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Jonasnuts

Jonasnuts

E onde é que estão os filhos da puta?

Jonasnuts, 17.10.09

Sim, eu sei, usar palavrões faz-nos descer nos rankings dos motores de pesquisa, mas eu borrifo-me nessas coisas.

 

Quero falar dos desgraçados e desgraçadas que andam por aí, coitados, sem mais nada para fazer a não ser poluir a vida dos outros. É que só mesmo a falta de vida própria é que pode mover pessoas a entrarem em blogs alheios e poluírem a coisa. Mais do que poluir, perseguem, chateiam, assediam, incomodam.

 

Não me refiro aos trolls que são, habitualmente, meramente chatos, e com os quais se pode bem, e que até se enxotam de forma relativamente fácil, esses até dão algum prestígio a um Blog, que, para ser digno desse nome, tem que ter um troll. Neste momento não tenho por aqui nenhum, mas já tive alguns, sim senhor.

 

Não é a esses que me refiro, refiro-me aos que identificam um alvo, e perseguem o autor ou autora de um blog, através dos comentários. Quando falo em perseguição, não estou a exagerar na escolha da palavra, são terroristas do comentário e, pior, são daquelas pessoas que destilam tanto ódio naquilo que escrevem que só podem ser doentes, e vai-se a ver e aquilo até extravasa para fora do blog e depois um dia aparece-nos um destes doentes à frente, e é um sarilho.

 

São vários os exemplos de pessoas que não têm pachorra e pura e simplesmente não permitem comentários aos seus posts. Em tempos achei que blog para ser blog tinha de ter comentários, mudei de opinião entretanto, conforme fui conhecendo os meandros.

 

Conheço pessoas que tinham os comentários moderados e, fartos de lerem tanto lixo, decidiram pura e simplesmente deixar de ter comentários. O Nuno Markl, depois de anos a criar calo e a imunizar-se contra estes filhos da puta (é que não há mesmo outro nome), fartou-se quando a coisa extravasou para a família (e neste caso, eu vi as amostras, e aquilo dava um caso de polícia).

 

Conheço quem hesite, mas persista na coisa.

 

E conheço quem deixe de ter o Blog pura e simplesmente. Compreendo perfeitamente. Quando me perguntam qual deve ser a duração de um blog a minha resposta é sempre a mesma, um blog deve durar enquanto for uma fonte de prazer para o seu autor. Assim que deixar de ser uma fonte de prazer, para passar a ser uma fonte de preocupações ou de stress, é acabar com ele, direitinho, sem apelo nem agravo.

 

Foi o que fez a Cocó. Nem sou suspeita, que o Blog está na concorrência, tenho muita pena, mas compreendo a decisão. Sei que muita gente dirá que desistir é dar uma vitória aos filhos da puta, mas não é. Vitória, neste caso, é a Cocó viver a sua vida, sem uma fonte adicional de stress (já que nessa área, parece que fontes não lhe faltam), e sem ter de passar a vida a pensar que lhe vai aparecer um maluco à frente, ou a passar tempo com a família preocupada em olhar por cima do ombro num just in case.

 

E quem é que são os filhos da puta? São aqueles que cá fora, irl (in real life) não partem um prato, ninguém dá por eles nem pela sua frustração, são calados, anónimos, cinzentos, paradinhos, anémonas, inferiores, complexados, invejosos. Não conseguem afirmar-se. Pudera.

Aproveitam então a sua santa ignorância de acharem que são anónimos (ó santíssima ignorância, que estas coisas descobrem-se tão facilmente) e online assumem a sua verdadeira forma, e azucrinam a vida duma pessoa.

 

Há casos em que a coisa é "bem" feita, já que roça apenas a ilegalidade, não havendo motivo para, através da lei (reparem que disse, através da lei), se ir mais além, mas, a maioria dos casos de assédio que tenho visto, dão casos de polícia bem cabeludos.

 

Mas, razão tem a Cocó. Não está para se chatear, nem aturar malucos, nem deixar que estes tenham qualquer importância na sua vida.

 

Quem fica a perder? Nós, que líamos a Cocó (e outros tantos que já fizeram o mesmo), e que vamos deixar de ler (pelo menos no Blog).

 

Por isso, não se animem os filhos da puta. A Cocó teve a elegância (e a inteligência) de se borrifar para vocês.

