O que é que tem a ver uma coisa com a outra? Aparentemente nada, mas na minha cabeça, tudo.
No caso dos gravadores há um deputado que, claramente, comete um erro. Perdeu a cabeça, meteu os gravadores ao bolso e bazou.
No caso do Público a dar como facto que o adepto do Benfica tinha morrido, publicando a notícia (ouvida num fórum da Benfica TV), sem antes a confirmar, também é um erro.
Nenhum destes erros me chateia. Se os erros me chateassem eu só lidava com máquinas. Errar é humano.
Estou mais interessada na resposta ao erro. E, nos dois casos, a resposta foi errada.
Se o deputado Ricardo Rodrigues, ao cair em si, tivesse pegado no telefone e ligado para os jornalistas, reconhecendo o erro, devolvendo os gravadores e pedindo desculpa, a coisa, na minha perspectiva, tinha-se resolvido e tinha ficado por ali. Não. Persistiu no erro. Neste momento, já não tem volta a dar.
No caso do Público, a mesma coisa. Se tivessem assumido o erro, relatado a verdade dos factos e pedido desculpas pelo erro, a coisa tinha passado, porque, reconhecerem o erro era sinal de que estariam mais atentos no futuro. Não, tentam deitar as culpas para cima da Benfica TV, como os putos dizem à mãe, que não fui eu, foi o cão. Neste momento, já não têm volta a dar.
Se os erros me chateassem, eu só lidava com máquinas, já o disse ali em cima. A forma como as pessoas lidam com os erros que cometem é que me esclarece, mais do que os erros cometidos.
Nestes dois casos, fiquei plenamente esclarecida.