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Jonasnuts

Jonasnuts

Da praça

Jonasnuts, 19.09.09

Costumava ir à praça com o meu pai, há uns 30 anos. Todos os Sábados de manhã, cedo, praça do Saldanha.

 

Depois deixei-me disso, quer da praça quer de pai, e quando, anos mais tarde, tive de fazer compras optei pelos hipermercados. Nem nunca mais me lembrei da praça.

 

Há uns tempos, na senda da resolução de comer mais saudável cá por casa, comecei a prestar mais atenção à qualidade das coisas, e ao preço.

 

O meu sítio favorito para fazer compras é o Super Cor, do Corte-Inglês, mas isto, do ponto de vista da qualidade e da variedade. Já o preço, chiça penico. O Continente é mais barato, mas a qualidade dos frescos é, vamos ser simpáticos, merdosa.

 

Decido fazer um misto. As coisas que se podem comprar em qualquer sítio, encomendo no Continente Online (onde também consigo praticar algo em que pretendo melhorar, que é a arte da paciência, esperar pelo site é um belo exercício de paciência). Dizia eu, as coisas embaladas, compro no Continente Online, mas os frescos não.

 

O Super Cor é fixe, mas fica no fim do Sol posto, não dá para lá ir todas as semanas. Quer dizer, dar dá, mas tenho coisas melhores para fazer ao fim-de-semana.

 

Lembrei-me da praça, principalmente porque passo TODOS os dias na do Saldanha, a caminho do trabalho.

 

Esta manhã, se bem o pensei, melhor o fiz (andava roxa para dizer isto).

 

Claro que por "manhã" entenda-se a minha manhã, que já me basta a semana para acordar às 7.

 

Cheguei à praça aqui do sítio às 11 e pouco. Praça pequenina, não tem muitas coisas, e o avançado da hora não deve ter ajudado. Isso e o facto de eu, newbie, não ter levado nada para carregar as compras.

 

Mas gostei. Chamaram-me menina, ofereceram-me coisas, e o ambiente é fixolas, provavelmente por me fazer lembrar os meus 10 anos :)

 

Vou comprar um trolley geek, todo giraço, e repito a experiência. Alguém recomenda algum trolley em especial?


(Não, não quero uma segway, como sugere o meu filho, embora pudesse ser divertido).

Eu hoje tinha planos

Jonasnuts, 18.09.09

Tinha o meu dia tão bem planeadinho, quase ao milímetro.

Pelos meus planos passava uma chegada cedo ao trabalho, uma manhã calma, os feeds, os twitts, um post neste Blog, os destaques, a mudança de um cabeçalho (não deste Blog), uns telefonemas, um almoço calmo, uma reunião agradável, sair cedo, ir buscar o puto, levá-lo onde é suposto, esperar calmamente, casa e jantarecos. Uma sexta-feira calma, por ser o último dia da 1ª semana de aulas. Uma sexta-feira calma, para começar bem o fim-de-semana que se quer calmo.

 

Eu hoje tinha planos.

 

Cheguei cedo ao trabalho (ainda não eram 9 da manhã), e foi assim que liguei o computador que o meu dia, tão bem planeadinho, e eu que nem sou de grandes planos, começou a seguir o seu próprio plano, que não o meu.

 

Quem me manda fazer planos?

 

Não foi um dia mau, um bocadinho antes do almoço começou a acalmar, e consegui ter a tal reunião agradável e consegui fazer as coisas do puto, a horas. Não foi um dia mau, mas foi um diazinho filho da puta.

 

 

 

 

P.S.: Ainda estou para saber porque é que os senhores do Flip, que é o que usamos para o corrector ortográfico dos Blogs, consideram "puta" um erro ortográfico. É para escrever com maiúscula, é?

Proposta eleitoral

Jonasnuts, 16.09.09

Não sei muito bem a quem endereçar esta proposta, se às televisões, se à ERC, se aos candidatos, se aos jornalistas. Olhem, entendam-se uns com os outros.

