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Jonasnuts

Jonasnuts

Alegadamente

Jonasnuts, 30.04.13

A história tem 3 ou 4 dias. Chamaram-me a atenção para o caso via Facebook. Conta-se em 3 tempos.

 

A Lúcia comprou um voucher à Odisseias, para um serviço a prestar pela Poneilândia. Quando tentou marcar o serviço que tinha comprado, não gostou da experiência do atendimento.

 

Até aqui nada de mais. Uma cliente, insatisfeita, que contacta a página que é, ao que tudo indica, a oficial da empresa, e desabafa.

 

Mas é aqui que pára a normalidade e começa o insólito.

De repente, aquela que parece ser a conta oficial da empresa, desata a fazer likes, e a comentar de forma..... inusitada.

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É a primeira vez na vida que vejo o que aparenta ser a marca oficial a fazer like a uma reclamação. Mas não fica por aí, também comenta.

É todo um novo modo de gerir uma marca nas redes sociais, e todo um novo significado para a palavra "beijos".

 

Retomamos a normalidade, e seguem-se duas dezenas de comentários de pessoas incrédulas com a situação. Mais incrédulas ainda quando se apercebem de que os seus comentários de estupefacção e críticas estão a receber likes, de quem? Pois claro, de quem está a gerir a conta que aparenta ser a oficial da Poneilândia.

E podíamos ter ficado por aqui, mas não. Regressa o insólito.

(1)_uma_vergonha_a...-20130430-164106.jpg

Obviamente segue-se uma catrefada de comentários, de pessoas que entre o divertidas e o estupefactas, comentam a inépcia de quem gere aquela que parece ser a conta oficial da marca.

 

E os senhores que estão do lado de lá, dispostos a subir a parada a cada comentário.

Cada cavadela, cada minhoca.

Mas, calma, ainda falta a cereja no topo do bolo.

 

Portanto, aquilo que tudo indica ser a conta oficial da empresa no Facebook, sugere a pessoas indignadas, os serviços de um gigolo profissional. Confesso, é a primeira vez que assisto a esta estratégia de gestão de marca nas redes sociais.

Desde o início que achei piada ao tema, e depois achei que iria gostar de escrever sobre o tema, pelo inusitado. Mas, gato escaldado da água fria tem medo, e a coisa é mesmo tão má, tão má, tão má, que achei melhor contactar directamente a empresa, no sentido de apurar se de facto se tratava duma conta oficial. Telefonei para o contacto disponível no site. Um número de telemóvel. Chamou, chamou, chamou, atendeu o voice mail. Ok. Tentemos o mail. E assim foi. Um mail simples e educado:

"Boa tarde,

Gostaria de saber se a página do Facebook https://www.facebook.com/poneilandia.tocao é uma página oficial da Poneilândia.

Obrigada desde já.

Melhores cumprimentos

Mª João Nogueira"

 

Recebo uma resposta:

 

"Boa tarde, gostaríamos de saber também quem pergunta SFF e o porquê da pergunta, entretanto iremos verificar"

 

Ok... ao menos responderam, e querem saber porquê. Tudo bem:

 

"Boa tarde,

Obrigada pela resposta rápida.

No que diz respeito à sua pergunta, que considero muito pertinente, pretendo escrever no meu Blog acerca de um episódio que está a decorrer na conta de Facebook referida, e não queria correr o risco de atribuir à referida conta o estatuto de conta oficial, se de facto não for oficial e assegurada (ou
com gestão subcontratada) pela Poneilândia. Trata-se de apurar a verdade e os factos, antes de escrever :)

Espero ter esclarecido as suas dúvidas.

Melhores cumprimentos,

Mª João Nogueira"

 

 

Deixa lá ver, pode ser que os senhores não saibam de nada, e estejam a ver agora a coisa pela primeira vez (eu já vos disse que sou uma ingénua do caraças?)

