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Jonasnuts

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Iogurtes caseiros - Poupar na despesa

Jonasnuts, 30.09.12

Eu sempre disse que o melhor dos Blogs é a interactividade. Em alguns casos, os comentários são poluentes, mas no meu Blog, não é assim (enfim, tirando um ou outro troll de estimação, mas, neste caso, até servem como forma de distracção e animação. Fazem parte do folclore local, digamos assim).

 

Mas não é de trolls que se fala aqui. Uma conversa no meu post sobre o Kefir, entre o António Manuel Dias e Jorge M Santos deu lugar a uma informação que eu acho que deve ser promovida a post. Não tem nada a ver com Kefir, mas sim com iogurtes feitos em casa.

 

Diz o António:

"Costumo fazer iogurtes naturais para mim mas, aqui há uns tempos, tive cá em casa uma criação de Kefir que consegui arranjar através de um colega de trabalho. Não consegui comer -- o sabor e cheiro é mesmo a leite muito estragado. E atenção que eu como os iogurtes naturais simples, sem açúcar e gosto mesmo de coisas ácidas ou amargas (mesmo no café bebo simples).

Para além disso, é bastante mais fácil fazer iogurtes do que cuidar do Kefir. Tenho uma iogurteira que leva sete copos que me transforma 1 litro de leite em iogurtes de um dia para o outro :) Depois é só guardá-los no frigorífico (são iogurtes iguais ao outros). Para fermentar o leite uso um pouco de iogurte -- basta uma colher de café dividida pelos sete copos. Há quem use fermento lácteo, mas é mais fácil usar um pouco de iogurte. Na minha experiência, deve usar-se sempre leite gordo: leite magro ou meio gordo resulta sempre em iogurtes demasiado líquidos.
"

 

Pergunta o Jorge:

 

"De um dia para o outro?? e o custo de electricidade compensa relativamente ao custo dos ja feitos?"

 

E o António responde com as contas que eu própria já tinha alinhavado fazer, mas por ser especialista em procrastinar, nunca fiz:

 

"A minha iogurteira tem uma potência de 12-14W, o que quer dizer que em 24 horas, com o preço do KWh a 15 cêntimos (penso que é inferior), terá um gasto de cerca de 5 cêntimos (0,014 x 24 x 0,015) por cada fornada de iogurtes. Juntando a isso o preço de 1 litro de leito gordo (marca branca) a 65 cêntimos, os sete iogurtes ficarão com um preço total de 70 cêntimos -- 10 cêntimos por iogurte. Na loja online do Continente, um pack de 8 iogurtes naturais de 125g estão cotados a 1,38€ -- mais de 17 cêntimos por iogurte. Para além disso, os meus iogurtes ficam cerca de 50% maiores que estes iogurtes do Continente :)

Notas:
1. O manual da iogurteira recomenda 17 a 20 horas para fazer os iogurtes; eu faço em 23 horas porque me parece que obtenho melhores resultados com esse tempo.
2. Uma iogurteira não é mais que uma estufa que mantém a temperatura do leite a cerca de 37ºC; há vários tipos à venda e poderá, provavelmente, ser feita de modo artesanal.
"

 

Tungas. Serviço público, levado até si pelo Jorge (que é curioso), e pelo António, que é bom de Iogurtes e de Matemática :)

Poupar (Para quem tem um Kindle)

Jonasnuts, 11.09.12

 

Uma das coisas em que eu disse que ia poupar, num post recente - livros.

 

Tenho um e-book reader, o Kindle, que recomendo vivamente e que permite o empréstimo de livros entre utilizadores (apenas para os livros cujas editoras autorizem o empréstimo).

 

O problema é que não conheço assim tanta gente que tenha um Kindle, e torna-se difícil encontrar livros para pedir emprestados.

 

Há um serviço que resolve este problema. Falei dele há pouco tempo, por motivos diversos (aqui - auto link), e esteve suspenso durante uns tempos, mas agora regressou.

 

Chama-se LendInk, e é basicamente um serviço de utilização gratuita em que qualquer pessoa que tenha um e-book reader (seja Kindle seja Nook), pode listar os livros que tem na sua biblioteca e que queira emprestar, e tem também pesquisa por livros de que andemos à procura. Portanto, eu mostro-te os meus e tu tu mostras-me os teus. Legal, obviamente.

 

Quem quiser pedir um livro emprestado, apenas tem de contactar o dono do livro, e o resto do processo é automático, fazendo uso das funcionalidades disponibilizadas pela Amazon (para o Kindle) ou da Barnes and Nobles (para o Nook).

 

Grande, grande ideia. Vou deixar de comprar livros com a mesma facilidade, mas não deixo de ler, o que me permitirá comprar apenas aqueles de que gostei e que quero ter na minha biblioteca pessoal para reler, ou para oferecer.

 

Duas décadas de marcha atrás

Jonasnuts, 10.09.12

Sim, é um post sobre o corte no rendimento.

 

De repente, em meia hora, regresso ao rendimento de que usufruía em 1995. Não é para todos, regredir quase 20 anos. E é pena, se fosse para todos, era algo mais distribuído.