 

Os debates entre candidatos servem para que meia dúzia de comentadores políticos possam justificar os seus ordenados, e para que alguns mais esgrimam argumentos nos Blogs, mostrando a quem quiser ver que têm jeito, e que se calhar até davam bons comentadores políticos (há excepções, não ando tudo à procura de tacho ou visibilidade).

 

Creio no entanto, que a grande maioria dos eleitores decide em quem vota ou por tradição (sempre votou naquele partido), ou porque gosta mais da cara de A ou de B. Não conheço um eleitor, dos normais, que leia o programa proposto pelos partidos.

 

Posto isto, creio que os senhores (todos os que descrevi no primeiro parágrafo) deviam repensar os debates, e fazer só a coisa no modelo Gato Fedorento, mais oleado.

 

O Esmiuçar os Sufrágios vai ter mais impacto na decisão dos eleitores do que todos os outros programas/debates/frente-a-frente juntos.

 

A ordem dos candidatos não foi a mais feliz (para o programa), já que eles ainda estão à procura de um tom e de um ritmo, e que o Ricardo Araújo Pereira ainda está demasiado preocupado em encontrar o personagem ideal e ainda tem medo de sair do armário e assumir-se como gajo que até joga em igualdade (ou mesmo superioridade) de circunstâncias com as pessoas que está a entrevistar. Mas é capaz de lá chegar, já esteve melhor ontem do que anteontem.

 

Quanto às comparações com o The Daily Show with Jon Stewart, ainda é cedo. O formato é semelhante e, embora o Ricardo Araújo tenha potencial para ser o Jon Stewart português, os outros três não têm hipótese de chegar aos calcanhares do John Oliver, da Samantha Bee ou do Jason Jones.

 

Anyway....a proposta do título do post é esta.....façam mais entrevistas neste tom, e menos das outras. É uma win, win, win situation. Ganha a televisão, ganha o candidato, ganha o público e ganha a política na medida em que muita gente que não se interessaria pelo tema vê a coisa, porque é divertido.

Patrick Swayze

Jonasnuts, 15.09.09

 

A Blogosfera política vai falar do Prós e Contras e do primeiro programa do Gato Fedorento (gostei da piada da nano micro pequena e média empresa, que é aquela que é constituída por um anão, maneta, a trabalhar em part-time), e vão muito apropriadamente esmiuçar a participação do José Sócrates e do Ricardo Araújo Pereira mas hoje, nem mesmo essa temática vai ultrapassar, em volume, a Blogosfera Balzaquiana, à conta do Patrick Swayze.

 

E quem é o Patrick Swayze, perguntarão os mais novitos? Morreu ontem, era um actor. Ah, então se era um actor, como é que eu nunca ouvi falar? Porque, meu caro (ou minha cara), é preciso ter-se uma determinada idade. É preciso pertencer-se a uma determinada geração, para gostar (não gostando) de Patrick Swayze. E como ele só fez um filme que marcou uma geração e depois outro de confirmação da excepção que confirma a regra, ou se tem uma idade muito específica, ou não se sabe.

 

E se há uma geração de Balzaquianas que suspiraram à simples menção do nome Patrick Swayze, existe a mesma proporção de gajos de meia-idade que ficam aterrorizados com o senhor, e que devem hoje suspirar, mas de alívio (ou ficar mais aterrorizados ainda, a morte transforma o gajo num mito inatingível).

 

Parick Swayze foi o caramelo que fez Dirty Dancing, que tem a fala mais pirosa e mais épica da cinematografia teen de todos os tempos "Nobody puts Baby in a corner". Isso, misturado com um romance tórrido e com uma banda sonora cuja música mais conhecida ainda hoje me suscita sentimentos contraditórios, faz com que Dirty Dancing, um filme paupérrimo, mas que apanhou toda uma geração de meninas suspirantes e de rapazes que não sabiam dançar, se tenha tornado um clássico.

 

Elas suspiravam que lhes aparecesse um Johnny Castle, eles arrepiavam-se, e bem se esforçavam por menear a anca, sem grande sucesso romântico, mas com um enorme impacto cómico (os mais espertos nem tentavam). Por isso é que há hoje uma geração de homens traumatizados com qualquer movimento que, mesmo que vagamente, possa ser associado à dança.

