Mudar os caminhos
Sou uma pessoa de hábitos. Há anos e anos que, todos os dias, entro no edifício da PT, em Picoas (que é onde eu trabalho), pela portaria principal.
Há mais portarias, mas eu entro sempre pela grande, que é a que me fica mais em caminho. Até que, mais ou menos no final de Setembro, na portaria grande, foi instalada uma vídeo wall, onde passam vídeos que têm a ver com a empresa, com a vida da empresa, com o futuro, com a estratégia, com o enquadramento, com os objectivos. É impossível não olhar (quanto mais não seja por causa do tamanho).
De repente, um dia, ia eu a entrar toda contentinha da vida, e reparo que as pessoas à minha volta estavam a olhar para mim. Olha.... esqueci-me da braguilha aberta, ou tenho migalhas na camisola, ou qualquer coisa semelhante, foi o que me passou de imediato pela cabeça. As pessoas olham para mim, com um ar simpático, e eu começo à procura do problema, não, desta vez não é um mau funcionamento roupal, não tenho migalhas, não trago o saco do lixo na mão, nem transporto algo inusitado...... começo a ficar preocupada. Até que olho em frente e dou de caras comigo própria, gigantone, na vídeo wall. Até me assustei. Estou a falar de MEO Cloud, claro, e foi um vídeo feito no âmbito da inauguração do Data Center da PT na Covilhã.
Ver-me ali, gigantone, ainda por cima penteada e pintada, não foi uma experiência agradável.
Mudei de hábitos....... passei a entrar pela portaria pequena.
O Pedro Neves, esse artista, não quis deixar de registar o momento, e hoje tweetou-me uma foto do painel. Eu ando a fugir da coisa, a coisa persegue-me no Twitter.