A resposta até veio de forma relativamente rápida:

"Boa tarde, agradecemos que descreva esse episódio, ou enviaremos hoje mesmo este assunto para o nosso departamento jurídico"

Nos intervalos de rir até à exaustão, tenho estado aqui a pensar se não se trata de uma mera má utilização da língua portuguesa. Assim de repente, acho que também é a primeira vez que me ameaçam de forma tão educada. "Boa tarde, agradecemos que" e depois tungas.

Fiquei sem saber, até agora, se aquela conta de Facebook que aparentava ser a oficial, era afinal de contas oficial, oficiosa ou desconhecida.

E falo no passado, porque pouco tempo depois do mail com a ameaça educada, a conta foi apagada. Daí não haver links neste post.

 

Sabem aquelas coisas que são tão más, tão más, tão más, tão más que dão a volta e se tornam o máximo? Esta está lá quase. Quase. Mas ainda não.

Como aumentar a receita

Jonasnuts, 10.09.12

De repente começam a surgir-me MUITAS ideias de como aumentar a receita.

 

Há muita procura para consultoria no âmbito da gestão de redes sociais (ou comunidades), e se não há, devia haver. Nessa matéria posso dizer que sou especialista, sendo uma das pessoas que, em Portugal, há mais tempo trabalha nesta área.

 

Por exemplo, e não me estou a oferecer, o primeiro-ministro está, claramente, necessitado de alguém que o aconselhe nesta matéria.

 

Quem é que, na posse de todas as suas faculdades, faz um anúncio ao país do teor do que foi feito por Pedro Passos Coelho na passada Sexta-feira, e depois vai escrever para o Facebook?

 

A sério..... quem terá sido o génio que lhe recomendou semelhante estratégia?
Terá sido o mesmo assessor que lhe recomendou um divertido fim de noite no concerto do outro, ao som da Nini, e de caminho, a deixar-se fotografar sorridente, saltitante e cantando alegremente?

 

Epá.... muito sinceramente..... se numa coisa básica como é a gestão de um perfil numa rede social a inépcia é tão grande, como é que alguém pode achar que há competências para se gerir um país?

 

 

 

 

 

Redes sociais para políticos

Jonasnuts, 29.03.11

Leio aqui que foi criada uma rede social nacional para políticos.

 

A empresa dona desta rede social diz que "o seu principal objectivo procura promover o encontro entre políticos, políticas e cidadãos".

 

É só a mim que isto soa a imbecilidade?

 

Se os políticos têm necessidade dum espaço para se encontrarem com os cidadãos, eles que venham até ao Facebook, e ao Twitter, que é onde os cidadãos já estão. Porque raio têm de ser os cidadãos a ir até aos políticos? Venham os políticos aos cidadãos. Deixai vir a mim os políticos? :)

 

Para quê criar uma rede social específica para políticos? Funciona por fax, é?

 

Caro Governador Civil de Lisboa

Jonasnuts, 08.01.10

Não nos conhecemos, mas decidi ler a entrevista que deu à última Visão, provavelmente porque o enfoque era dado, nos títulos e imagens que acompanhavam a entrevista, em temas que me interessam, Facebook, redes sociais enquanto ferramentas de trabalho, etc.

 

Devo desde já esclarecer que não sou uma crente em tudo o que leio e sei, por experiência própria, o quão deturpadas podem ser afirmações que fazemos, quando as lemos mais tarde impressas em qualquer jornal ou revista.

 

Não dou, por isso, demasiada importância ao que leio, principalmente se for escrito na comunicação social tradicional. Assumo-me como descrente, além de que a minha opinião vale o que vale, que é pouco ou quase nada. A minha opinião tem apenas a enorme vantagem de ser a minha, o que apenas me beneficia a mim.

 

Li no entanto algo que, não sendo novidade quando dita pelos novos adeptos das novas tecnologias, suscita habitualmente em mim um levantar de sobrancelha, a saber:

"Para ele, o envolvimento de um político nas redes sociais permite, em muitos casos, antecipar situações, perceber quais as opiniões dominantes. "Às vezes até dá para saber quais vão ser os assuntos em destaque no dia a seguir", diz".

