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Jonasnuts

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Voto eletrónico? Não, obrigada.

Jonasnuts, 26.06.24

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Na sequência da desmaterialização dos cadernos eleitorais nas últimas eleições europeias (escrevi sobre isso aqui, aqui, e aqui - tudo auto-links), e como seria de esperar, ouviram-se algumas vozes falar em voto eletrónico.

 

Na altura pensei em escrever um post a explicar porque é que, sendo a favor da desmaterialização dos cadernos eleitorais (melhorando o processo e tornando-o mais seguro e menos vulnerável), sou VIOLENTAMENTE contra o voto eletrónico.

Reparem, voto eletrónico nem sequer diz respeito ao voto pela internet, a partir do dispositivo de cada um, voto eletrónico é a ausência de papel, e o registo exclusivamente digital do voto dos cidadãos.

De acordo com a constituição portuguesa, "O povo exerce o poder político através do sufrágio universal, igual, direto, secreto,......."

Portanto, esta coisa de ter de ser secreto, universal e igual, arruma logo com o voto por internet.

 

Vamos ao voto eletrónico. Aquele em que as pessoas se deslocam à assembleia de voto e têm, em vez de caneta e papel, uma maquineta, onde registam o seu voto.

 

O atual sistema de voto, existe há milhares de anos. O primeiro registo é da Grécia antiga. Não era universal, não era igual, mas era secreto. As pessoas registavam fisicamente a sua intenção, fosse numa folha, num bocado de argila ou, como atualmente, num papel. Há uma manifestação física do voto de cada pessoa. Ora, um sistema que existe há milhares de anos, e que tem vindo a evoluir ao longo do tempo, tem a enorme vantagem de já ter sido testado milhões de vezes. E já muita gente terá pensado e tentado furar o esquema. Já foram tentados todos os tipos de fraude. E o sistema evoluiu, para mitigar essas fraudes. E já se percebeu há muito tempo, que para haver impacto, a sério, no atual sistema, é preciso que haja muita, muita gente envolvida e, como sabemos, o único segredo que se consegue guardar é aquele que não partilhamos com ninguém. Muita gente a saber de uma fraude, porque vai participar nela, ou porque o tio, ou a namorada, ou whatever, significa que a coisa não tem pernas para andar, porque rapidamente se identifica a tentativa de fraude.

Não estou a falar do presidente da junta que, de cabeça perdida porque o seu partido está em clara desvantagem nas sondagens, decide meter meia dúzia de votos na urna. Isso não tem impacto (além de que precisa da cumplicidade duma série de gente). Essas são fraudes locais, com nenhum impacto no resultado final e que, mesmo assim, vêm a lume e são investigadas.

 

Fraude a sério, com capacidade para virar o resultado de umas eleições, com o atual sistema, é impossível.

O que é bom.

Outra vantagem do atual sistema é o facto de ser simples, compreensível e acessível a todas as pessoas, independentemente do seu background, grau de instrução, cultura ou conhecimento. Toda a gente percebe como funciona e qualquer palerma, mesmo com pouco recursos intelectuais, consegue auditar o processo, ou perceber se existe algum problema.

Convém também que o processo seja seguro, e que essa segurança seja percetível e palpável por todos. A confiança no sistema de voto é fundamental. Não é à toa que os partidos anti democráticos clamem por fraude por dá cá aquela palha (sem link que não dou palco a porcos). O atual sistema é seguro e inspira confiança, precisamente porque toda a gente percebe como funciona.

Policiamento e auditoria. Num processo em que confiamos, é preciso desconfiar de tudo, por isso é que o voto é secreto, para não ser manipulável de fora, sujeito a pressões e subornos. É a pessoa, sozinha, numa cabine de voto, com uma caneta, vota, dobra o boletim e insere na urna, que está sempre vigiada por várias pessoas diferentes e de diferentes cores políticas. Este processo é fácil de auditar, e policiamo-nos todos uns aos outros. E bem. Este policiamento de todos por todos acontece também no momento da contagem e da elaboração da ata.