 

Enfim, eu tenho é de pensar em mim, e de que forma é que vou cortar na despesa (sim, porque para mim, é a única forma, cortar na despesa, não tenho forma de aumentar a minha receita, e, mesmo que tivesse, alguém haveria de arranjar forma de vir buscar essa receita adicional).

 

Com efeitos imediatos vou deixar de:

 

1 - Comer fora, a não ser em situações de necessidade extrema. (Restauração, acabaram de perder uma cliente).

2 - Entretenimento. Nada de cinema, ou teatro, ou concertos, ou livros que não sejam emprestados, ou música, ou DVDs. (Indústria do entretenimento pago, acabaram de perder uma cliente).

3 - Transportes - Voltar a fazer as contas comparativas entre carro versus transportes públicos (até há meia dúzia de meses, andar de carro era ligeiramente mais barato do que andar de transportes públicos). (Gasolineiras, garagens, oficinas, portagens, acabam de perder parte significativa da minha contribuição média)

4 - Férias - Acampar é bom. (Hotelaria, acabaram de perder uma cliente). Viajar para o estrangeiro, só mesmo nos voos mais baratinhos, e para ficar em casa de amigos.

5 - Actividades extracurriculares do puto. Plano desportivo faz-se em casa. (Ginásios e Associações desportivas, acabam de perder uma cliente).

6 - Seguro de saúde - Vou mudar para um plafond mais barato. (Seguradoras, acabam de perder parte significativa da minha contribuição média).

7 - Presentes em geral, de Natal em particular. Já comecei no ano passado. Só para os putos, e mesmo esses, só simbólicos e muito home-made.

8 - Roupa. Área onde nunca gastei muito dinheiro. Basta perder uns kilinhos, para ficar mais próxima dos tamanhos vestidos pela minha irmã, e reciclo o que ela já não usa. (Indústria das roupas, acabam de perder uma cliente).

9 - Alimentação - Refrigerantes, adeus. Água é muito bom. Mais económico e mais saudável. (Senhores dos suminhos e refrigerantes, adeus).

10 - Manter o meu carro. Na realidade, o meu carro está óptimo, e vai melhorar mais ainda, porque vou passar a andar menos com ele. Mudaria de carro nos próximos anos. Not anymore. (Indústria automóvel, excluam-me dos vosso planos para os anos mais próximos).

11 - Planos para uma casa de férias. Enfim, está tudo dito. (Indústria imobiliária, esquece que eu existo, por favor).

12 - Internet e televisão - Por vias da minha profissão, tenho poucos custos com esta área, mas todos os extras não necessários, vão com os pitos. (Telecomunicações e conteúdos, acabam de perder parte significativa da minha contribuição média).

13 - Fumar. É um processo que já está em curso, e a um ritmo razoável. (Indústrias tabaqueiras, tchau).

14 - Alimentação: mais coisas feitas em casa. Iogurtes, manteiga, doces e compotas, molho de tomate, essas coisas que compramos feitas, mas que podemos ser nós a fazer. (Indústrias Alimentares e de distribuição, vão passar a ver menos do meu dinheiro).

 

É esta a minha contribuição para o fortalecimento da economia nacional. É este o meu incentivo. E mais, não vou começar a fazer isto a partir de 2013, já comecei a fazer algumas destas coisas, outras não precisam que eu faça seja o que for, já estão feitas, basta apenas dizer "não vou fazer isto".

Se toda a gente fizer o mesmo (e mais coisas que nos ocorram entretanto), vai ter, certamente, um efeito boost na economia, e vamos sair do buraco.

Poupar na alimentação

Jonasnuts, 05.04.11

Esta é uma dica porreiríssima de algo comprovado pela experiência há já algum tempo.

 

Para quem usa muita carne picada (como eu), aqui está uma forma baratinha de quase duplicar a quantidade de carne ou, vá, chamemos-lhe antes, de proteína.

 

Eu compro a carne picada em bruto, chego a casa, tempero-a (sal e alho) e divido-a em pequenas embalagens de 125gr. Vai daí, congelo e depois, no dia-a-dia, é só descongelar o número de embalagens necessárias (consoante o número de pessoas que vão comer), e logo decido se me apetece fazer hambúrgueres, se bolonhesa, se lasagna.

 

Se no momento do tempero da carne, hidratarem uma embalagem (ou duas, depende da quantidade de carne) de soja e misturarem com a carne podem duplicar o peso da carne. Ontem comprei 3Kg de carne picada. Hidratei 2 embalagens de soja. Descasquei 4 cabeças de alho, juntei sal e no final fiquei com mais de 6Kg de carne picada.

 

O único senão que existe, porque existe, passa pela opinião do pessoal lá de casa, que diz que não gosta de soja. Mas esse problema resolve-se com imensa facilidade, e eu sempre defendi que a ignorância é a chave da felicidade. Lá em casa, anda tudo a comer carne picada de mistura com soja há quase 1 ano e ainda ninguém deu por nada. Portanto.....está resolvido o problema. Desde que eles não saibam, a coisa faz-se muito facilmente. Se não quiserem correr riscos, comecem devagarinho, aumentando progressivamente a percentagem de soja até aos 50% (que é onde eu estou neste momento).

 

E ganha-se em toda a linha, no preço, e na saúde, que a soja só faz é bem, e carne a mais só prejudica :)