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Jonasnuts

Jonasnuts

Nas ondas da rádio

Jonasnuts, 20.03.08
Sempre gostei muito de rádio. Sempre gostei, desde miúda. Provavelmente porque lá em casa se ouvia muita rádio. Rádio Comercial, todas as manhãs com o Zé Ramos, e à noite com o Rui Morrison, e aos Sábados com o Pão com Manteiga, e o Luís Filipe Barros, e o António Sérgio. É também (mas não só) por isso que provavelmente me mantenho ouvinte, embora divirja por outras paragens.

Mais tarde fiz rádio. Nada de extraordinário. Era um programa semanal, de duas horas, aos Domingos. Todo meu, rédea solta. Era uma rádio regional (das regionais a que tinha mais audiência), mas até os discos eram meus.

Hoje em dia, quando entro numa rádio consigo sempre cheirar o éter. Nos hospitais enjoa-me, nas rádios enebria-me. Há algo na rádio que me atrai. Não gosto de aparecer, mas gosto de rádio. É estranho.

Noutro dia fui convidada no programa da Maria de Vasconcelos, no Rádio Clube, e revivi um bocadinho o espírito. Foi bom, acima de tudo pela companhia, confesso :)

Isto tudo para dizer que no Domingo, às 11h0, na Antena 1, vou estar à conversa com o Pedro Rolo Duarte.

Depois ponho aqui o ficheiro.

Talvez um dia eu volte à rádio :)

She's back

Jonasnuts, 01.02.08
Não me deram ainda ordem de soltura, mas como já ouvi o spot a anunciar, presumo que já não seja segredo.

She is Maria de Vasconcelos.

Quando me referi ao "missing link" é porque a Maria era uma terça parte  d'O Homem que Mordeu o Cão, com este senhor e com mais este. Mais ainda, durante um tempo, ela era duas quartas partes do programa, grávida da sua primeira filha. A gravidez mais acompanhada de "todó Portugal".

A Maria de Vasconcelos regressa amanhã à telefonia (palavras da própria), mais precisamente no Rádio Clube Português. Visita Guiada é o nome do programa, e eu vou estar lá, não só a assistir, na primeira fila, como, pontualmente, a participar. Um privilégio, é o que é, mais para mais tão bem acompanhada, e mais não digo :)

Sábados e Domingos, às 10 da manhã, no Rádio Clube.

Obrigadinho, ó Markl

Jonasnuts, 08.10.07
Eu e o meu puto de 9 anos temos algumas rotinas.
De manhã, no carro, a caminho da escola, ouvimos Rádio Comercial. Comecei por ser eu, por causa do Pedro Ribeiro que é divertido, e depois passou a ser ele. Eu já não tenho voto na matéria. Qualquer que seja a rádio que esteja sintonizada (Marginal, Radar, Antena 3, Europa-Lisboa), o puto entra no carro, e sintoniza a Comercial.

Há excepções, claro. Ele sabe que no momento em que tocam determinadas músicas, ele tem que mudar, Já nem preciso de dizer nada. É o caso do Pedro Abrunhosa, do Olavo Bilac, do André Sardet e do Paulo Gonzo, entre outros. Não tenho nada contra os senhores, mas não aprecio a sua música.

Foi o que aconteceu hoje ao fim do dia. Entrou no carro, e carregou no botaneco da Comercial. 30 segundos depois, começa o Pedro Abrunhosa a cantar, e eu caladinha, e ele vai direitinho ao botaneco da Antena 3. Tiro e queda, está a dar o genérico do Há Vida em Markl (que ele conhece das viagens de fim de semana, em que aproveitamos para ouvir o podcast). Olha para mim, com um ar cúmplice, ri-se e diz: Fixe, é o Markl.

Ora o Markl descrevia uns assaltos de que foi vítima. E uma das expressões que usou para descrever a forma como se vestia nos idos anos  80 (ou seriam os 90?) foi "eu vestia-me como uma lésbica".

Aproveitei a visão periférica para escrutinar a cara do puto. Estava interrogativa. Mas calou-se. Mas a piada correu bem, houve reacção das restantes pessoas em estúdio, e o Markl não vai de modas. Repete a dose "...sim, meus senhores e minhas senhoras, eu vestia-me como uma lésbica".

Olá.....se ele repetiu, é porque é importante, e eu não sei o que isto é. Vai daí, pergunta-me o puto: Ó mãe, vestia-se como uma quê?
Pronto. Bonito serviço. Ó filho,  o Markl disse que se vestia como uma lésbica.
Visão periférica, ar pensativo. Ó mãe, mas o que raio é isso?