(Há países onde o suborno funciona especialmente bem, como em Itália, onde existe quem pague por voto num determinado partido, mediante fotografia do boletim de voto devidamente assinalado, o que, como sabemos não serve de nada, porque as pessoas podem perfeitamente tirar a foto, anular o voto e pedir outro boletim. Já se o fazem, são outros quinhentos).

E há também o Bulgarian Train. Mas, lá está, a coisa acaba por se saber, além de que é preciso ter MUITO dinheiro.

Portanto, atual sistema, funciona, inspira confiança, manipulado com muita dificuldade, seguro, simples e funciona.

 

Vamos então ao voto eletrónico, e a minha pergunta começa por ser, para quê? Se temos um sistema que funciona, que é simples, seguro e de confiança, vamos substituí-lo porquê? Se não existe um problema para resolver, porquê mudar?

As respostas que obtenho, habitualmente, são duas. As questões ambientais, por causa do papel, e as questões da rapidez na obtenção do resultado. Sou sensível à primeira, de facto. Gostava que se gastasse menos papel. Mas, antes de tentarmos eliminar os boletins de voto por motivos ambientais, temos muito que fazer nessa área, portanto, chutemos essa questão lá mais para a frente.

Já quanto à segunda, o tempo de espera pelos resultados, até consigo compreender quando se trata de países gigantes, quase continentais. Se umas eleições em Portugal são um evento com uma logística desafiante, num país grande, a coisa é muitíssimo mais exigente e complexa. Mas em Portugal? Somos meia dúzia de gatos pingados, ainda por cima votamos cada vez menos, os resultados sabem-se no mesmo dia, o mais tardar no dia seguinte. Lá está, mais um problema que não precisa de ser resolvido.

Mas a minha objeção não passa pelo facto do atual sistema não precisar de ser mudado, nem apresentar nenhum problema que precise de ser resolvido.

 

O meu problema tem a ver com tudo o resto.

A começar pelo equipamento e respetivo software (idealmente software livre, que sempre é mais auditável, mas na maioria dos casos, software proprietário, em que a quantidade de gente que consegue auditar se resume e meia dúzia de pessoas). Quem assegura que não está vulnerável e comprometido? Não é qualquer pessoa, ao contrário do método atual, é preciso competências técnicas que estão muito longe do cidadão comum. Portanto, passamos de um esquema em que a auditoria é global, simples e acessível a qualquer pessoa, para um sistema em que a auditoria está ao alcance de apenas alguns. É logo um mau ponto de partida. Logicamente, mina a confiança.

E, mesmo que não estejam vulneráveis nem comprometidos hoje, o que é que me garante que não venham a estar amanhã, depois de uma atualização disto, ou daquilo?

A segurança dos equipamentos e das estruturas é uma ilusão. Qualquer pessoa que trabalhe na área da segurança informática, confirma isto. Há sistemas mais protegidos, há sistemas menos protegidos, mas não há sistemas invioláveis ou seguros a 100%. É o jogo do gato e do rato. Uns protegem, outros tentam furar. E os que protegem vão criando mais proteções, à medida que se vão identificando novas vulnerabilidades. E os que furam, vão continuando a tentar furar. É assim que funciona e é uma indústria de trilhões de euros (ou dólares, como preferirem).

A logística que o voto em papel apresenta a quem quer cometer uma fraude, é diametralmente oposta à logística de quem quer cometer fraude com voto digital. Se em papel precisamos de muita gente para causar, mesmo assim, pouco impacto e acaba sempre por se saber, com o voto digital é precisamente o contrário, pouca gente pode conseguir causar um grande impacto, e sem nunca se saber, porque não precisam, sequer, de estar no mesmo país onde decorrem as eleições que querem falsificar. Mínimo esforço, máximo impacto. Entram e saem, e o pessoal nem se apercebe de nada.

