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Jonasnuts

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Mário Gamito

Jonasnuts, 23.03.09

Toda a gente que anda nisto das Internets há uns anos tem pelo menos uma história com o Mário Gamito. Acho que qualquer curriculo que se preze, nesta área, tem um episódio Gamito lá metido no meio.

 

Eu também tive uns episódios Gamito. Trocámos uns mails porreiros, e depois a coisa descambou. Trocámos mais uns mails assanhados, nem ele era nem eu sou flor que se cheire. Disse-lhe o que pensava e ele retribuiu. Ninguém mandou recados por ninguém.

 

 

Gosto de ver a geekosfera a fazer grandes posts "sentidos" (enfim, alguns serão sentidos), de homenagem, e grandes elogios quando, na realidade, nas costas do Gamito não se perdia uma oportunidade de gozar ou dizer mal.Conheço-lhe poucos amigos nesta área.

 

Lamento imenso que tenha morrido, principalmente por causa do filho, pouco mais velho que o meu. Filho no qual tinha um orgulho imenso, e pelo qual sentia um amor desmedido. Fico agora sem saber o que faço aos Blogs que deixou, alojados no SAPO.

Work like you don't need the money

Jonasnuts, 21.03.09

Adoro citações. E aquelas lindinhas e fofinhas, adoro subvertê-las. Por isso é que gosto da t-shirt que vesti para sair daqui a bocado.

 

Work like you don't need the money

Love like you've never been hurt

Dance like no one is watching

And fuck like you're being filmed.

 

É uma quadra, pequenina, escrita em letras pequeninas. Adoro estar numa reunião, com esta t-shirt, e ver as pessoas a fixarem o texto, tentando ler. Gosto de ver o ar embevecido com que vão decifrando as primeiras frases, ao longo da reunião. Mas gosto sobretudo de lhes ver o ar estupefacto, quando descobrem o que diz a quarta frase. :)

 

Melhor que esta só mesmo a t-shirt que diz em letras garrafais "With all this, who needs brains?".

 

Ter medo das palavras

Jonasnuts, 21.03.09

Por causa do vídeo que anda nas bocas do mundo, lembrei-me de vários professores de língua portuguesa que tive ao longo dos tempos. Bons e maus.

 

No 7º ano do ciclo a professora recomendou a leitura do Kurika, a história de um leão, na altura gostei imenso, mas já não me lembro da história. A recomendação da leitura chegou com um aviso. Não leiam da página tantas à página tantas. Parece que era a parte em que o leão descobre o sexo. Obviamente toda a gente foi ler essa parte em primeiro lugar.

 

No 9º ano, para os Lusíadas, leiam, mas saltem o 5º canto. Odiei os Lusíadas, e não li a maior parte, mas o 5º canto marchou todo, em primeiro lugar (já não me lembro de nada, mas sei que foi assim).

 

No 10º ano, a mesma coisa, com Os Maias, lembro-me que havia umas secções que era suposto não lermos. Li tudo, e adorei (ao contrário do resto da turma, que achou uma seca). Já nem me lembro o que é que era suposto não lermos.

 

Eu era muito boa aluna e, por isso, tinha maior atitude por parte dos professores, pelo que me lembro de ter perguntado (em todas as circunstâncias) porque é que não podíamos ler aquelas partes (o que fazia de mim a heroína da turma, do ponto de vista dos meus colegas). Se não eram só palavras? E se a disciplina não era Língua Portuguesa, e se na disciplina em causa não era suposto aprendermos palavras, e se havia palavras de primeira e palavras de segunda. De todas as vezes a resposta foi a mesma: mais tarde compreenderás (penso que é desde aí que embirro solenemente com essa justificação adiada, com base numa hipotética maturidade futura).

 

 

Com o professor que me deu Gil Vicente, a história foi diferente. Lia tudo, quando não nos dizia para sermos nós a ler, alto, durante as aulas e explicava-nos as coisas. Não há que ter medo das palavras. Há palavras que não usamos no dia a dia, mas não é por isso que deixam de existir e podem ser úteis, em certos contextos.

