Genericamente falando
Não há discussão digna desse nome que não meta lá pelo meio a frase "as generalizações são perigosas", e esta é a afirmação com que todos parecem concordar digo eu, lá está, generalizando.
Mas se muita gente, eu diria mesmo, generalizando, a maioria, acha que generalizar é perigoso ou que, pelo menos, deixa de fora os cinzentos, limitando-se aos aborrecidos brancos e pretos, porque raio vivemos nós de generalizações?
Os portugueses são assim, as portuguesas são assado, há pouco tempo tivemos o censos 2011, que é a ferramenta maior da generalização, essa, sim, a perigosa. Dos resultados deste censos vão sair várias conclusões sobre os portugueses, não me reverei ou identificarei com 90% dessas conclusões.
Aliás, a grande maioria dos textos começados por "os Portugueses" acertam sempre ao lado, no que à minha mouche diz respeito.
Não sei se será assim com toda a gente, ou se serei apenas eu, que sou demasiado fora da norma. Ou é a norma que é demasiado fora de mim.
Económica, social, profissional e familiarmente somos sempre avaliados estatisticamente, porque a amostra consultada é estatisticamente viável. Nas sondagens é a mesma coisa.
E eu fico sempre a achar que a amostra é um desvio ao meu padrão.
Sim, tenho mau-feitio suficiente para achar que eu estou certa, e o padrão, não estando errado, não está mais certo que eu.
Odeio preto e branco, a riqueza não está no sim e no não, mas nas gradações cinzentas do talvez.