Contar os votos, em papel, é fácil. Facílimo. Já o fiz por duas vezes, em legislativas. Pode existir a dúvida pontual de "isto é válido?" mas é a clara exceção, e toda a gente vê, e toda a gente conta e confirma o número de votos de cada partido, e o número de boletins tem de coincidir com o número de eleitores cujo voto foi registado nos cadernos eleitorais.  Contar votos digitais é diferente. A máquina cospe um número, e a malta tem de engolir o número que a máquina cospe, sem qualquer possibilidade de validação ou dupla confirmação. Neste, como noutro casos, não engulas, cospe.

 

Já houve um teste com voto eletrónico em Portugal. Na altura passou-me ao lado. Foi em Évora, nas europeias de 2019. O relatório do MAI sobre a coisa pode ser visto aqui, mas tenho mais confiança no parecer da CNPD que foi demolidor. Tenho mais confiança na CNPD que, ao longo dos anos tem vindo a ser cada vez mais desautorizada (por ser incómoda), do que nos gajos do MAI que, de acordo com o seu próprio comunicado, pré-agendam uma atualização de segurança ao sistema não só para o dia das eleições, mas para o horário em que se esperava um pico de afluência às urnas. Não inspira grande confiança nem para a desmaterialização dos cadernos eleitorais, quanto mais para o voto eletrónico.

 

Portanto, para concluir, que isto já vai longo (parece que agora só consigo escrever testamentos), deixo-vos com dois vídeos, em inglês, de um gajo que apesar de um bocadinho acelerado demais para o meu gosto, explica mais e mais profundamente os motivos dele, que são basicamente, os mesmos que os meus. Aqui, e aqui.

 

Voto eletrónico não resolve nenhum problema, não é seguro, não é confiável, não é universalmente auditável, não é desejável.

Eleições europeias - Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo

Jonasnuts, 21.05.24

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Não tenho visto grandes notícias sobre isto, mas a verdade é que eu não consumo muita comunicação social tradicional, e muito menos a televisiva mainstream, por isso, se calhar, estou a ser injusta.

O estado decidiu chamar-lhe desmaterialização dos cadernos eleitorais o que, para as pessoas normais, tem muito pouco significado. Já se sabe que o estado gosta de usar o complicómetro.

 

Na realidade, traduzindo livremente sem me preocupar com detalhes técnicos, nas próximas eleições europeias o voto vai ser tudo, em todo o lado, ao mesmo tempo, isto é, qualquer pessoa com direito ao voto vai poder votar em qualquer mesa de voto, independentemente da sua localização.

 

Pessoal que vai aproveitar o fim-de-semana grande para fazer umas mini férias, podem votar no sítio das férias (desde que haja uma mesa, se vão para o estrangeiro, informem-se). Prevê-se até uma afluência maior às mesas algarvias, por via dessas mesmas férias.

Tenho dúvidas. Não só isto não está a ter grande divulgação, como as pessoas se estão um bocado borrifando para as eleições europeias (que é onde se decidem de facto as coisas, enfim, vá-se lá entender as pessoas).

 

Desta vez não estarei nas mesas. Quis meter o nariz no processo técnico (que eu sou muito relutante em relação à digitalização da voto) e por isso vou ser TAI - Técnica de Apoio Informático. 

Já fui à sessão de formação. Já identifiquei pontos de falha (é natural, é a primeira vez, está tudo a aprender como é que se faz), e estou muito curiosa em relação à questão tecnológica.

Não em Lisboa ou centros urbanos, mas na vila lá longe, por trás do sol posto, que não tem pauzinhos de acesso à rede, e sem acesso à internet, nos computadores da mesa, não há voto para ninguém.

