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Jonasnuts

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Ir de moto

Jonasnuts, 14.11.17

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Estou quase a fazer 6 meses de moto, a conduzir uma média de 1000km/mês, distribuídos pelos dias úteis (é raro andar ao fim-de-semana).

 

Estou a adorar e estou farta de aprender coisas.

 

Por exemplo...... as mulheres são mais espaçosas. As mulheres e os velhos. 

Isto é, numa bicha de carros parados, se há um carro a impedir a passagem da moto, quem vai ao volante em 95% dos casos é uma mulher, ou um velho.

 

Além de mais espaçosas, são cegas e surdas.

Uma pessoa pode estar ali mesmo ao lado, que as senhoras (e os velhos) nem dão por nós, não se afastam, não facilitam, não dão passagem, não porra nenhuma, porque as motos não existem.

 

Se por acaso é um gajo que está a impedir a passagem, quando se apercebe tenta facilitar. Ou é velho, e então não.

 

Os gajos também não são flores que se cheirem, descansem. Os gajos são os que ultrapassam em curvas. 

Os gajos são também os que gostam de tentar aproveitar o cone de aspiração da minha 125.

É uma coisa que me irrita, quando estou ao volante do meu carro, que andem colados à minha traseira. Com o carro é fácil de resolver, cheirinho de travão e está feito. Com moto, o cheirinho de travão fica mais difícil, porque o pára-choques sou eu. Ainda estou a tentar perceber como é que se resolve.

 

Gosto de andar atrás de motos mais potentes, dou-lhes sempre passagem, porque com a barulheira que fazem, são os Moisés do trânsito...... dão umas aceleradelas e é ver os carros a afastar-se, qual Mar Vermelho de sucata. Eu, com a minha 125 não consigo fazer barulho. Tem de haver uma buzina constituída por uma coluna à frente da moto que, quando accionada, solta o rugido duma 1100. Se não há, start-up aí vou eu.

 

O botão da buzina também está num sítio merdoso, pelo menos para uma principiante. Eu buzino. De carro. De mota faço piscas. Tenho de arranjar uma solução, mas só quando a buzina for de jeito, que para o piiiiii pífio que faz, mais vale estar quieta.

 

Conduzir uma moto devia ser uma prova obrigatória para se ter carta de condução de carro. Para os senhores dos carros perceberem.

 

Se soubesse o que sei hoje, não tinha comprado um capacete compacto. Tinha comprado um daqueles em que o maxilar inferior sobe. 

 

Ainda estou a tentar perceber como é que se demora menos de meia hora para colocar os óculos, depois do capacete posto (eu tenho cabelo comprido, e entre o cabelo comprido e a pressão que o capacete faz, a porra da haste fica sempre do lado de fora das orelhas).

 

Também ainda estou para perceber como é que faço para que os óculos (e a viseira) não embaciem, porque o método de deixar uma nesga aberta está a tornar-se complicado à medida que a temperatura baixa. Lá chegarei.

 

Agora com licença que vou à procura de calças de inverno, que já tenho blusão de inverno, mas da cintura para baixo ainda ando cheia de frio :)

 

 

Virar à esquerda

Jonasnuts, 25.09.17

Não vou falar de política. Isto é mesmo um post sobre virar fisicamente à esquerda, e da minha dificuldade em operar tal manobra. De moto.

 

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Isto de andar de moto ainda vai dar uns posts, porque é todo um novo universo de conhecimentos novos que de repente se abateu sobre mim. Guiar uma moto é MUITO diferente de guiar um carro e estou convencida de que apesar de adorar, nunca serei una com a moto da mesma forma que sou una com o carro. Enfim, cenas.

 

Este post é para partilhar e, eventualmente receber dicas de como melhorar, a minha enorme dificuldade em fazer curvas à esquerda. Sejam largas, sejam apertadas, curvar à esquerda apresenta sempre desafios. Uns casos mais do que noutros, claro, mas nunca é smooth.

 

Ao princípio, curvar era difícil, fosse para que lado fosse. Com o tempo, curvar para a direita começou a ser cada vez mais fácil e já nem penso no assunto. Pensar-se-ia que a esquerda iria seguir o mesmo percurso que a direita, não? Não. 

 

Se eu fosse atrás de mim, numa rotunda, iria a insultar-me, tal é o grau de azelhice, nabice e maçariquice demonstrado.

 

Eu bem digo aquela coisa do "olha para onde queres ir, que a moto trata do resto" e que com as curvas à direita funciona lindamente, mas à esquerda, eu bem olho, eu bem me inclino, eu bem tento imitar a direita e sai-me sempre uma desgraça.

 

Algum truque? Sugestões? É mesmo assim? Estratégias precisam-se, porque já está a terminar o período durante o qual é legítimo eu alegar ser nova e inexperiente. 

 

 

 

(E não é medo de cair, porque tanto se cai para a esquerda como para a direita e também porque já me estreei nesse capítulo, com direito a mazelas físicas e a mota no estaleiro durante um bocadinho).

 

 

Tricéfala

Jonasnuts, 20.06.17

Até há uns dias eu era bicéfala. Agora sou tricéfala.

 

Eu explico.

 

Sabem aquela coisa da Maria patroa e da Maria empregada? Eu era a Maria condutora e a Maria peona (eu sei). 

 

Enquanto Maria condutora irrito-me com os peões que empatam o trânsito, que se metem à beira das passadeiras a mandar passar a malta que pára, que passa nas passadeiras na oblíqua, com os que andam na faixa das bicicletas, etc...