 

Era meio esquisito, este professor, e tinha uma panca mal explicada pela Florbela Espanca, mas perdoávamos-lhe a panca (e as secas que nos dava com a dissecação exaustiva dos poemas da Florbela), porque, de todos, era o que nos compreendia melhor, e não tinha medo das palavras.

 

Não percebo porque é que, ainda hoje, alguns professores não perceberam duas coisas:

1 - As palavras devem ser usadas, todas.

2 - Dizer a um aluno para não fazer algo, é meio caminho andado para que este o faça, rapidamente, e antes de fazer qualquer outra coisa.

Porque não há limites para a estupidez humana

Jonasnuts, 20.03.09

Sempre gostei de apoio a cliente. E não digo isto ironicamente. Sempre gostei de ajudar os outros. Partilhar coisas que sei. E sempre stressei muito com o apoio a cliente dos "meus" serviços. Apesar de não ser a minha área, faço apoio a cliente com frequência, quer por mail, quer em Blogs quer por telefone. Acho que nos aproxima dos utilizadores dos nossos serviços. Percebemos melhor a dificuldade das pessoas. Ajuda-nos a melhorar.

 

Pronto, está feito o disclaimer.

 

Agora a parte sumarenta tem a ver com o grau de estupidez humana (há outra?) com que somos confrontados sempre que estamos numa posição de contacto directo com o público. Seja atrás de um balcão, do outro lado do monitor, ou na ponta do fio do telefone. É extraordinário o poder da estupidez humana. A coisa corre bem em muitos casos, mas há aquela percentagem minúscula de contactos que nos fazem perder a fé (a pouca que temos, já agora) na Humanidade.

 

Por outro lado, são também esses contactos com pessoas mais idiotas que nos fazem rir, e é desses que nos lembramos, passados uns tempos.

 

Isto tudo a propósito de um site que conheci apenas ontem, via Twitter do Bitaites.

 

Há muito tempo que não me ria tanto com um site. Mais para mais, descrevendo sobretudo casos americanos, pelo que a coisa escala (América, capaz do melhor e do pior).

 

Recomendo vivamente, e chama-se Not always right.

Bimby

Jonasnuts, 19.03.09

Ontem à noite a Bimby deu o berro. Queria fazer arroz e ela deu-me com os pés. Não aquecia. Lá barulho e rodar ainda ia, mas aquecer é mentira.

 

Telefono à vendedora, relato o problema. Note-se que era hora de jantar, e só telefonei (e foi a primeira vez que o fiz) porque desde o início que sempre me foi dito que era para telefonar a qualquer hora, e que se não pudesse atender, não atendia. Atendeu.

 

A primeira reacção foi: Vou aí já buscá-la. Recusei. É hora de jantar, não vai sair de casa para vir buscar a Bimby. Tentámos conciliar uma hora de manhã, para que a Bimby pudesse ser recolhida. Debalde (adoro esta palavra), não havia horários compatíveis. Ofereci-me para levar a Bimby à loja (que por acaso fica perto de casa). Esta manhã lá fui. No momento em que me atendem e depois de descrever o problema perguntam-me se tenho disponibilidade para esperar 20 minutos. Tenho. Se não houvesse possibilidade de arranjo imediato, emprestavam-me uma, de substituição, respondo que não é preciso, que não sou Bimbydependente :)

 

Regresso passados 15 minutos. A minha Bimby está reparada, uma placa qualquer que pifou. É costume? Não, mas houve uma série que veio com alguns problemas, foi o caso da sua. Seja como for, substituímos a placa para uma nova versão. A placa nova tem garantia de 2 anos a partir de agora. As nossas desculpas pelo incómodo.

 

E é assim, meus senhores, é assim que se caçam moscas. A Bimby teve um problema, de facto, mas a maneira como foi resolvido e a forma como fui tratada, levaram-me a desvalorizar o problema e a valorizar o tratamento. Percebem como é que se faz, seus palermas?