Antologia VI de VI
Desde o meu último post (auto-link) até agora, passaram quase dois meses. Passaram também por estes olhinhos que a terra há-de comer (não, que eu quero ser cremada), seis espetáculos de Jorge Palma.
Não há fome que não dê em fartura :-)
Ai, que foram concertos a mais. Não, não foram, pelo contrário. Eu cá por mim, ficava muito satisfeitinha da vida se pudesse repetir a dose com regularidade e frequência. Pronto, uma vez por mês, para o senhor não se cansar. Uma vez por mês e reuníamos todos, algures, para ouvir músicas. A descendência podia aparecer de vez em quando. O gang também podia fazer uma perninha aqui e acolá. E o senhor do acordeão também.
Os concertos não foram todos iguais. Não em termos de repertório, claro, isso já se sabia. Mas em termos de energia.
Tiveram mais ou menos todos a mesma duração (duas horas, mais coisa, menos coisa), excepto o segundo (primeiro do Tivoli), em que o rapaz (já não é rapaz, mas senhor, que usei ali em cima, não me soa bem, e homem não é simpático), em que o rapaz, dizia eu, estava aflito da voz, meio engripado, e deu por encerradas as hostilidades um bocadinho mais cedo.
Gostei muito de todos, por motivos diferentes. Se tivesse de escolher só um, era o primeiro, claro. Mas isto sou eu, que acho sexy um gajo sozinho com um piano (ou com uma guitarra, mas este é bom é no piano).
Consegui confirmar que a minha pontaria para músicas favorita continua apurada. São músicas que os gajos fazem, metem num disco, tocam nos primeiros concertos e depois esquecem-se de que existe e nunca mais lhe tocam. Está longe de ser a primeira vez. Tive esperança de ouvir o Negativo ao vivo, mas não aconteceu.
Repetia tudo, claro. Mas há higlights. O primeiro concerto. Os 3 Palmas, num "Eu estou bem" extraordinário. A relação do pai com o mais velho e vice-versa. O Gabriel do acordeão, que não conhecia e de quem fui atrás (artisticamente falando, claro). E o Capitólio, onde não entrava desde os anos 80, quando lá ia andar de patins e aquilo era o Roller, num concerto mais rock, mais alto, muito divertido e emocional, e em que me apercebi da sobriedade subtil e sexy do Alex, um baixo, o instrumento que habitualmente não oiço, mas que ouvi bem, neste concerto.
Foi tudo muito bom.
Já estou a ressacar de Jorge Palma.
Quando é o próximo?
A foto de cima é da conta oficial de Jorge Palma, no Instagram.
A de baixo é da Rita Carmo, vi no Expresso.
Apareço em ambas :-)