa-de-banho, e eu não vejo ninguém a mandar tirar a retrete de casa, só porque na Grécia antiga não havia autoclismos.
Eu, pessoalmente, gosto de pensar que, desde o tempo do Sócrates (ou outro, não é esse) e do Aristóteles, nós já aprendemos mais qualquer coisinha, enfim, que já evoluímos.
Em alguns casos, parece que não, que há gente que continua a pensar como há 2500 anos. E, se pensar dessa forma era muito à frente naquela época, pensar da mesma forma 2.500 anos depois, enfim, já não é à frente, é atrás. E atrás é precisamente o que estes senhores não gostam.