Diferenças para quem vai votar:

Não vão ver as listas de nomes, nem têm de se dirigir a nenhuma mesa em particular. Vão à que tiver menos gente. (isto fará mais confusão ao pessoal que há 50 anos que vota na mesma assembleia, na mesma mesa).

A mesa terá dois computadores, no sítio onde antes estavam as escrutinadoras, com os cadernos eleitorais, que tinham de dar com o vosso nome, depois da presidente da mesa o ler em voz alta.

 

Nesses computadores haverá um leitor de chip, para identificar os cartões de cidadão (também funciona com os das cidadãs).

 

Para quem, como eu, não gosta de dar o cartão de cidadão, a identificação dos eleitores pode ser feita por pesquisa à base de dados, por número do documento, mostrado à presidente da mesa (ou à vice-presidente). A app id.gov.pt é aceite.

Depois é business as usual. Uma vez validada a pessoa, é-lhe entregue o boletim de voto, vai à cabine, vota, dobra o boletim, sai da cabine, entrega o boletim à presidente da mesa (ou à vice-presidente), recebe o documento de identificação (se o deixou), e segue o seu caminho, com a noção de dever cumprido (as únicas eleições em que são as pessoas a inserir o voto na urna é nas autárquicas, mas quando estou na mesa, deixo as pessoas colocarem o seu voto, se quiserem. Acho que tem um peso simbólico grande).

 

Uma nota final para o site da CNE, que deve ter sido feito algures nos início dos anos 90 e não esconde, não tem motor de pesquisa (sim, eu sei que posso usar o google para pesquisar num site específico, mas muita gente não sabe), não tem informação sobre esta desmaterialização e, em mobile, mostra um suspeito "not secure", para além de não ser responsive. Já tratavam disso, senhores. Dá ideia de que a única coisa que atualizam é o ano no rodapé "©2024 CNE - Comissão Nacional de Eleições" (eu sei que atualizam conteúdo, permitam-me a hipérbole). 

 

Dia 9, tirem 5 minutos e deem (custa-me, não ter ali o ^) um pulo à assembleia de voto que vos der mais jeito, e votem.

 

Não custa nada e, se votarem bem, até faz bem à saúde. Vossa e dos outros.


Para quem tem dúvidas e quer aceder à informação oficial, é clicar aqui.

"Debates"

Jonasnuts, 08.01.21

Não vejo debates. Já não vejo debates. Acompanho, no Twitter e confirmo sempre a minha decisão no fim. Irritar-me-ia muito ver os debates. Da mesma forma que me irritava quando via o Prós & Contras (motivo pelo qual deixei de ver o Prós & Contras muitos anos antes deste ter terminado, com a óbvia exceção daquele em que participei).

 

Porque os debates não servem para aquilo que deviam servir; esclarecer as pessoas quanto às ideias dos candidatos. Não é isso que acontece. Traulitada, punchlines, sounbites, batatada, tudo para ver "quem ganha". Nunca sei quem ganha, mas tenho a certeza sobre quem perde. Perde tempo quem vê e perde quem tem nestes debates a única forma de saber o que pensam os candidatos.

 

Porque é que os debates são uma valente cagada? Porque fazer debates como deve ser dá uma trabalheira desgraçada e as televisões não estão para isso. Não estou sequer convencida de que ainda tenham competências suficientes para o fazer como deve ser.

 

Utopicamente, os debates deveriam ser assim:

 

 

Sim, eu sei, isto é lírico, e não há nenhum sítio do mundo onde isto aconteça, e provavelmente os candidatos não aceitariam um formato deste género. Mas esta seria a única forma de eu os ver e seria a única forma de serem verdadeiramente úteis a quem deveriam ser úteis; os eleitores.

 

Este ano ainda não vi nenhuma das minhas séries. Se calhar começo com Newsroom, este fim-de-semana.

 

Marketing político - Lavando os cestos

Jonasnuts, 02.10.17

Esta é uma questão que me assalta sempre que decorrem eleições em Portugal.

