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Jonasnuts

Jonasnuts

Mute

Jonasnuts, 10.08.21

Twitter lets you avoid trolls by muting new users and strangers.jpg

 

No twitter (oh que caraças, lá vem ela com o twitter - temos pena) há uma ferramenta muito útil. Quero dizer..... há várias, mas hoje decidi falar do mute.

 

Eu não uso o block. Não gosto. Cria-me uma bolha ainda maior do que a que já existe à partida numa rede social em que eu escolho o que vejo. Em cima disso, o block é dar demasiada importância às pessoas, é mostrar que tiveram impacto, que espoletaram uma ação. É também palerma, porque, se alguém quiser mesmo ler o que eu escrevo, não é um block que o impede.

 

Já o mute, é muito diferente. Gosto da sua suavidade subtil. Também não uso com frequência, mas há meia dúzia de imbecis que foram brindados com o mute. 

 

E em que é que consiste o mute? É ligeiramente auto-explicativo. Eles podem falar à vontade, e dizer os disparates que quiserem, e podem, inclusive, mencionar-me e mandar-me DMs, e eu não vejo nada. Eles estão ali, convencidinhos da vida que me estão a dizer coisas, e eu não estou nem aí :) 

 

O único momento em que me apercebo de que estes tristes existem é quando alguém lhes responde e me menciona, e eu percebo que eles andam por ali, ainda, a rondar, entusiasmadíssimos à volta do sol que lhes alumia a existência pobre e que, como o sol real em relação ao mundo, não sabe que eles existem. São momentos de quentinho no coração, por perceber que, felizmente, tenho uma vida sobejamente plena, para não ter de lhes dedicar a atenção por que anseiam.

 

É um "do not feed the trolls" sem o esforço de resistir, porque não me chego a aperceber de que eles andam ali a dizer coisas. É reduzi-los à sua insignificância, sem me importunar. 

 

Uma vez por ano, sensivelmente, faço uma limpeza. Fiz a deste ano, há pouco. Diverti-me muito :)

Trolls will be trolls. Já cá ando há anos suficientes para que apenas consigam divertir-me  :)

 

Agitadores profissionais

Jonasnuts, 16.02.21

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Eu não sou da rua. Nunca fui. Enfim, tirando descer a Avenida, claro, mas mesmo aí, caladinha. Faz-me confusão a manada. Faz-me confusão as palavras de ordem. Dificilmente é para mim, a rua. Participo e luto de outras formas (auto-link).

Mas, às vezes, é mesmo preciso. E algures em 2013, lá fui com a minha irmã, acho que do marquês à Assembleia da República. Nós e mais uma catrefada de gente, claro. Chegadas à Assembleia, como vínhamos relativamente no início, ficámos mesmo lá à frente, quase na primeira linha junto das barreiras e da polícia.

 

Como é habitual nestas coisas, os ânimos à frente estavam mais exaltados e o pessoal estava a começar a perder a cabeça, e as barreiras tinham começado a abanar forte e feio. Conseguir passar aquelas barreiras é medalha, não é? É uma conquista simbólica de um espaço que nos está vedado.

 

Eu e a minha irmã quietinhas, só na observação. Enfim, eu mais quietinha que ela. De repente, atrás de nós surgem vozes de incitamento; "vai", "salta", "p'ra cima deles". Olho para trás e está um grupo de 3 pessoas, tão quietinhos como eu e como a minha irmã, mas substancialmente mais participativos, pelo menos do ponto de vista vocal. Passado um bocado, a mesma coisa, muito empertigados e impulsionadores dos outros, mas ir lá para a frente para o meio da confusão, está quieto.

 

Aquilo durou mais um bocado, até que me irritei, virei-me para trás e, dando-lhes passagem disse qualquer coisa como "querem quebrar as barreiras? Querem ir lá para a frente? Podem passar, não há ninguém a impedir-vos". Entreolharam-se, calaram-se e, claro, ficaram quietinhos. Foram-se afastando e passado um bocado lá os reencontrei, à distância, a incitar à quebra das barreiras e a acicatar e agitar ânimos de pessoal de cabeça mais perdida, mais à frente junto à polícia, mas os próprios, quietinhos e sossegados, resguardados da confusão.

 

Eram agitadores profissionais. Pessoal que está ali de propósito para fazer aquele trabalho, tendo recebido instruções de pessoas, entidades, organizações, eminências pardas, a quem interessa um determinado tipo de comportamento, para fundamentar uma determinada retórica. Ou para abrir um telejornal. Ou para a foto do jornal. Ou, nos dias que correm, para um vídeo provavelmente viral.

 

Já sabia da sua existência, já tinha ouvido falar, já tinha visto vídeos, mas nunca tinha assistido à coisa em direto, ao vivo e a cores. 