Ó Markl, e se fosses dar banho ao cão, e sangue para chouriços, disse eu, para os meus botões, que por acaso não tinha, entre outros mimos que, silenciosamente, lhe dediquei.

E agora Markl? O puto está à espera da tua resposta.


Brincadeira, já lhe respondi e já está esclarecido.

Graus de exigência

Jonasnuts, 17.09.07
Sou uma pessoa exigente. E picuinhas. Nas coisas que realmente me interessam gosto de dar o meu melhor.

Isto significa que se acho que faço uma coisa mais ou menos bem, mas que não tenho pedal (competência, jeito, seja o que for) para estar entre os melhores, não me chego à frente.

Cantar, por exemplo. Adoro cantar, é uma das coisas que mais gosto de fazer. Nem sequer desafino muito, mas há carradas de gente a cantar muito, muito melhor que eu, por isso, canto na casa-de-banho. Só, e mesmo assim é pouco. Acho que já disse algures neste Blog que não gosto de competir em áreas onde sei à partida que não posso ser pelo menos, uma das melhores. Manias.

Vem isto a propósito do Casting da Rádio Comercial. A Rádio Comercial está à procura de uma nova voz, para integrar a equipa. Assim , fizeram uma proposta em antena (e não só), mandem as vossas gravações, e nós pomos no ar, e depois vamos apurar a melhor voz, a naturalidade, capacidade de comunicação e improviso, enfim, tudo o que se quer de um bom animador de antena. A ideia é porreira e parece-me óbvio que é a forma certa de encontrar uma voz, se se quiser descobrir alguém novo, de fora do mercado.

Hoje era o dia D, em que iam para o ar as gravações dos candidatos. Não ouvi muitas (parece que eram mais que as mães), mas ouvi mesmo assim 6 ou 7.

Das que ouvi, apenas 1 me pareceu razoável, com potencial para ir mais além, uma voz feminina (qualquer coisa Pimenta qualquer coisa, acho). O resto era, como é que se há-de dizer isto de forma simpática...... sofrível. Vozes horríveis, dicções paupérrimas, inglês péssimo, falta de ritmo, emoção zero. Eu percebo que se queira fazer rádio, eu já fiz rádio, durante quase 2 anos, uma programa semanal, só meu (rádio regional, não se entusiasmem). O programa era bonzinho, mas nada de especial. Cumpria os objectivos quer da rádio quer os meus. Eu tinha 2 horas por semana para pintar a manta e fazer o que me dava na real gana, e a rádio em causa tinha a minha colecção de CDs a enriquecer-lhes a programação.

Mas daí a achar que seria uma profissional de rádio, vai um enorme passo. Não quero dizer que quando se está no início se tenha logo o pedal todo, a experiência conta muito, mas caramba, eu sabia que gostava muito de fazer aquilo, mas que por mais que trabalhasse e investisse nunca iria ser uma excelente, seria apenas uma pessoa que encheria com facilidade um buraco na programação (independentemente da hora).

Será que sou exigente demais, ou a maioria das pessoas, quando se trata de si próprias não conseguem ter a objectividade de dizer "eu gosto muito disto, mas sucko bué", vou-me dedicar à pesca das enguias?

Acho que sou eu que sou demasiado exigente, comigo e com os outros.

Dias de rádio.

Jonasnuts, 24.03.07
A rádio sempre teve uma importância grande, na minha vida.
Desde miúda que sempre lá em casa a primeira coisa que se fazia logo de manhã, era ligar a aparelhagem. Enquanto a malta se arranjava, íamos ouvindo rádio. Mesmo aos fins-de-semana, a rádio estava quase sempre ligada.

O hábito foi-se perdendo. Hoje em dia, há várias manhãs, cá em casa, e a primeira manhã (a minha) tem de ser silenciosa, para que o 2º turno não acorde antes de tempo.

Mas, assim que chego ao carro, ligo o rádio. E se não o fizer de imediato, o meu puto apressa-me logo. O meu puto tem 8 anos.

Hoje, vínhamos para casa. Estávamos no carro.

- Ó mãe, não desligues que eu quero ouvir isto até ao fim.
- Mas podes ouvir isso em casa.
- *
- Em casa também há rádio.
- E nós podemos ouvir rádio em casa mãe?
- Sim, até tens um rádio no teu quarto.

Esquisito não?
O puto nem sabia que se podia ouvir rádio, fora do carro.