 

O grau de amadorismo, do ponto de vista da comunicação, da grande maioria das candidaturas. É transversal, da esquerda à direita.

 

Quando falo em comunicação, não me refiro a mupis, panfletos, e demais material de suporte. Ou, pelo menos, não me refiro só. Refiro-me também (sobretudo) a consultores/assessores de imagem, consultores/assessores de dicção e colocação de voz, em alguns casos, os problemas são tão gritantes que bastaria alguém com algum senso comum e sem medo de ser despedido.

 

Há muitos anos, entre uma primeira e uma segunda volta das presidenciais, perguntaram a um grupo de publicitários em que é que os candidatos poderiam melhorar a imagem. A minha mãe, que fazia parte do grupo, recomendou vivamente a Jorge Sampaio que abandonasse os fatos beges e cinzento-claro, que optasse por cores menos mortiças, menos font de teint, gravatas um bocadinho mais exuberantes, sem colidir com a personalidade do candidato. 

As instruções foram acatadas.

 

Eu não estou a dizer que os candidatos tenham de deixar de ser quem são para passarem a apresentar-se de forma que colida com o seu padrão. Estou a dizer que há escolhas que se podem (e devem) fazer dentro de um universo compatível com os candidatos. 

 

Esta devia ser, mais do que uma preocupação dos candidatos, uma preocupação dos partidos. Porque a imagem dos partidos fica obviamente contaminada. Por isso é que a roupa de um candidato deve ser uma, em caso de vitória e deve ser outra, em caso de derrota. O tom dos discursos deve ser ensaiado. O improviso deve ser deixado para as ocasiões em que é mesmo necessário, sobretudo se se tratar de um candidato que não tenha o dom da palavra.

 

Os discursos, os debates, as participações em programas de rádio e de televisão têm de ser ensaiados. Não é um trabalho de preparação que se faça durante a campanha. Tem de começar-se antes, muito antes, na construção de um perfil que, no momento em que se inicia a campanha, já esteja completamente à vontade, já tenha incorporado tudo (as aulas de postura, de colocação de voz, de dicção, de comunicação, de falar em público), e na campanha é apenas preciso um complemento aqui e ali para adaptar às necessidades específicas do combate.

 

Como é que isto não é óbvio para a vasta maioria dos políticos e, sobretudo, dos partidos, é um mistério.

 

Tenho este post para escrever há uns anos (mais ou menos desde o famoso caso (auto-link) do "Oh Luís, fica melhor assim, ou assado?"), mas o que fez com que, finalmente, me decidisse, foi isto:

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A sério gente........ contratem pessoas independentes (mas não antagónicas), que não tenham nada a ganhar nem a perder, que não tenham receio de vos dizer as verdades e que tenham a capacidade de vos propor uma estratégia que vai muito além de gastar milhões em papel, para ver se ganham o campeonato dos confetti.

 

Eu conheço gente competente na matéria. Call me.

 

Aos presidentes das câmaras

Jonasnuts, 23.06.17

De repente, as ruas das cidades adquirem uma nova dimensão. Andar de moto faz isso, traz mais dimensões à nossa vida. Nem todas agradáveis, é um facto.

 

Uma das dimensões é a qualidade do piso ou, mais exactamente, a falta dela, mas esse tema abordaremos noutro post (o fabuloso plural majestático).

 

Circulo em Lisboa (e não só) e reparo que algumas vias para BUS têm lá um boneco duma moto. Acho a ideia excelente. 

 

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O candidato a presidente da câmara que coloque na sua lista de intenções espalhar este conceito a todas as faixas de BUS, ganha uma catrefada de votos. Vá, se não a todas, à maioria. 

 

Assim como assim, com moto ou sem moto pintada no pavimento, as motos já circulam por lá de qualquer maneira, portanto, é só mesmo uma tecnicidade sem grandes efeitos práticos para além de deixarmos de ser multáveis :)

 

Não?