 

Mas andam cá alguns, que não são nem tão elegantes, nem tão inteligentes como a Cocó, e que perderam qualquer coisa com o assunto.

 

Não se esqueçam disso ó filhos da puta, e não se esqueçam também que há um pássaro brasileiro chamado cacalharás.

 

Ensitel - Take 7

Jonasnuts, 29.09.09

Quem passa por aqui com mais frequência, e tem pachorra para ler tudo (eu não teria) saberá que eu tenho (na realidade tive) um conflito de consumo com a Ensitel (o site está em baixo com muita frequência, não fui eu que me enganei no link).

 

A coisa meteu tribunal e tudo, e há ali uns links na barra lateral para quem não tem nada para fazer e quiser aprofundar a coisa. Mas aviso já que não tem grande interesse, a não ser que pretenda torna-se cliente desta empresa e nesse caso, recomendo, para que tenha noção do que pode vir a ser a sua experiência.

 

Pela parte que me toca, a coisa estava fechada, arquivada e encerrada, com o único desfecho possível, para mim. A Ensitel perdeu uma cliente, e, já agora, uma belíssima cliente, que passo a vida a comprar telemóveis e respectivos periféricos e gadgets, quer para mim quer para terceiros. Mas pronto, estava fechado o capítulo Ensitel, neste Blog e na minha vida.

 

Eis senão quando, começam a aparecer comentários nos posts da Ensitel. Ora os comentários, habitualmente, são mais frequentes quando publicamos o post. Entram nos primeiros tempos de vida do post, e depois, à medida que o post vai ficando mais para baixo, porque entram outros, vão perdendo notoriedade, e, consequentemente, comentários (além de que já ninguém tem pachorra para me ouvir falar da Ensitel, quanto mais para deixar comentários à minha prosa).

 

E os comentários são lindos. Tudo gente diferente, pelo menos no nome, já que o IP é sempre o mesmo. Gente que, pelos comentários que deixa, se percebe que não leram os posts (não os condeno, mas nesse caso, não comentem).

 

Enfim, provavelmente porque este Blog aparece bem posicionado quando se faz uma pesquisa por Ensitel, a coisa deve ter chamado a atenção. Então e o que é que fazemos? Perguntam eles. Vamos lá aos comentários, desancamos a gaja, e ainda parece que temos clientes fiéis que nos defendem e que dizem que nós somos os maiores dos bonecos da bola. Boa ideia.

 

Mas o IP senhores, o IP, denuncia-vos. É sempre o mesmo. Seja qual for o dia e a hora a que deixam os comentários, e apesar de assinarem sempre com nomes diferentes, o IP é sempre o mesmo.

 

Vá lá.....toca de fazerem os comentários a partir de casa de cada um, que assim os IPs passam  a ser diferentes e pode ser que eu fique na dúvida (nem por isso, mas pronto).

 

E já agora, uma informaçãozinha de muita utilidade, os Blogs do SAPO têm corrector ortográfico nos comentários. Podem usar à vontade, que não pagam mais por isso.

Valentino Rossi, Casey Stoner, Laguna Seca e as palavras

Jonasnuts, 22.07.08

 

Acompanho MotoGP, mais coisa menos coisa, às vezes, nem sempre. Torço sempre pelo Rossi, porque o Rossi tem aquela coisa de parecer boa pessoa, bom puto. Manteve o ar de puto. Já não é o menino prodígio de há uns anos, mas continua a ser um puto, e dá a ideia de que se diverte imenso a fazer aquilo que faz. Pode nada disto corresponder à realidade, mas como não tenho forma de saber, tenho ainda alguma ingenuidade (mesmo que artificialmente arranjada) para gostar de pensar que é mesmo verdade, que ele é boa pessoa, que é malandro, e que se diverte a fazer a vidinha dele.

 

No Domingo houve uma corrida. Nos Estados Unidos, em Laguna Seca. Aqui em casa os Domingos são habitualmente mais devagar. Sejam as motos sejam os carros, as corridas têm sempre a mania de atropelar o horário dos almoços (isso e o facto de acordar depois do meio-dia).

