Grupo profissional de varrimento de votações
Este é o tipo de coisa que me diverte muito.
Chego a este tema por via do João Almeida, o atleta português, do ciclismo, que andou meia volta à Itália com a camisola cor-de-rosa.
Uma conta/site especialista em conteúdos de ciclismo decide lançar uma votação, em várias mãos, que se destina a eleger o melhor rider de 2020. O esquema é sempre o mesmo, colocam nome de dois ciclistas numa poll e o que tiver mais votos, passa à eliminatória seguinte.
Ora, isto não tem nada a ver com competências atléticas ou desportivas, pois não? Isto são votações no Twitter. Valem o que valem. Bora lá votar no João Almeida, que ainda por cima nasceu em 98. Entusiasmei-me com a coisa e comecei a fazer campanha.
Nesse momento constato que, longe de estar só, estou mesmo muito bem acompanha por pessoas que parecem profissionais da coisa.
É nessa altura que sou apresentada ao grupo informal mas profissional de varrimento de votações. Sempre que há um português a votos, este grupo mobiliza-se para divulgar a votação, apelando ao voto nos portugueses a concurso.
Com a ajuda do Michael Seufert chego à origem deste grupo. Consta que tudo começou em finais de março, com uma votação sobre futebol, dos Les Réservistes, em cujo início foi tudo apanhado um bocadinho de surpresa, como se nota.
Na mesma altura do torneio, Vítor Baía foi nomeado nos 16 avos de final e é nessa altura que as pessoas acordam para a coisa. E por pessoas, não me estou a referir a mim, ou a qualquer vulgar user de Twitter, estou a referir-me a (ia dizer influencers, mas depois eles davam-me um tiro), estou a referir-me a pessoas bem abonadas, do ponto de vista dos followers. O Sir_Bronn_ o insoniascarvao, o rsaraiva, o aquilespintoPT, o EuSouZarolho, o seufert para citar apenas alguns. Ora, o resultado deste envolvimento começou por ser o do Baía ganhar ao Buffon. AO BUFFON!
A diferença de votos entre votações onde participa um português e votações onde não participam portugueses é considerável.
Claro que, melhor ainda do que os concorrentes portugueses ganharem, foram os comentários. Quer do portugueses que votavam, quer do resto do mundo, absolutamente pissed.
Nessa votação, que não consigo recuperar, todos os jogadores portugueses a concurso ganharam as polls em que participaram.
Regressemos às polls do João Almeida.
À medida que vão sendo ganhas mãos, a dificuldade vai aumentando.
Muitas têm sido as contas que alinham na divulgação de cada votação. Para além das já citadas, há outras como a Paula Neves, a Ana Ni Ribeiro (que foi quem me deu o título do post), a Raquel Shelby Vaz Pinto, a Umbelina, para me manter agora num universo feminino e isto é sempre injusto, porque é tanta gente que não dá para referir todas as contas.
Mas, o melhor disto tudo são os tweets, o humor, os códigos que se criam, as cumplicidades. E o facto do resto do mundo estar pissed, claro :)
Como diz o Sir Bronn, "Vencer polls é bom mas dar-lhes cabo da moral dessa forma é magnífico."
Apareceu neste processo uma frase que colou e que é usada por todos, com ligeiras variações que lhe conferem maior ou menor portugalidade, nomeadamente a presença ou não da última palavra.
É a minha próxima t-shirt (a frase tem de ser mais genérica, tem de ter outra fonte e falta-lhe um ponto final - e nunca deixei de ser produtora).
(A t-shirt é da autoria do Edu)
Já estão anunciados os concorrentes para os 16 avos de final, o que significa que mais daqui a bocadinho, recomeça tudo de novo.
Bora lá overperformar mais esta. Bora lá ganhar isto outra vez.
:)