 

Mais tarde o mesmo rapazito fez Ghost, que deve ter tido o sucesso que teve por causa do capital que Swayze mantinha, dos tempos do Dirty Dancing (como não fez mais nada de jeito entretanto, era fácil manter a aura). Também tinha a Whoopi Goldberg, que ajudou.

 

E não me venham falar dos outros papéis que representou, como o North and South e outros dramalhões, que a malta só via isso à espera de o ver entrar por ali adentro, a menear a anca e com o olhar maroto, mesmo que tivesse vestida uma farda da guerra da secessão.

 

Morreu ontem, Patrick Swayze. Já se sabia que estava doente. Mas este é um daqueles casos em que um actor sofrível, vai ficar na história pelo seu papel num filme igualmente sofrível da década de 80. É o poder das memória adolescente.

 

Viverá para sempre ou, pelo menos, viverá enquanto as Balzaquianas de hoje não sucumbirem às garras da idade, não perderem a memória ou não forem desta para melhor.

A AMI salva mais vidas do que as que sabe

Jonasnuts, 14.09.09

O meu filho tem 11 anos. Anda no 6º ano. Aliás, terminaram hoje oficialmente as férias, e foi hoje o primeiro dia de aulas.

 

Todos os anos desde que a criança começou a usar livros, portanto, já lá vão 5, este é o 6º, que eu, como todas as mães e alguns pais, curto o regresso às aulas. Adoro comprar material novo, adoro os dossiers por estrear, os lápis, os estojos, e a parafernália necessária a um regresso às aulas dentro dos parâmetros.

 

Não desperdiço, a mochila do puto é a mesma desde o 1º ano, e vai fazer, pelo menos mais este. Custou €30. Não vou comprar-lhe uma mochila nova só porque sim. A mesma coisa com os lápis de cor e com as esferográficas e com os marcadores (agora chamam-se riscadores), o que está em condições serve para este ano, o que não presta vai para o lixo. Arranjei duas bolhas, na mão direita, à conta de afiar tanto lápis de cor, para ver se estavam todos bons.

 

Mas divirjo.

 

Esta é a parte que eu gosto. Há, no entanto, uma pequena aldeia Gaulesa....não.....há no entanto uma tarefa, chamemos-lhe sacaninha já que o post trata de putos. Forrar o caraças dos livros.

 

Tem de ser com um forro qualquer transparente, senão não se sabe que livro é. O papel autocolante pega-se a todo o lado, cola onde não deve, não cola onde é suposto, o não autocolante escorrega por tudo quanto é lado, e cada livro demora uma eternidade a ser despachado, para ficar em condições. E olhem que eu não sou esquisita, mas convém que o livro abra e feche como é suposto.

 

O ano passado pensei que bastava reforçar os cantos, e que os livros aguentavam. Puro engano.

 

Já tinha andado à procura deste Kit Salva Livros, que por acaso devia ser Kit Salva Mães, mas pronto, não se pode acertar em tudo, mas não encontrei no ano passado e acabei por comprar umas capas da Ambar, que não serviram em nenhum dos livros.

 

Encontrei desta vez (porque perguntei) na Stapples de Cascais. Custa 6 Euros, podia custar 12 ou 24 que eu comprava na mesma. Despachei 10 livros em 15 minutos (mais coisa menos coisa), e aquilo é uma limpeza. Ao princípio parece complicado, mas não, sem fita-cola, sem porra nenhuma, é um tiro.

 

Não estavam expostos, estavam escondidinhos no armazém, guardados para as encomendas dos espertos e das espertas que já conhecem o truque e estão caladinhos sem dizer nada, e devem encomendar resmas destas coisas.

 

Já tenho pena de não ter conseguido comprar mais, e para o ano, em meados de Agosto começo a procurar.

 

Está explicadinho aqui. É por uma boa causa. Mas se não fosse, eu comprava na mesma.

 

Caraças, grande invenção.