 

Tudo o que acontece irl (in real life) acontece online. TUDO. Natureza humana é natureza humana. Só mudam as plataformas e as ferramentas. Por isso, tal como irl, também nas redes sociais há agitadores profissionais. E que ocupados têm andado, ultimamente.

 

Há-os em todas as redes mas eu debruço-me (sem cair) sobre os do Twitter, naturalmente. 

Sobretudo porque são habitualmente muito fáceis de identificar (mas nem sempre, porque há uns mais espertalhões).

 

Então, uma conta de twitter de um agitador profissional reúne algumas (não necessariamente todas) destas características:

É uma conta recente (tudo o que tenha menos de 1 ano, é recente)

É uma conta sem handle personalizado.

É uma conta sem avatar ou com avatar genérico (ou falso).

É uma conta com poucos seguidores.

É uma conta com poucos tweets.

É uma conta em que muitos dos poucos tweets, são RTs.

E, por fim, muito importante, é uma conta que entra na conversa com um tom provocatório e beligerante. Muitas vezes agressivo. O que estas contas pretendem é provocar uma reação, de preferência em cadeia. 

Os seus alvos preferidos são contas com muitos seguidores, porque é onde conseguem impactar mais gente, com menos esforço, mas se, e só se, o interpelado morder o isco. O que vale é que a maioria do pessoal com contas grandes, tipo Insónias, não anda aqui há 3 dias e já sabe da poda, raramente caem na esparrela. 

Daí que os principais alvos sejam pessoas com contas médias, acima dos 5.000 followers. Sobretudo se forem contas que falem habitualmente de política, temas fraturantes, economia, etc....

O que querem estes agitadores profissionais? Depende de quem as manda, não é? Uns querem umas coisas, outros querem outras, mas todos querem desestabilizar. 

 

E se o ambiente anda propício à desestabilização. A malta anda ansiosa. Nervos à flor da pele. Tudo a deitar confinamento pelos olhos, tudo pronto a deitar as mãos ao pescoço uns dos outros. Basta assistir a uma noite de bola. É fácil ser-se agitador profissional, nos dias que correm.

 

Então, e o que fazer com os agitadores profissionais?

 

A instrução não é nova, pois não? Do not feed the trolls.

Cada qual faz como muito bem entender, naturalmente, mas eu faço como fiz naquela manifestação, sempre que os apanho a meter o nariz em conversas em que estou envolvida. Desmascaro e ignoro toda e qualquer resposta que seja dada depois disso. Não bloqueio (gosto de ver por onde andam, o que fazem, o que dizem e a quem). 

Há vários exemplos disso aquiaquiaqui. Todos recentes..

Muitas vezes, depois de confrontados, mudam de handle, o que faz com que uma pessoa lhes perca o rasto, como aqui ou aqui. Recomeçam noutro sítio, mais à frente, como os da Assembleia da República.

 

Então e este relambório todo serve para quê?

 

Para que toda a gente os saiba reconhecer. Para ter um link para onde encaminhar quem me faz estas perguntas. 

Mas, sobretudo, para desmascarar.

 

Porque esta também é uma forma de fazer a #fachina

 

Os simpáticos

Jonasnuts, 07.01.10

Tenho para mim que, na maioria dos casos, dizer que uma pessoa é simpática, não é propriamente um elogio, e este post não é excepção.

 

Já aqui falei de trolls, aqueles palermas que infestam caixas de comentários com provocações, insultos, assédio, etc., na tentativa de sei lá o quê; terem uma vida?

 

Mas acho que nunca aqui falei dos simpáticos. São trolls na mesma, mas disfarçam a trollice com simpatia.

 

Ao contrários dos trolls tradicionais, nunca acrescentam nada com o seu comentário. É mais do mesmo. Concordam serenamente. São, tipicamente, elogiosos e até bajuladores.

 

Não se enganem, estes simpáticos não estão interessados no que vocês escrevem, nem estão interessados em concordar, discordar ou acrescentar ao que vocês escreveram. Estes trolls disfarçados ouviram dizer algures que, participar, comentando, em muitos blogs, lhes dá mais tráfego e relevância, porque as pessoas seguem os links que vão deixando nos comentários, dando-lhes visitas.

 

Engano, claro, as pessoas só seguem links nos comentários, se o comentário for minimamente interessante, mas pelos vistos isso não é óbvio para os simpáticos.

 

Têm proliferado, estes caramelos, ultimamente até aqui têm andado (devem andar desesperados, coitados), deixam comentários simpáticos com, tem toda a razão, ou gostei muito disto (mesmo que o post seja sobre cemelhas), e mais nada.

 

Mal por mal, prefiro os outros. Ao menos sempre acrescentam alguma coisa. Merda, mas mesmo assim alguma coisa.

