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Jonasnuts

Jonasnuts

O pai infértil

Jonasnuts, 18.11.10

Pois, eu sei, o título parece ser contraditório, mas é assim mesmo.

 

Quando alguém se apresenta como pai de algo, ou o pai de alguém, ninguém tem motivos para duvidar, presume-se que sim senhor, aquele tipo que diz que é o pai, é, de facto o pai.

 

O problema é que quando olhamos para a criança começamos a ver que é muito parecida com outras mais velhinhas, mais robustas, mais funcionais, mais bonitas, filhas de outros pais.

 

Há um caso recorrente no panorama nacional, dum auto-proclamado pai, que dá à luz com pompa e circunstância, afirmando-se como o único, o pioneiro, o inventor, o primeiro (e anda por aí tanto homem enganado a julgar que foi o primeiro), o empreendedor, o maior dos bonecos da bola.

 

Até aqui nada de mal, cada maluco com sua mania. O que me preocupa são as virgens, algumas já não tão virgens como isso, que continuam a emprenhar pelos ouvidos, e a dar crédito a alguém que não tem, claramente, competências para assegurar a coisa. Reparem, não sou eu que digo que não tem competência, são os filhos que já teve que, com o tempo, se vieram a provar ser pouco mais que nados mortos.

 

Juro que não percebo como é que depois de tantos anos a copiar terceiros e a vender o seu trabalho como original, este pai infértil ainda tem cara para lançar seja mais o que for e, sobretudo, como é que ainda tem audiência e seguidores clientes a dar-lhe crédito.

 

Bem sei que, em terra de cegos, quem tem olho é rei, mas esta terra não tem assim tantos cegos, e o olho em causa, até é meio vesgo, a julgar pela quantidade de pessoas tecnicamente competentes que se escangalham à gargalhada à simples menção do nome deste pai.