Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Jonasnuts

Jonasnuts

Caros senhores da Emel

Jonasnuts, 03.10.09

Adoro o vosso novo slogan "Há 15 anos que a EMEL trabalha para que ninguém estacione a sua vida” (é irónico, percebem?), mas permitam-me um pequeno esclarecimento.

 

Quem me estaciona a vida não são os condutores que não pagam o papelucho. Esses estão estacionados em lugares que não chateiam. Apenas o estão a fazer à borla, e isso não me estaciona a vida. Pode estacionar a vossa, mas não estaciona a minha.

 

Quem me estaciona a vida são os cabrões que estacionam na faixa de rodagem, transformando vias de duas faixas em vias de faixa única.

 

E eu, que por acaso frequento ali a zona da Fontes Pereira de Melo, fartei-me de ter multas por não pagar a merda do papelucho, mas não vos vejo com o mesmo empenho a multar os carros que estão estacionados atrás da PT, na praça José Fontana, que fodem (não há mesmo outra palavra e eu não gosto de asteriscos) o trânsito todo.

 

Portanto, não me venham com tretas. Vocês não andam atrás de quem estaciona mal. Vocês andam atrás de quem não paga o papelucho.

 

E se me disserem ah, mas isso não é da nossa competência, isso é da competência da polícia de trânsito (ou psp, ou polícia municipal, ou outros quaisquer), então mudem de slogan, que isso é publicidade enganosa.

 

Bem sei que se trata duma campanha para ver se limpam a vossa imagem, mas a imagem não se branqueia com campanhas, branqueia-se com seriedade e competência (e simpatia, já agora) no serviço que prestam. O vosso serviço é o de venda de papeluchos, não é o de melhorar o estacionamento em Lisboa.

 

Ah, e os vossos papeluchos são obscenamente caros.

You park like an idiot

Jonasnuts, 28.03.09

Parece que foi lançada uma campanha contra o estacionamento selvagem em Portugal. Trata-se duma iniciativa que, do que percebi, passa por se colocarem uns autocolantes nos automóveis que estejam mal estacionados, prejudicando os peões. Um autocolantes destes:

 

 

Nestas coisas eu sou muito pouco portuguesinha, e prefiro a versão americana, curta e grossa:

 

 

 

 

Trânsito, condução e formação

Jonasnuts, 15.02.08
Por dá cá aquela palha, ouve-se dizer que o que faz falta é mais formação. Seja de professores, seja de médicos, enfermeiros, alunos, técnicos e demais trabalhadores. Ah, pois, isso não está bem, eles precisam de mais formação.

Por estranho que pareça, no que à condução diz respeito, nunca ouvi tal coisa.

Ah, Portugal continua a subir olimpicamente na lista de países com mais acidentes. Ah, a culpa é da velocidade, baixem-se os limites, imponha-se a tolerância zero, encurte-se a trela.

Mas nunca ouvi ninguém falar de melhorar a formação.

Também não conheço ninguém que tenha aprendido a conduzir nas míseras aulas práticas de instrução. Isto é, alguns chegam lá e já sabem como é que funciona a mecânica da coisa. Para que servem e como funcionam os pedais, manetes, volante e demais intumescências. Outros há, como eu, que aprenderam isso na instrução.

Mas isso não é aprender a conduzir, isso é aprender a controlar o carro, normalmente em ambiente altamente controlado, a velocidades perigosamente baixas. Isso não é conduzir.

Eu aprendi a manobrar o carro na instrução, mas aprendi a conduzir cá fora, já com carta na mão. No dia-a-dia do trânsito. Errando, e aprendendo com os erros, os meus e os dos outros. E até tive um instrutor catita, que me levou para a 2ª circular com 6 aulas no bucho, tirou o volante do lado dele (os mais antigos percebem isto), e disse, então vá lá, já que tem a mania das velocidades, ande lá a 100 à hora, para ver se tira isso da ideia. Mas estas ideias mais progressistas, não me ensinaram a conduzir.

Todos os dias encontro avantesmas no trânsito. Não tenho números, mas assim de repente, parece-me estar cada vez pior.

Não se devia investir em formação? Não se devia ensinar as pessoas a conduzir?

E já agora, haver escolas especiais, para pessoas com necessidades especiais. Fazia-se um teste à cabeça, que definiria para que escola é que as pessoas deveriam ir. A maior parte das mulheres iam todas para as escolas almofadadas, e demorariam, pelo menos, 3 anos a tirar a carta. Cambada de lesmas, mariquinhas, enconadas, caraças.

E não me venham com tretas de estatísticas "ah, pois, mas as mulheres têm menos acidentes que os homens". O caraças. A estatística que interessa, não é saber quantos acidentes têm os carros conduzidos por mulheres, mas saber quantos acidentes PROVOCAM os carros conduzidos por mulheres.

Para os mais desatentos, e antes de se porem para aí a bradar aos céus pelos motivos errados. Olhem para o cabeçalho do Blog. A foto que lá está, sou eu. Eu sou mulher, e conduzo bem, que as há a conduzir bem. São é uma minoria.

Estratégia da Segway

Jonasnuts, 09.01.08
De acordo com algumas notícias, como por exemplo esta, o limite máximo de velocidade dentro das localidades vai baixar de 50Km/h para 30Km/h.

Das duas uma, ou é um lobby de gajas que está a propor a lei, ou é um lobby da Segway, para aumentar as vendas.

Porra, 30Km/h?
Já a cinquenta eu vou a stressar com a velocidade, quanto mais se baixam para trinta.