 

Ainda não percebi muito bem qual é a estratégia para os simpáticos (para os outros tenho uma estratégia definida que nunca falhou até hoje). Vamos ver, se este post não é o início duma estratégia anti-simpáticos.

E onde é que estão os filhos da puta?

Jonasnuts, 17.10.09

Sim, eu sei, usar palavrões faz-nos descer nos rankings dos motores de pesquisa, mas eu borrifo-me nessas coisas.

 

Quero falar dos desgraçados e desgraçadas que andam por aí, coitados, sem mais nada para fazer a não ser poluir a vida dos outros. É que só mesmo a falta de vida própria é que pode mover pessoas a entrarem em blogs alheios e poluírem a coisa. Mais do que poluir, perseguem, chateiam, assediam, incomodam.

 

Não me refiro aos trolls que são, habitualmente, meramente chatos, e com os quais se pode bem, e que até se enxotam de forma relativamente fácil, esses até dão algum prestígio a um Blog, que, para ser digno desse nome, tem que ter um troll. Neste momento não tenho por aqui nenhum, mas já tive alguns, sim senhor.

 

Não é a esses que me refiro, refiro-me aos que identificam um alvo, e perseguem o autor ou autora de um blog, através dos comentários. Quando falo em perseguição, não estou a exagerar na escolha da palavra, são terroristas do comentário e, pior, são daquelas pessoas que destilam tanto ódio naquilo que escrevem que só podem ser doentes, e vai-se a ver e aquilo até extravasa para fora do blog e depois um dia aparece-nos um destes doentes à frente, e é um sarilho.

 

São vários os exemplos de pessoas que não têm pachorra e pura e simplesmente não permitem comentários aos seus posts. Em tempos achei que blog para ser blog tinha de ter comentários, mudei de opinião entretanto, conforme fui conhecendo os meandros.

 

Conheço pessoas que tinham os comentários moderados e, fartos de lerem tanto lixo, decidiram pura e simplesmente deixar de ter comentários. O Nuno Markl, depois de anos a criar calo e a imunizar-se contra estes filhos da puta (é que não há mesmo outro nome), fartou-se quando a coisa extravasou para a família (e neste caso, eu vi as amostras, e aquilo dava um caso de polícia).

 

Conheço quem hesite, mas persista na coisa.

 

E conheço quem deixe de ter o Blog pura e simplesmente. Compreendo perfeitamente. Quando me perguntam qual deve ser a duração de um blog a minha resposta é sempre a mesma, um blog deve durar enquanto for uma fonte de prazer para o seu autor. Assim que deixar de ser uma fonte de prazer, para passar a ser uma fonte de preocupações ou de stress, é acabar com ele, direitinho, sem apelo nem agravo.

 

Foi o que fez a Cocó. Nem sou suspeita, que o Blog está na concorrência, tenho muita pena, mas compreendo a decisão. Sei que muita gente dirá que desistir é dar uma vitória aos filhos da puta, mas não é. Vitória, neste caso, é a Cocó viver a sua vida, sem uma fonte adicional de stress (já que nessa área, parece que fontes não lhe faltam), e sem ter de passar a vida a pensar que lhe vai aparecer um maluco à frente, ou a passar tempo com a família preocupada em olhar por cima do ombro num just in case.

 

E quem é que são os filhos da puta? São aqueles que cá fora, irl (in real life) não partem um prato, ninguém dá por eles nem pela sua frustração, são calados, anónimos, cinzentos, paradinhos, anémonas, inferiores, complexados, invejosos. Não conseguem afirmar-se. Pudera.

Aproveitam então a sua santa ignorância de acharem que são anónimos (ó santíssima ignorância, que estas coisas descobrem-se tão facilmente) e online assumem a sua verdadeira forma, e azucrinam a vida duma pessoa.

 

Há casos em que a coisa é "bem" feita, já que roça apenas a ilegalidade, não havendo motivo para, através da lei (reparem que disse, através da lei), se ir mais além, mas, a maioria dos casos de assédio que tenho visto, dão casos de polícia bem cabeludos.

 

Mas, razão tem a Cocó. Não está para se chatear, nem aturar malucos, nem deixar que estes tenham qualquer importância na sua vida.

 

Quem fica a perder? Nós, que líamos a Cocó (e outros tantos que já fizeram o mesmo), e que vamos deixar de ler (pelo menos no Blog).

 

Por isso, não se animem os filhos da puta. A Cocó teve a elegância (e a inteligência) de se borrifar para vocês.

 

Mas andam cá alguns, que não são nem tão elegantes, nem tão inteligentes como a Cocó, e que perderam qualquer coisa com o assunto.

 

Não se esqueçam disso ó filhos da puta, e não se esqueçam também que há um pássaro brasileiro chamado cacalharás.