Olá
Gosto do Olá.
Serve para muita coisa e para muita gente.
Não tem género, nem idade, nem hierarquia, nem estrato social. É universal.
Já o Bem-vindo, detesto. Sobretudo porque me exclui. Reparem, não estou a falar do plural, do Bem-vindos que, não me agradando por aí além, está linguisticamente correcto, inclui-me. Mas Bem-vindo, não. Bem-vindo é para gajos.
Se querem dar-me as boas-vindas, ou usam Boas-vindas ou usam Bem-vinda.
Se entro num site, ou no balcão de um banco ou na recepção de um ginásio ou onde quer que seja e vejo "Bem-vindo", fico sempre a pensar que:
1 - Os senhores não percebem nada de comunicação.
2 - Os senhores não estão interessados em fazer negócio comigo.
És uma esquisitinha, Jonas Maria. Pois que sou, mas não é por isso que o meu negócio deve ser menos importante.
Não percebo as marcas que insistem em não me incluir. Estão à partida a dizer que não estão interessadas no meu poder de compra.
Ai, Jonas Maria, és a única pessoa que liga a essas merdas, o resto das mulheres não se importa. Provavelmente é verdade, eu até defendo que a maioria das mulheres sofre de síndrome de Estocolmo, mas as coisas estão a mudar e não creio que as marcas possam dar-se ao luxo de destratar potenciais clientes.
Pela parte que me toca, anoto-lhes um ponto negativo na listinha dos prós e contras que elenco antes de tomar a decisão.
O Bankinter não está interessado em fazer negócio comigo.