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Jonasnuts

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Sir Ken Robinson

Jonasnuts, 28.10.11

Toda a gente conhece a primeira Ted Talk de Sir Ken Robinson.

Brilhante, claro, e a forma como ele pensa na educação (na sua definição mais abrangente) é-me particularmente cara. Não só por minha causa, mas também por causa do meu filho.

 

Hoje cheguei a outro vídeo de Sir Ken Robinson, que junta o melhor de dois mundos, o conteúdo e a voz do homem, e a animação da RSA. Recomendo vivamente. Ambas.

 

 

Via Correntes.

 

Link do vídeo, aqui.

A importância crescente de pensar pela própria cabeça

Jonasnuts, 26.10.11

Caiu-me a ficha hoje, durante o dia, e tive uma epifania.

 

Uma das coisas mais importantes que devo ensinar ao meu filho, para além dos valores de pessoa de bem, é saber pensar pela sua própria cabeça.

 

Numa sociedade com excesso de informação (como a nossa), é imprescindível que se saiba olhar para o que nos apresentam como sendo factos, e questioná-los. As fontes de informação do passado, bem como a ética que as costumava reger, têm vindo a deteriorar-se, seja por falta de capacidade, seja por ignorância, seja de propósito. Se não sabemos pensar pela nossa própria cabeça, somos apenas e só mais um número, a contar para as estatísticas que os que mandam vão usando como argumentos disto e daquilo.

 

Veio isto tudo a propósito duma "notícia", do SOL, de hoje, que diz "O número de pedidos de informações sobre utilizadores dos serviços da Google, apresentados pelo Governo português, aumentou de 92 para 161 pedidos no início de 2011".

 

Estranhei, claro. Por que raio andaria o Governo a pedir identificação fosse de quem fosse, ao Google?

 

Fui à cata da origem da coisa, e, presumo que a "notícia" se baseie num relatório do Google, que pode ser encontrado aqui.

 

Ora, o Google não tem obrigação de saber como é que as coisas funcionam em Portugal, daí que, se refere pedidos do Governo, erra, mas desculpa-se, sobretudo porque mais abaixo, no relatório, diz "The statistics here reflect the number of law enforcement agency requests for information we receive at Google and YouTube". Portanto, law enforcement agency requests.

 

Aos senhores do Sol, recomendo vivamente uma breve revisão da matéria do 7º ano do 3º ciclo (matéria que revisitei há pouco tempo), e que reaprendam que em Portugal, há 3 ramos de poder, completamente separados e independentes. O Legislativo (o parlamento), o Executivo (o governo) e o Judicial (os tribunais). Quem pede ou deixa de pedir identificação ou informações sobre os utilizadores são as "law enforcemente agencies" portanto, os Tribunais. Não o Governo. E este é um erro de ignorância gritante, ou, mais grave, de tentativa de manipulação da opinião pública.

 

Em tempos, alguém inspirado (e doutra época), chamou à imprensa o 4º poder (para além dos 3 acima descritos, percebem?). Até pode ter sido verdade, em tempos, mas nos dias que correm, este 4º poder enfraquece, a olhos vistos, fruto da incompetência e da ignorância e da falha em fazer chegar a quem está do lado de cá informação fidedigna.

Estudos

Jonasnuts, 25.10.11

Eu sou uma céptica dos estudos. Pronto, fica feito o disclaimer.

 

E porquê? Perguntarão vocês (ou não, mas eu respondo na mesma). Pela mesma razão que sou uma céptica em relação aos artigos da Deco Proteste sobre equipamentos e serviços.

 

Os estudos que vejo, sobre áreas que domino, em vez de servirem para as pessoas aprenderem algo, servem para desinformar. São aldrabices, chutadas para a comunicação social, que esta mastiga, engole e a seguir veicula (achavam que eu ia continuar com a metáfora digestiva? :), sem saber o que está a dizer ou fazer, sem qualquer sentido crítico.

 

Normalmente são manipulados, carecem de sentido crítico, e têm SEMPRE de ter um título que caia bem, e que "venda".

 

Isto tudo a propósito duma notícia, do Económico; "Portugueses estão cinco horas por dia ligados e quase todos integram redes sociais".

 

Queridos senhores da Nova Expressão (empresa que encomendou o tal do teste), e caros senhores da Ideiateca (empresa de consultoria que realizou a mesma), e senhores do Económico (que publicou a notícia) qualquer estudo sobre a utilização da internet em Portugal (e no mundo, já agora), que refira hábitos de consumo de conteúdos e serviços, sem referir a pornografia, é uma falácia.

 

O vosso estudo, não a refere.

Se o que têm para dar são amendoins.....

Jonasnuts, 23.10.11

.....não admira que só atraiam macacos.

 

Isto é uma metáfora. Se continuam a dar o vosso voto a gajos que "roubam mas fazem", a gajos que mentem com quantos dentes têm na boca (comprovadamente, antes, durante e depois das eleições), e que têm uma moralidade duvidosa (e às vezes, uma ilegalidade comprovada), depois não se queixem de que é imoral.

 

Se quando fazem obras em casa respondem "sem factura" à perguntinha da praxe, e se tentam passar uns recibos a mais na declaração de impostos..... não têm muita moral para refilarem.

 

Se, tendo posses para prescindir do dito cujo, recebem religiosamente o abono de família, que vai direitinho para o pé de meia do rebento, não podem atirar a primeira pedra.

 

Os portugueses são muito bons a esmiuçar a moral alheia, mas pouco dados à auto-esmiuçagem e à consistência entre as palavras e os acto.

 

Irrita-me que se insurjam contra actos que, no seu dia-a-dia, são triviais.

 

Irrita-me que ande por aí meia blogosfera a declarar vitória, porque o outro senhor desistiu do apoio, quando, na realidade..... não quer dizer nada. Desistiu porque foi apanhado.

 

Quantos há por apanhar?

 

Não me interessa se são esquerda, de direita, do centro ou mais ou menos. A mediocridade não é exclusiva de nenhuma das forças partidárias (e dos independentes, juntem lá os indepedentes, que não sei muito bem porque é que têm aura de ser melhores que os outros).

 

Se votam em medíocres, porque é que esperam excelência?

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