 

É verdade, mas apenas parcial, e pode ser uma falácia.

 

Senão vejamos, não é a maioria dos portugueses que tem acesso à Internet, portanto, a opinião dominante não pode ser recolhida, a não ser por extrapolação que, como se sabe, tem muitos perigos, é uma espécie de generalização teoricamente científica e, como se costuma dizer, as generalizações são perigosas.

 

Notemos ainda que, os que têm acesso à Inernet são pessoas com um maior poder de compra (embora esta tendência esteja a ser absorvida pela massificação) e que pertencem a uma classe social que não é, infelizmente, a da maioria dos portugueses. Novamente, opiniões dominantes por extrapolação.

 

Não esquecer que, para além de tudo, dos que estão online, será uma imensa minoria, aquela que emite opinião relevante ou que ultrapasse o domínio exclusivamente pessoal. A sério. A grande maioria dos Blogs, não são dos políticos, ou de intervenção social, ou de opinião. Se quiser aprofundar esta minha última afirmação, é ver uma coisa que escrevi há uns tempos.

 

Portanto, quem anda online não é a maioria, é uma minoria privilegiada, a maior parte não produz conteúdo e, não esquecer que no meio de tão pouca gente, meia dúzia de intervenientes podem fazer a diferença. É por causa disto que parte da sua afirmação é verdadeira, dá de facto para saber "quais vão ser os assuntos em destaque no dia a seguir" mas apenas porque as redes sociais e blogosféricas são muitíssimo frequentadas por jornalistas (e ainda bem, se quer mais uma opinião minha).

 

E, por último, além de tudo o que já referi antes, convenhamos que, para seguir um político no Facebook é preciso que esteja interessado no que essa pessoa possa ter para dizer e, como sabemos, a grande maioria dos portugueses não se interessa pelo que os políticos têm para dizer (não vale contar com  o número de participantes nos Fórum da TSF que são especialistas em fazer um enorme número de vozes diferentes. Parecem muitos, mas são poucochinhos).

 

Isto já está muito comprido, mas está quase a terminar e assim como assim ninguém leu até aqui.

 

Eu percebo o sentimento de deslumbre com a aparente proximidade que as "novas" tecnologias proporcionam, a sério que percebo, melhor do que gostaria. É extraordinário o potencial enquanto ferramenta de comunicação. Mas há que atingir um ponto de equilíbrio e, sobretudo, não nos deixarmos cair no logro de que estamos todos ligados, e que as pessoas que nos seguem e que nós seguimos representam um todo.

 

É um abismo onde se cai, e de onde se pode demorar algum tempo a sair.

 

Para um conhecimento mais profundo do que, de facto, pensa a maioria, é comprar os jornais desportivos, lê-los num café, de preferência um estabelecimento que tenha uma televisão sintonizada num noticiário da TVI ou nas tarde da Júlia, e estar de ouvido atento aos comentários e às notícias que prendem a atenção das pessoas. Aí sim, vai sentir o pulsar da nação.

À atenção dos senhores políticos recém chegados às redes sociais

Jonasnuts, 26.08.09

É tempo de eleições, que é o mesmo que dizer é tempo de novos perfis no Facebbok, no Hi5 (sim, dão tiros ao lado, com o Hi5 mas coitadinhos, não sabem), no Twitter....é vê-los, aos políticos candidatos que, de repente, acordam para as redes sociais ou para, como eles lhe chamam, a web 2.0. Já ouvi, a minha candidatura é web 2.0. Estou em todas as redes sociais.

 

Não percebem. Já expliquei como é que deveriam fazer a coisa mas, naturalmente, desvalorizaram a minha opinião, porque eles é que são os entendidos.

 

Vamos lá ver se dito doutra forma, por outra pessoa com muito mais currículo do que eu, conseguem perceber:

 

 

Via Meia de Leite.