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Jonasnuts

Jonasnuts

Das eleições

Jonasnuts, 08.09.09

Sou filha da geração de 60. Presumo que por isso, tive uma infância muitíssimo politizada. Fruta da época. Lá em casa, falava-se muito de política. Antes do 25 de Abril baixinho, depois do dito cujo, aos gritos, de ordem.

 

Sempre fui muito sensibilizada para a importância do voto. E fui muito idealista, até muito tarde. Até ter trabalhado no Ministério da Cultura. Foi remédio santo. Por perceber como funcionam as coisas, desiludi-me com a coisa, e, não falhando uma votação, votei pouco convicta e ultimamente até tenho votado em branco.

 

Alheio-me da discussão política. Sim, para mim são todos iguais, mais à esquerda, mais à direita e mais ao centro. Salvo raras excepções (isto é para não ser processada), acho que qualquer político que chegue a um cargo de poder, fê-lo à custa da elasticidade da sua espinha dorsal. Ora eu acho que a espinha dorsal se quer vertical, hirta e firme. Aquela coisa do sentido cívico e do dever são tretas, ou passam a ser passados uns tempos.

 

Por motivos profissionais tenho acompanhado com mais atenção o debate político, principalmente nos Blogs, claro. E há estilos para todos os gostos. Mas o debate faz-se, de facto. Com a troca (esgrima) de ideias, e de conceitos e de posições. Às vezes há quem se estique e, verdade seja dita, não se pode fazer um post sobre política sem se ser de imediato acusado disto ou daquilo, de que se tem uma agenda eleitoral.

 

O debate é, na maioria dos casos elevado. E mesmo quando descamba continua a ser elevado. Elevado demais.

 

Não percebem que o povinho se está borrifando para quem é liberal e para quem é conservador?

 

O povinho não anda atrás do debate. O povinho anda atrás da teshirte e do tocolante.

Política

Jonasnuts, 04.09.09

Acompanho com mais gosto a política dos EUA do que a política portuguesa. Aliás, para ser completamente honesta, a política portuguesa vou acompanhando através dos Blogs que fazem parte da minha lista de leituras diárias, muitos dos quais leio por motivos exclusivamente profissionais (mas não todos). Não vejo debates televisivos (aliás, não vejo televisão), nem vou a comícios (Deus me livre) e, nos dias que correm a minha participação pessoal na democracia portuguesa passa por ir SEMPRE votar, o que não implica fazer uma cruz no quadradinho.

 

Estou mais informada e actualizada sobre o panorama americano do que sobre o panorama português. E há 2 razões fundamentais para que isso aconteça. Uma chama-se Jon Stewart (The Daily Show) e outra chama-se Bill Maher (Real Time)

 

Houvesse em Portugal quem soubesse fazer humor político inteligente, daquela forma, e não há, e houvesse em Portugal poder de encaixe por parte do poder político para aguentar críticas ferozes, e eu seria muito mais feliz.

 

Mas não há, nem duns, nem doutros. O Governo Sombra tenta trilhar este caminho, mas não está lá (além de que é rádio, tendo mais potencial por um lado, tem pouco potencial por outro), e já estou a ver os comunicados emitidos pela presidência da república, repudiando e criticando travessuras mais radicais de qualquer humorista mais afoito que cometesse a imprudência de gozar com os símbolos da nação.

 

Imaginem isto feito em Portugal (mas assim, bem feito e com bom gosto):

 

 

 

Portugal é um país de caretas, genericamente falando. Os políticos, os humoristas e o povo. Estamos todos bem uns para os outros.

Michael Jackson

Jonasnuts, 03.09.09

Eu prometi a mim própria que não ia produzir (ainda mais) lixo para a Blogosfera e que não escreveria acerca de Michael Jackson. Mas não resisto.

 

Calma. Não vou escrever um elogio fúnebre, que disso já há muito, agora que o senhor morreu, de repente, santificou-se. Pronto...., não é nada disto. É uma dúvida.

 

Vocês sabem que o homem está morto há quase um mês (ou coisa que o valha) e ainda não foi enterrado (ou cremado ou lá que raio vão fazer dele)?

 

Morreu há quase um mês e ainda não despacharam a coisa.

 

Dá para acreditar? Onde é que o puseram? E, sobretudo, de que é que estão à espera?

The shape of my heart

Jonasnuts, 02.09.09

Por esta altura já toda a gente viu o vídeo, eu apanhei-o através duma referência que o Bitaites lhe fez no Twitter.

 

O homem tem um nome impronunciável, Shawn Farquhar, um péssimo gosto em fatos e gravatas e as legendas do vídeo estão num misto de português do Brasil com sms, mas vale a pena.

 

Grande truque, grande ideia, grande execução (embora em câmara lenta e à enésima visualização se consigam apanhar algumas coisinhas :)

 

 

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