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Jonasnuts

Jonasnuts

Aos remos, miudagem

Jonasnuts, 25.06.21

Ainda me lembro de quando tinha de matar a cabeça para encontrar atividades de verão, de jeito, que ocupassem  os putos durante as férias, em segurança e em que eles se divertissem . Não era fácil.

Gostava muito de ter sabido que existia o remo, na altura. Chegaram a fazer uma semana em que experimentaram canoagem e vela, mas nada de remo.

 

Para quem procura uma atividade ao ar livre (tem de ser ao ar livre, este ano, não é?), em que aprendem a trabalhar em equipa, de forma coordenada, em contacto com o Tejo, em segurança, claro, e em que chegam ao fim do dia cansados (um bónus, como sabemos, porque, estoirados, querem é ir para cama) e muito felizes, não procurem mais e liguem para o Ferroviário. Irmãos têm desconto :) 

 

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Chegam a casa cansados e cheios de histórias para contar. E cansados, já disse? :)

 

Personal trainer, procura-se, enfim, mais ou menos

Jonasnuts, 22.11.20

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Com tanto personal trainer por aí, esta agora vai escrever um post à procura de um personal trainer?

 

Nim.

 

Porque eu não quero uma pessoa que, depois de conhecer os meus objetivos, me diga que exercícios devo fazer, e me acompanhe nesse processo, corrigindo-me as posições. Já tive disso. Não adorei a experiência. Odeio fazer exercício com pessoas a olhar para mim.

 

Eu quero muito mais que isso, acho até que quero algo que não existe.

Eu quero alguém que olhe para mim, para a minha compleição, para o meu estilo de vida, hábitos alimentares, etc..., e me oiça sobre o que quero em termos de saúde,  em termos atléticos e estéticos, e debata comigo, que contribua para a identificação de objetivos exequíveis e respetivos prazos.

Alguém que saiba que quero remar e que me ajude a treinar para conseguir remar melhor enquanto, de caminho, me explique o que devo fazer para gerir as epicondilites. Alguém que me diga para tirar o cavalinho da chuva nas coisas em que for para tirar o cavalinho da chuva, e que me diga quais são os cavalinhos que posso e devo pôr à chuva. Alguém que vá comigo ao ginásio que frequento e me desenhe planos de treino que vão ao encontro dos meus objetivos e que eu possa fazer naquelas máquinas. Eu, específicos para mim. De preferência, de que eu goste. 

Alguém que perceba que eu gosto de dar chutos no saco de box (herança dos anos de karaté), e me desenhe um esquema que integre este tipo de exercício, por exemplo. Alguém que perceba que as minhas articulações são uma bosta e que impactos não são uma boa escolha (corrida é uma impossibilidade, para os meus joelhos de cocó).

 

Alguém que veja se preciso de suplementação (preciso) e possa fazer recomendações (eu depois cruzo com o as recomendações da minha nutricionista).

 

E me explique quais são os prazos mais razoáveis para alcançar esses objetivos e me ajude a identificar pontos intermédios. Reparem, eu quero que me expliquem, não quero que me digam. Eu sou uma freguesa que dá trabalho. Preciso de perceber as coisas.

 

E depois me desampare a loja durante 2 meses. 

Voltamos a encontrar-nos, avaliamos progressos, corrigimos, limamos arestas, e fico novamente por minha conta. De dois em 2 meses. Ou de 3 em três.

Este tipo de acompanhamento existe? Alguém tem uma pessoa assim? 


Porque isto é mais do quem um PT, não é? É assim, um bocadinho de tudo, PT, fisiatra, especialista em medicina desportiva, preparador físico, fisioterapeuta, nutricionista, e creio que algumas coisas mais.

Todas as pessoas com quem tenho falado, na minha procura por algo deste género, são ótimas, e bem intencionadas, mas só tratam do rame-rame, e querem muito tirar medidas e pesar e coiso e tal, e sugerem-me esquemas que já têm na sacola, iguais para toda a gente e, para isso, faço eu, que até agora tem estado a funcionar lindamente.