 

Enquanto Maria peona (eu sei) irrito-me com os carros que não param nas passadeiras, com os que me fazem razias, com os que não fazem piscas, com os que buzinam, com os que estacionam em cima das passadeiras, etc...

 

Enquanto Maria motard descubro a tríade da coisa, há muito mais coisas com que me irritar ao volante duma mota, nomeadamente com os senhores da câmara municipal de Lisboa que têm a responsabilidade de zelar pelo pavimento (nos carros também se nota, mas não é a mesma coisa), e tenho a certeza de que descobrirei mais coisas à medida que for aprendendo a relaxar.

 

Fica a nota de que é oficial........ não só já comprei a mota, como já dei umas voltas para me habituar como já vim para o trabalho. E estou a adorar :)

 

Ainda não tem nome, mas há-de ter.

 

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Jonas, a motard

Jonasnuts, 04.05.17

Isto das motas é um mundo e está cheio de truques. Estou farta de aprender cenas.

 

Aparentemente, já tenho mota, porque um amigo de um amigo tinha uma pcx para venda, o negócio parece simpático, e apenas aguardo a devolução do dinheiro do IRS para fechar o negócio. Há-de ser mais ou menos assim:

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Portanto, não é uma Peugeot Django, o que é uma pena, mas foi o que se arranjou.

 

Muitas foram as recomendações de aulas de familiarização pelo que decidi seguir os conselhos, e já estão marcadas.

 

Outra recomendação muito frequente, aliás, a mais frequente de todas tem a ver com o equipamento. NÃO SE POUPA EM EQUIPAMENTO. Ok. Qual equipamento?
O ideal é que seja capacete, luvas e casaco. Se não der para tudo, compra-se o casaco depois, mas capacete e luvas, sempre.

E agora? Que tipo de capacete? Que marca de luvas? 
O capacete não vai ser fashion, porque toda a gente me diz que os fashion são uma treta, porque não protegem. Os que são mesmo bons são os integrais, one piece. 
Ainda ando à procura de lojas porreiras onde me possam recomendar estas cenas sem me levarem couro e cabelo.

Seguro, outro mundo. Preciso de um seguro contra terceiros e de responsabilidade civil. Isto dá muito mais trabalho do que o que eu imaginava.
 
Mais as protecções contra roubo, cadeados e afins. E um tracker gps (são baratuchos, online e tenho pena de não ter comprado um para a minha bicicleta, a esta hora saberia do seu paradeiro).

 

A família não gosta da ideia. Provavelmente é uma questão de hábito :)

Em busca da moto perfeita

Jonasnuts, 17.04.17

Já percebi que as motos são como as opiniões, há para todos os gostos.

 

Para quem, como eu, não percebe nada, a quantidade e a qualidade do feedback que recebi, por causa do post anterior, foram esclarecedoras, mas também baralharam.

 

Roda alta, roda baixa, roda intermédia? Sei lá eu, que achava que as rodas eram todas iguais,

 

Capacete já percebi que tem de ser integral, mas one piece ou modular? 

 

E alugo uma para treinar, faço um test drive ou tenho aulas? Eu só sei andar de bicicleta e com calma.

 

Tenho achado que o mercado está pouco preparado para pessoas como eu. Está preparado para a miudagem, que já sabe conduzir porque aprendeu nas motos dos amigos. Está preparado para quem já conhece e já domina.

 

Não encontrei uma única escola de condução com oferta de aulas de condução, sem falar em carta. Se eu tenho carta de ligeiros, não preciso de tirar a carta para conduzir uma 125. Tenham uma oferta de aulas para quem quer aprender, mas não quer (ainda) tirar a carta.

 

Também já percebi que a questão estética é importante. Para mim também é, mas o argumento €€€€ fala mais alto. Eu gosto da Django Evasion. Do look retro e, sobretudo, do tom de azul. Mas € 2.700 é muita fruta, sobretudo assim de repente e não encontrei em 2ª mão.

 

Peugeot - DJANGO EVASION.jpg

 

Em cima disso, não sei quais são os consumos, nem ninguém me diz se isto é alguma coisa de jeito ou não. E é francesa. E tem um leão mesmo ali à frente.

O consenso parece ir para a Honda PCX. Porque gasta muito pouco, porque é fiável, porque tem uma boa relação qualidade/preço. A grande maioria das pessoas com quem falei recomendou-me esta PCX. Nova é mais cara que a Django, mas, não só há promoções e facilidades de pagamento como há várias em 2ª mão.

 

PCX125 Campanha Financiamento  Honda Portugal.jpg

Outra dúvida, mas esta já a tenho há MUITOS anos. Porque é que a buzina das motos é tão fraquita? Se há veículo que precisa duma buzina potente, é uma moto. Um camião TIR, com aquele tamanho todo, não apanha ninguém desprevenido, não precisa daquele buzinão para nada, a simples deslocação de ar chama a atenção. Uma moto é mais discreta, tem muito mais necessidade duma buzina de jeito, mas não, têm umas coisinhas imberbes que mal se ouvem. Comprando uma, a primeira coisa que lhe faço é meter-lhe uma buzina de jeito. A não ser que não se possa.

 

Os seguros são outro mistério. Não percebo porque é que não há seguros contra todos. E também não percebo porque é que não há seguros contra roubo. Não tendo garagem para a deixar durante a noite, vai ter de ficar na rua. Amarrada a um poste da luz, mas na rua. Ficaria mais descansada se pudesse ter um seguro, apesar de toda a gente me dizer que ninguém rouba 125.

 

É todo um mundo novo que descubro, devagarinho. Irei dando notícias e estarei atenta ao feedback que me quiserem dar, porque tem sido muito útil :)