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Jonasnuts

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Quase 4 anos de moto

Jonasnuts, 14.06.21

Faz este mês 4 anos (auto-link) que comecei a conduzir a minha querida PCX.

Muita coisa mudou na minha vida desde essa altura. Aliás, comprar moto fez parte de um movimento de mudança, que teve mais fases, mais conquistas, mais processos. 

Lembro-me bem, do medo de pegar na PCX, e de me montar nela a pensar "caraças, Maria João, tu metes-te em cada uma". Dar umas voltas ali na rua, e depois estender ao bairro, e depois ir aumentando a autonomia, até ir para todo o lado.

Não foi um processo rápido. Andei tensa durante muito tempo. Mas soube logo de início que ia gostar. 

Não sabia é que ia gostar tanto.

Mas gostei. 

Mesmo depois de me ter espetado na traseira de um carro e ter metido umas costelas dentro e ter ficado toda amassada, continuei a gostar.

 

Mesmo assim, nunca me passou pela cabeça que, 4 anos depois, eu teria tirado a carta, teria vendido a minha rica PCX (a um amigo, para saber que fica bem cuidada e sim, comovi-me, quando a deixei na garagem onde vai passar a dormir), e teria comprado outra moto. Muito menos imaginava que passaria de uma 125 para uma 750. E que a compraria em segunda mão, sem ajuda, longe de Lisboa, e que a traria, na sua viagem inaugural nas minhas mãos por esses caminhos de Portugal, ao colo de uma comunidade de malta que fez (e faz) parte da viagem e que me aconselhou e me acarinhou, desde o primeiro momento. 

 

Mas aqui estamos, apesar da falta de imaginação, eu e a minha mota nova, já batizada de Maria, portanto, aqui estamos, eu e a minha Maria, ainda na fase da adaptação e do conhecimento. Ainda a ter de pensar "primeira para baixo, o resto para cima", ainda a mecanizar o exato ponto da embraiagem, ainda borrada sempre que a monto, ou sempre que encontro um novo desafio. Ainda não encontrei a posição de condução certa, ainda tenho de resolver os problemas das manobras, que este bicho é mais pesado que a PCX.

 

Um dia destes falo da epopeia de ter ido levar a minha PCX a Vila Real, e de ter ido buscar a minha Maria a Penafiel, com passagens pelo Porto, por Matosinhos (onde o Neca me tirou esta foto, me ofereceu um café e um cruise control), Cantanhede para pernoitar e reacender o bicho ao Basco da Teresa e, finalmente, casa, onde cheguei toda rota. 

 

Mas agora, é só para assinalar. Dia 10 de junho, deixei a minha primeira mota em boas mãos, vai voltar a ser a primeira mota de alguém e terá sempre um lugar muito especial no meu coração. Também a 10 de junho, apanhei a minha Maria.

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Acho que vou fazer boas viagens :)

 

3 anos de moto

Jonasnuts, 22.06.20

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Fez por estes dias 3 anos que comecei a andar de moto.

Mudou a minha vida para melhor e só tenho pena de não ter tomado esta decisão mais cedo. 

Se não fosse a pandemia, nesta altura já teria carta e uma moto um bocadinho melhor, para começar a fazer uns passeios, mas a covid-19 obrigou a uma pausa nesse processo, portanto, ainda ando com a minha rica pcx, que adoro, mas que não dá para grandes passeios.

Tenho cerca de 30.000km no bucho, contas feitas com base numa média de quase 1.000km/mês, subtraindo a porra da pandemia :)

Obviamente já me espetei, está também agora a fazer 3 anos.

Logo na primeira semana, erro de principiante, claro, e a moto ia indo para sucata. Ainda esteve quase 2 meses na oficina, caraças.

Mas depois disso, foi sempre a melhorar e a ganhar experiência e ainda não voltei a cair. Ainda. :)

Recomendo vivamente a todas as pessoas crescidas (têm de ter mais de 40 anos), que queiram poupar dinheiro, tempo, estacionamento e, em simultâneo, divertir-se à brava.

Descubram a vossa alma motard e dêem-lhe asas :)

Regressos

Jonasnuts, 08.03.19

Regresso, ao blog. E sem ser num aniversário.

 

Para falar de motos e respectivos acessórios. Este tema, das motos, é algo que vai passar a ocupar mais espaço por aqui. Descobri que gosto e que tenho opiniões e que se calhar vale a pena tentar contribuir, enfim, de acordo com o possível, para ajudar alminhas que, como eu, do nada, decidem começar a usar moto.

 

Eu sabia zero. Tive, portanto, de contar com a ajuda de amigos, conhecidos e até desconhecidos que, ao longo do meu percurso inicial por estas andanças se chegaram à frente com dicas, recomendações, informações, ajudas e opiniões. Desde o gajo que está na loja ao meu lado quando peço por umas mitenes e me diz "epá, não te metas nisso, o que tu queres para as mãos são umas luvas, boas, não são umas mitenes", até à miúda da loja onde entrei e disse "não percebo nada, mas preciso de um capacete e de um casaco", e de onde saí cheia de coisas, naturalmente :)

Mas o que me traz aqui hoje é o capacete e porque é que o escolhi.

Toda a gente me disse, "não poupes em equipamento de segurança". De modo que ia preparada emocionalmente para gastar dinheiro. Também sabia, porque me tinham dito, que queria um capacete integral (hoje teria escolhido diferente). E foi esse o briefing que dei à miúda que me atendeu na MotoPonto.

E saí de lá com isto:

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É este.

 

Achava eu que estava bem servida. E se calhar estou, mas é a segunda vez, em menos de dois anos, que a porcaria do aileron traseiro do capacete (cujo nome técnico desconheço, mas que por aileron traseiro se percebe exactamente o que é) descola. Da primeira vez fui à loja. Mandaram vir um aileron traseiro novo, e quando chegou, lá fui eu, para me colarem a coisa no capacete. 

Hoje, descolou outra vez.


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Não era suposto Shoei ser uma boa marca? A primeira descolagem pode ter sido um azar. A segunda, já me cheira a defeito. Num capacete de quatrocentos e picos euros, a fita-cola não funcionar, parece-me esquisito.

Alguma recomendação de marca/modelo/sítio onde comprar, tendo em conta que estou a pensar que, o próximo capacete tem de ser modular?

Muitagardecida.

Tricéfala

Jonasnuts, 20.06.17

Até há uns dias eu era bicéfala. Agora sou tricéfala.

 

Eu explico.

 

Sabem aquela coisa da Maria patroa e da Maria empregada? Eu era a Maria condutora e a Maria peona (eu sei). 

 

Enquanto Maria condutora irrito-me com os peões que empatam o trânsito, que se metem à beira das passadeiras a mandar passar a malta que pára, que passa nas passadeiras na oblíqua, com os que andam na faixa das bicicletas, etc...

 

Enquanto Maria peona (eu sei) irrito-me com os carros que não param nas passadeiras, com os que me fazem razias, com os que não fazem piscas, com os que buzinam, com os que estacionam em cima das passadeiras, etc...

 

Enquanto Maria motard descubro a tríade da coisa, há muito mais coisas com que me irritar ao volante duma mota, nomeadamente com os senhores da câmara municipal de Lisboa que têm a responsabilidade de zelar pelo pavimento (nos carros também se nota, mas não é a mesma coisa), e tenho a certeza de que descobrirei mais coisas à medida que for aprendendo a relaxar.

 

Fica a nota de que é oficial........ não só já comprei a mota, como já dei umas voltas para me habituar como já vim para o trabalho. E estou a adorar :)

 

Ainda não tem nome, mas há-de ter.

 

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