Alguém sabe do que falo? 

Alguém tem alguém assim?

Isto existe?

I'm on a mission :)

Os prazeres do Tejo

Jonasnuts, 15.11.20

aqui falei (auto-link) da minha estratégia de fuga para a frente, para gerir as epicondilites.

Dois meses depois, o relatório. 

As epicondilites estão cá, que estão, e depois de cada treino segue-se o ritual do gelo por 20 minutos, duche relaxante que me sabe pela alma, seguido de generosas doses de voltaren, que podia ter também a componente da hidratação, e assim ficava logo o servicinho todo despachado.
Mas estão melhores :)

Agora....... efeitos secundários de que não estava à espera; que me divertisse tanto. Que me desse tanto prazer, estar ali em sintonia com o resto de quem está a treinar, em movimentos ritmados, com cadência, que exigem alguma técnica (que estou a tentar aprender), e que são de uma exigência física razoável.

Faço dois treinos durante a semana, de 45 minutos a 1 hora de tanque, seguido de ginásio, para trabalho de músculos específicos e por fim os alongamentos finais. Sabem lindamente, os treinos semanais.

Mas, ao domingo é que é. Ao domingo, se as condições permitirem (e nem sempre permitem), saímos.

Desemprateleiramos o yolle de 8 (olha para ela, já a dar-lhe na linguagem técnica - um yolle), apoiamo-lo nos carrinhos, incluímos os remos e vamos até à doca. Depois vem a parte complicada, pelo menos para mim, que é pegar no yolle (e este, de que falo, é de madeira, não é de fibra) e à força dos bracinhos, levá-lo para baixo e colocá-lo na água. 8, mais um timoneiro.

Enfim, haja bracinhos e mãozinhas.

E depois, o que se segue, é maravilhoso. Vamos para o rio. E é inexplicável, o gozo que dá.
Esta manhã saímos por volta das 8h30 e regressámos quase duas horas depois. Não fui com o grupo do costume (que sai às 10), porque fui preencher um lugar vazio de última hora, no grupo das crescidas (as crescidas remam a sério, e esmifrei-me toda para as acompanhar).

Saímos da Doca de Santos, fomos até à Cruz-Quebrada, até se via a minha varanda, e regressámos.

Foi uma manhã absolutamente gloriosa, a famosa #morninglory.  Há muito tempo que não me sentia tão bem, nem tinha tanto prazer, numa manhã de domingo.

Quem está à procura de um desporto muito completo, num ambiente muito descontraído, relativamente barato e que proporciona estes passeios de Tejo, já sabem, é no Clube Ferroviário, ou falem comigo que eu encaminho e trato de uma aula de teste, para quem estiver interessado.

(Gajas....... muito pessoal que já pratica há um bocadinho mais de tempo - ficam com um corpaço).

Fiquem com o passeio de hoje.

 

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A minha varanda, que me proporciona tantos momentos de prazer, vista do lado da vista.

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Não se nota, mas dei cabo de uma unha :)

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Melhor manhã de domingo em anos :)

Explorando loopholes

Jonasnuts, 29.10.20

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Uma das minhas decisões de confinamento passou por prestar mais atenção ao teatro. 

Eu gosto de teatro, a minha mãe amava teatro (e fez, amador, durante anos), mas o stress associado (ai meu deus, e se eles se esquecem das falas e a coisa lhes corre mal?) nunca me deixou apreciar verdadeiramente a experiência.

 

Com os diretos do Bruno Nogueira, tive contacto com uma série de atores cuja existência desconhecia e, por arrasto e curiosidade, outros apareceram na minha vida, outros recuperei, e decidi que iria regressar ao teatro.

Esperava que o meu regresso fosse com a "Peça que dá para o Torto", do meu amigo Frederico Corado, mas só regressam em fevereiro.