 

Percebi que a coisa era diferente da corridinha habitual. Havia por ali um entusiasmo mais entusiasmado do que o costume. A televisão estava sintonizada no Eurosport. Havia dois comentadores portugueses, não sei quem são. E estavam também entusiasmados. Mas aquele entusiasmo televisivo, calmo, politicamente correcto, monótono. Uma seca. 

 

Já antes tinha notado que os comentadores ingleses têm um estilo diferente. Mais informal, mais divertido, mais entusiasmado. Podem estar a trabalhar (e estão), mas, lá está, divertem-se a fazer aquilo que fazem, ou é essa a ideia que transmitem. A mesma corrida, comentada pelos portugueses e pelos ingleses não é a mesma corrida.

 

Ontem à noite, fruto de actividades que agora não interessam nada, vi a corrida de Laguna Seca comentada pelos ingleses. Aquilo é um show dentro do show. E falam uma língua que toda a gente percebe. Isto é, não se põem com detalhes técnicos de pistons e outras coisas mecânicas (nem sei se as motos têm pistons), falam uma linguagem que as pessoas normais percebem. Para quem, como eu, não é fanzoca da coisa, é um incentivo adicional. Vejo mais depressa uma corrida se os comentários forem feitos com o estilo inglês (ou americano, ou lá de onde são os senhores), do que se forem feitos ao estilo português.

 

Insistimos em confundir seriedade com monotonia, e monocórdico. Não tem que parecer que estão a levar uma seca, para parecerem sérios e fidedignos.

 

Há qualquer coisa em Portugal e nos portugueses que parece pôr em campos opostos o trabalho e o divertimento. Se uma pessoa se está a divertir, é porque não está a trabalhar.

 

Senhores comentadores portugueses da Eurosport, não colocando em causa as vossas competências técnicas (até porque as minhas competências não chegam para isso), tentem mostrar mais entusiasmo. Para os comentadores ingleses, way to go, boys!

Comentário perdido

Jonasnuts, 29.04.08
Em tempos, dizem-me, deixei um comentário, algures, sobre uma pessoa, chamemos-lhe João Paulo, para facilitar.

O João Paulo lembra-se de mim (também) por causa desse comentário. O problema é que eu não me lembro do comentário, nem do (eventual) disparate que tenha deixado ficar registado, algures.

Como é que se descobre um comentário feito, algures, em tempo indeterminado e onde não sei o que disse?

A única coisa que eu tenho a certeza é que assinei com o meu nome.

Maioria silenciosa

Jonasnuts, 30.01.08
Um dos parâmetros que muita gente gosta de usar para "medir" o sucesso de um Blog é o número médio de comentários por post. Eu não uso esse parâmetro. Não é parametrizável o sucesso de um Blog. Para mim, os Blogs de sucesso, são os Blogs de que eu gosto e que leio.

Normalmente, quem faz a pergunta típica "quandos comentários por post?" não pesca nada de Blogs. Não só não tem Blog como não visita outros Blogs.

É nessa altura que lhes dou a conhecer a maioria silenciosa (na qual me incluo).

A maioria das pessoas que visita Blogs, não deixa comentários. Há até Blogs que não têm essa opção.

Porquê esta obsessão com os comentários? 99% dos blogs que visito não sabem quem eu sou, nem nunca lá deixei nenhum comentário.

Este Blog tem, imagine-se, uma catrefada de visitantes por dia. Mais do que eu alguma vez imaginei que teria. Calma, não estamos a falar de valores astronómicos, 300 pessoas, mais coisa menos coisa. Os comentários não reflectem isso. Quem deixa um comentário é uma minoria. Tão minoria que eu já os "conheço". Os outros, os que não comentam, não sei quem são, e desde que tirei dali o widget do MyBlogLog sei ainda menos e, neste caso, a ignorância é uma bênção.

E depois temos os trolls, as carraças da blogosfera. Felizmente não tenho muito disso, um surto aqui, uma espreitadela acolá, mas nada de mais. Mas há quem tenha problemas mais graves com trolls. Ora os trolls manifestam-se nos comentários. Será legítimo avaliar o sucesso de um Blog em função, muitas vezes, dos seus parasitas? Não me parece.

Por isso, para determinar se um Blog é de sucesso ou não, só há, de facto, uma forma. É subjectiva e única e cada cabeça sua sentença. Gosto de um Blog? Então ele tem sucesso. Não gosto de um Blog? Então ele não tem sucesso.