Porque é que raramente assino petições
Chegam-me praticamente todos os dias, mails com pedidos para assinar petições. Seja a criança que precisa de ir a Cuba fazer um tratamento, seja a ajuda em K7 de vídeo para a pediatria do IPO, seja para acabarem com o cultivo de gatos bonsai, há-os para todos os gostos.
Se é algo que me interessa, aprofundo. Por exemplo, no caso das K7 de vídeo do IPO, o número de telefone disponibilizado no mail não funcionava, mas bastou um telefonema para o IPO para descobrir que já tinham até coisas a mais, e que o pedido estava desactualizado há pelo menos 3 anos.
O último mail deste tipo que deu entrada falava do assassinato da obra que Maria Keil tinha oferecido ao Metro de Lisboa. Incendiou-se a Blogosfera, e ataques ao Ministro da Cultura, e à Administração do Metro, e é uma vergonha, e já há uma petição (neste momento com cerca de 2.000 assinaturas) a pedir sabe deus o quê.
No entanto, a coisa não é bem assim. A autora do post que deu origem ao incêndio, explica.
O problema é que estas coisas são fáceis de começar, mas tão, tão, tão difíceis de extinguir. Cara Júlia, prepare-se para, daqui a 10 anos ainda receber mails a pedir-lhe a assinatura da petição que a leitura diagonal seu post originou.
Esta é a minha singela contribuição para remar contra o sentido da maré. Mas não tenho esperanças.
Falta dizer que cheguei à Júlia através da Joana.