Assim sendo, escolhi a Avenida Q. Por vários motivos. O primeiro dos quais, o facto da Sissi andar, desde sempre, a elogiar a Avenida Q, é logo meio caminho andado, e depois, depois por causa da Inês Aires Pereira, com quem contactei pela primeira vez nos diretos do meu homónimo, e que nunca mais larguei, salvo seja, e que é absoluta e fastasticamente brilhante :)

Estava decidido que ia ver a Avenida Q. Faltava o dia, e é aí que entra o loophole.

Inicia-se amanhã e dura até terça, um período durante o qual não podemos sair do nosso concelho de residência, porque, covid. Ora..... eu vou respeitar, claro, mas....... queria muito conseguir ir para o rio, no domingo. Uma pessoa rema no tanque, e corre tudo muito bem, mas no rio é outra loiça, e entristecia-me, ter de falhar o rio. Descubro então que, para se assistir a um espetáculo, pode mudar-se de concelho, desde que seja para o do lado, e caiu-me a ficha, que nestas coisas sou muito portuguesinha, e uma pessoa tenta sempre dar a volta ao texto.

Pois foi o que fiz, juntei a fome à vontade de comer, comprei um bilhete para ir ver a Avenida Q que passa a ser, em simultâneo, o meu salvo conduto para poder ir ao remo de manhã. Junto-lhe umas voltas de moto in between, para praticar, e é um domingo perfeito.

O mais que pode acontecer é alguém me mandar parar e perguntar-me onde é que eu penso que vou, para que eu, ufana, mostre às 9 da manhã o bilhete para uma peça que é às 18h00 mas, fã que é fã, abanca-se à porta da sala desde cedo, para ver entrar os artistas. Espero que acreditem.

Pronto, se alguém precisar de ir a Lisboa no domingo, é comprar um bilhete para ir ver a Avenida Q. 

 

Fuga para a frente

Jonasnuts, 30.09.20

epicondilite é a inflamação dos tendões (tendinite) extensores dos músculos do antebraço, na região do epicôndilo, que, para leigos, é no cotovelo. Sim, evitem as piadas sobre dores de cotovelo porque, lá está, já as ouvi todas.

Resulta com frequência de muita dedicação ao ténis ou ao golf, no meu caso, resulta de muita dedicação ao rato e ao teclado. É uma doença profissional, por via de anos a fio a usar equipamento pouco ou nada ergonómico. 

O que isto faz é que haja dores no cotovelo, que depois vão alastrando para os ombros (em casos mais graves continuam por ali fora) e para os pulsos e mãos. 

Há quase 4 anos que detetei este problema que foi inicialmente mal endereçado o que fez, provavelmente, com que isto se tornasse crónico. Mas isso são outros quinhentos. 

Shots de relaxantes musculares, shots de analgésicos, shots de anti-inflamatórios, vários ciclos de fisioterapia, sem resultados extraordinariamente promissores, porque, basta um pequeno esforço, e lá volta tudo outra vez.

Não me dá jeito nenhum isto. As dores ainda é como o outro, porque foi para isso que se inventaram os analgésicos, mas chateia-me, não ter a força do costume nos ombros, nos braços, nos pulsos e nas mãos.

De modo que decidi adotar uma estratégia muito pessoal, com resultados já provados noutros contextos, o fuga para a frente, meia bola e força, nem que a vaca tussa. Depois de falar com muitos médicos, de ortopedia e de medicina desportiva, fisioterapeutas, fisiatras, personal trainers e amigos vários que padecem do mesmo mal, identifiquei uma linha de ação.

Nada de extraordinariamente inovador. Fortalecer os músculos adjacentes e que dão apoio às estruturas afetadas, de forma a que se exija o mínimo possível aos tendões que não se aguentam nas canetas.

E de que forma é que vais incrementar essa musculatura, Jonas Maria? Começar a fazer musculação, devagarinho? Falares com um PT e em conjunto delinear um plano que vise o aumento lento e sustentado da massa muscular? Veres com o teu fisioterapeuta um programa de aumento destes músculos? Qualquer coisa deste género, calma, ponderada, equilibrada e harmoniosa?

Não. 

 

Inscrevi-me no remo.

 

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