Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Jonasnuts

Jonasnuts

Para as claques portuguesas de futebol

Jonasnuts, 31.03.11

Caros.... tenho aqui uma recomendação, que chega da Rússia, mas que acho que pode ser muitíssimo bem aproveitada por cá. Então é assim, vocês reúnem-se todos num descampado qualquer, e põem-se à batatada uns com os outros. Não precisa de ser em dia de jogo, que essa parte do futebol não interessa para nada, e assim como assim, vocês estão-se cagando para o jogo.

 

Batatam tudo o que houver para batatar e no fim, vai cada uma para seu lado. Para casa, para as urgências dos hospitais, enfim, o que vos der mais jeito. Em compensação, ficam longe dos estádios, sobretudo em dias de jogo.

 

Era melhor para vocês, que assim faziam aquilo de que mais gostam, era melhor para nós, mães que querem levar os putos aos jogos mas têm medo, era bom para os clubes que não ficavam com os estádios todos estraçalhados depois dos jogos, e, mais ainda, gastavam menos dinheiro em segurança. Não vejo inconvenientes para ninguém.

 

Boa?

 

Vejam o vídeo e inspirem-se. Estas são as claques do CSKA e do Dynamo de Kiev.

 

Livros

Jonasnuts, 30.03.11

Gosto muito de livros. Gosto muito de ler. Já gostei mais, é um facto. Houve uma altura em que devorava tudo o que me aparecia à frente. Os meus pais não tinham, sequer, capacidade financeira para me manter alimentada, tal era a voracidade.

 

Não tenho aquela coisa do papel, ahhhh, tenho de sentir o papel e o cheiro, enquanto leio. Não sou da forma, sou do conteúdo. Há muito livrinho lá por casa que me teria dado igual gozo se estivesse em formato digital (não todos, mesmo assim, não todos).

 

Enfim, o livro, a obra, o que lá está escrito pertence a um universo que venero. Venero pelo prazer que me proporciona e porque não consigo fazer igual (nem sequer próximo :).

 

Vai daí que, posto isto, não percebo as pessoas que publicam um livro ou que querem publicar um livro, quando não são escritores por aí além. E hoje, qualquer pessoa publica um livro. E está na moda, publicar livros.

 

Por causa daquele episódio de final do ano, que deu aquela escandaleira toda (estou a tentar evitar dizer o nome da Ensitel, como já se notou), já por mais do que uma vez me sugeriram que escrevesse um livro. No passado também me desafiaram para escrever um livro sobre a cena do Terràvista, e sobre a história da Internet em Portugal.

 

E eu fico a pensar, um livro? Que raio..... tenho um blog e já me vejo à rasca, agora um livro? Para quê, se tenho o Blog?

 

E respondem-me, ah, por causa do prestígio e do dinheiro.

 

O problema é que, na minha opinião, só têm prestígio os bons autores, os que querem mesmo fazer disso a sua vida, os que têm talento. Toda a gente aprende a juntar letras na escola, mas são muito poucos os que sabem escrever. A mesma coisa para o dinheiro. Não conheço nenhum escritor rico. Pode haver uns que tenham mais uns trocos, mas, a grande maioria, são uns tesos.

 

Expliquem-me, porquê a ânsia de escrever um livro, quando não se escreve extraordinariamente bem, e se pode dizer exactamente a mesma coisa, num Blog?

Os nomes das coisas

Jonasnuts, 29.03.11

Há muitos anos, quando eu trabalhava em publicidade, uma conhecida marca de detergentes para lavar a roupa queria lançar um novo produto no mercado. Uma fórmula melhorada do seu produto. Nessa fórmula, tinham adicionado qualquer coisa, e queriam informar os seus consumidores.

 

Ora, até aqui, tudo muito bem. Onde eu comecei a estranhar (pobre ingénua que eu era), foi quando nos encomendaram duas locuções diferentes para o mesmo spot de televisão. Num, exaltavam-se as enormes capacidades branqueadoras e cientificamente comprovadas do "Nome do Detergente" com Megaperls, e noutro spot, aliás, no mesmíssimo spot, outra locução, em que a estrela da companhia era o Oxigénio activo (ou coisa que o valha) que, charters de laboratórios comprovavam como eficaz.

 

E eu (coitadinha, tão tenrinha) perguntei, mas afinal, aquilo leva as megaperls ou o tal do oxigénio? O cliente estrebuchou, mas lá disse que não levava nada, mas que se dissessem que levava, as vendas subiam.

 

Relembro-me amiúde desta história. E hoje amiudei-me outra vez, à conta de roupa interior reafirmante e anticelulítica. Só a descrição já me arrepia os pelinhos da nuca. Mas não fica por aqui. Dizem os senhores que "os cristais Bio Activos integrados no DNA da roupa estimulam o metabolismo celular e aumento o fluxo sanguíneo da epiderme".

 

Ora, DNA, que em português se diz ADN é um composto orgânico, cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos.

 

Uma cinta com ADN parece-me ser uma coisa muito à frente. E reparem, eu não sou médica ou bióloga, tenho dedos, e vou à Wikipédia.

 

Ora, se a Wikipédia me resolve o problema do DNA, o mesmo já não acontece com os cristais bio activos, ninguém parece saber o que raio são os cristais bio activos. Ninguém? Calma. Há uns senhores que sabem o que são os cristais.Claro que são os fabricantes das cintas, mas isso agora não interessa para nada.

 

A sério.....? Não há uma porra duma entidade que impeça estas merdas de serem lançadas e publicitadas sem primeiro provarem, de facto cientificamente, aquilo que alegam?

 

E multas. Charters de multas. Isso é que era.

 

 

 

 

 

 

 

Redes sociais para políticos

Jonasnuts, 29.03.11

Leio aqui que foi criada uma rede social nacional para políticos.

 

A empresa dona desta rede social diz que "o seu principal objectivo procura promover o encontro entre políticos, políticas e cidadãos".

 

É só a mim que isto soa a imbecilidade?

 

Se os políticos têm necessidade dum espaço para se encontrarem com os cidadãos, eles que venham até ao Facebook, e ao Twitter, que é onde os cidadãos já estão. Porque raio têm de ser os cidadãos a ir até aos políticos? Venham os políticos aos cidadãos. Deixai vir a mim os políticos? :)

 

Para quê criar uma rede social específica para políticos? Funciona por fax, é?

 

Boleias

Jonasnuts, 29.03.11

Se forem como eu, já deitam greves pelos cabelos. E olhem que, pensando bem, não é nada fácil deitar greves pelos cabelos, sobretudo se se tratar de cabelo fino como o meu.

 

Na semana passada, durante a greve da CP, nem um comboio passava na Marginal. É o caminho que faço. Apanho a Marginal em Paço de Arcos, até Lisboa. Ali em Caxias, ao pé dos semáforos, estava um senhor. Calças, camisa, casaco de chuva, pasta. Teria 40 ou 45 anos. Polegar esticado. Pedia boleia.

E a fila de carros (que era imensa) cheia de carros ocupados apenas a 20%

 

Caiu-me me a ficha.

 

Porque é que, em dia de greve, o pessoal não vai para os semáforos da Marginal, apanhar boleia de quem passa com o carro vazio?

 

Não era o meu caso, o meu carro vai, todos os dias, ocupado a 100%, mas se tivesse mais lugares, tinha parado e dado boleia ao senhor que, com ar de escriturário (ou qualquer coisa assim inócua) pedia boleia.

 

A verdade é que não vi ninguém a parar para lhe dar boleia.

Pág. 1/5