Automatic for the people
Não gosto de automatismos demasiados. Como em tudo na vida, as coisas devem ser usadas com alguma parcimónia.
Automatizar tudo, investir na palermice de achar que "as máquinas fazem as coisas, todas as coisas, melhor que o homem" é idiota. E, convenhamos, uma vez que não há limites para a estupidez humana, as máquinas são perdedoras à partida.
Não gosto de automatismos porque são impessoais. Não gosto de automatismos porque estes não são, na sua grande maioria, senão formas de automatizar as generalizações.
Quem é que gosta de receber um mail automático? Uma resposta automática a uma pergunta que, sendo frequente, é única, porque é nossa?
Não gosto de automatismos porque embrutecem. Valorizam o todo, desvalorizam a parte.
E são falíveis. Altamente falíveis.
NADA substitui o humano.Pode ajudar, facilitar, mas não substitui.
Qualquer coisa completamente automática é sempre meia. É sempre menos do que poderia ser se, para além do automatismo, integrasse o homem. De preferência um homem inteligente. Mas mesmo estúpido a coisa seria melhor.
Não gosto de generalizações nem de massificações. Não gosto de receber uma carta a dizer Caro(a) Senhor(a).
Atenção, não sou contra todos os tipos de automatismos, uso muitos e há-os úteis, muito úteis. Sobretudo quando o seu objectivo é facilitar a vida das pessoas. Se à partida o automatismo servir para substituir as pessoas, é uma merda. Porque não funciona, porque pode induzir as pessoas em erro.
Tenho muita pena das pessoas que acreditam nos automatismos puros. Tenho mais pena ainda das pessoas que trabalham em projectos de automatismos puros. Acredito vivamente que estas pessoas têm problemas graves de auto estima, e têm limites grandes na sua inteligência, porque não sabem pensar, e querem pôr as máquinas a fazer o trabalhinho de que não se acham capazes.
Automáticos? Não, obrigada.