Why I love Twitter
Não é segredo para ninguém que o Twitter é, desde há muitos anos, a minha rede favorita, já aqui proclamei esse meu amor, várias vezes.
Posso até dizer que teve mais do que um grande impacto na minha vida, tenciono falar sobre um desses impactos, o mais distante, antes do fim do mês, assinalando uma efeméride pessoal e não só.
Gosto que não seja massivo, gosto que seja mais qualidade do que quantidade (enfim, vá, pronto), gosto dos códigos partilhados que só se alcançam em redes nicho e que fazem com que haja o sentimento de pertença (uma das características que define uma comunidade - não consigo desligar a técnica que há em mim, nem mesmo num post mais emotivo :)
Para quem (ainda) está de fora, um pequeno exemplo que é absurdamente delicioso.
Por causa de um tweet palerma da Sofia Vala Rocha, o Tiago André Alves respondeu com um "Cara Sandra Vala Rocha, tenha juízo", a senhora põe-se a jeito e responde com "A quantidade de vezes que me chamam Sandra, não faz ideia. Eu replico “ É SOFIA, significa sabedoria...” e, rapidamente o Tiago André Alves devolve um assassino: "Eu sei que Sofia significa sabedoria, daí achar mais apropriado chamar-lhe Sandra."
Ora, isto é frequente no Twitter, estas picardias, estas tiradas mordazes, sarcásticas e assassinas (enfim, nem todas com a qualidade das do Tiago, mas tenta-se). Mas não é (só) isto que me atrai, e não é à tirada que me refiro neste post.
O que me atrai é que, de uma forma absolutamente orgânica, a comunidade, ou parte significativa dela, tenha adotado o nome Sandra. De tal forma que, por causa duma segunda palermice (é prolífera) a senhora já esteve nos Trendind Topics, aqui há atrasado, como Sandra.
Quem está de fora, não percebe, a coisa passa ao lado, mas, para quem pertence, para quem conhece os códigos, para quem consegue traduzir, a simples referência à Sandra, em determinados contextos, identifica uma origem comum, e reforça o sentimento de pertença. Lá, como fora.
I love Sandra.