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Jonasnuts

Jonasnuts

Publicidade difícil (a julgar pelas tentativas goradas).

Jonasnuts, 11.06.12

Eu passo todos os dias na Fontes Pereira de Melo. Várias vezes. De carro, a pé, para cima e para baixo.

 

Portanto, sou exposta (ou é-me exposta) publicidade afixada, amiúde.

 

Há um edifício abandonado (enfim, pelo menos é esse o aspecto que tem), cuja fachada tem sido palco de vários desastres publicitários. Falei do primeiro aqui. Neste caso de há quase 1 ano, o problema devia-se ao facto dos criativos (e dos produtores e dos accounts e dos clientes) não terem pensado um bocadinho, nem visitado o local onde iam expor um anúncio com largos metros de altura e comprimento. E a coisa manteve-se durante meses.

 

Foi com alegria que há uns tempos vi desaparecer o (aparente) erro de ortografia que me incomodava várias vezes ao dia.

 

Depois de uns tempos com uma tela branca..... linda...... de repente uma nova campanha. E mais uma vez, os senhores publicitários (mais o departamento de marketing do cliente ou lá quem é que raio aprova aquelas coisas) erraram. E desta vez nem sequer era preciso terem pensado...... bastava que tivessem visitado o local (ou pedido fotos, que era o que eu fazia nos meus tempos de publicitária).

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É a chamada publicidade verde ou ecológica, em que a importância da árvore, simbolizando a mãe Natureza, adquire uma importância e um protagonismo enormes, face à importância da mensagem que o anúncio pretende transmitir.

 

E, neste caso, a coisa era de simples resolução.

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Simples, não?

Não tem de quê.

E as mulheres, senhores?

Jonasnuts, 16.12.11

Antes de mais, os disclaimers. Nunca serei cliente da Zon, pelo que a campanha publicitária que os senhores da Zon têm neste momento no ar não me é dirigida, mas há evidências que não me passam ao lado, pelo não me contenho, e vou comentar aquilo que me parece ser a mensagem da campanha da operadora.

 

 

 

Toda a campanha anda à volta do trocadilho, boazona (e contratam um modelo/actiz que encarna o epíteto) com o nome da marca, associa-se a boazona à boa zon. Ok, apelam aos homens, Uma gaja descascada, ou com um decote a que muitos homens gostam de chamar de generoso, cai no goto do target masculino.

 

 

Mas, tendo em conta o crescente poder de compra e de decisão das mulheres, pergunto-me se os senhores da operadora terão pensado seriamente neste segmento do target.

 

Senão vejamos. Aos homens, apelam com uma gaja toda boazona, e de mamas à mostra. Já para apelar a elas, escolhem o Nicolau. Um senhor, sem dúvida. Mas já entradote e, sem pôr em causa todos os (certamente muitos) atributos do Nicolau, digamos que a beleza física não estará no topo da lista. Portanto, em vez de usarem um equivalente masculino, optam pelo Nicolau.

 

Mais, não nos podemos esquecer que, o Nicolau, emprestou a sua mediática imagem, à (meritória) campanha de sensibilização para o problema da disfunção eréctil.

 

 

 

 

 

 

 

 

E eu pergunto-me....... que imagem estará a operadora a transmitir a potencias clientes femininas?

 

:)

A caçadora de pérolas*

Jonasnuts, 26.08.11

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Explicam-me que não há erro neste anúncio, porque esta parte do cartaz é complementar do que está do outro lado da esquina mas, para mim, que desço a Fontes Pereira de Melo, é isto que vejo. E com certeza, os senhores publicitários e os senhores da marca, não estão à espera que eu ande a dar a volta aos edifícios para lhes olhar para a comunicação, pois não?

 

Para mim, isto é uma ideia mal concebida, mal produzida, mal aprovada.

 

A sorte é que com a confusão que grassa nos portugueses em geral no que diz respeito à utilização do à e do há, a maioria não dará pelo erro. Persistirá nele.

 

Não é de agora que defendo uma multa para publicidade com erros de ortografia, este cartaz só vem confirmar a minha teoria. Portugal estaria rico, com uma lei que multasse quem dá erros de ortografia.

 

O título do post é descaradamente roubado a uma secção do Blog Cão e Pulgas, que recomendo vivamente, o Caçador de Pérolas.

Publicidade nos Blogs - Take 4 - Autoria de boas práticas

Jonasnuts, 20.05.11

Para os mais curiosos e porque obtive autorização da autora desta mensagem para o fazer, a empresa que me contactou, na pessoa da Ana, foi a Lelo, uma marca sueca de produtos eróticos de luxo. Para os mais curiosos ainda, o produto específico que me foi sugerido, foi o MIA.

 

Aprendam como se faz, anunciantes portugueses.

Publicidade nos Blogs - Take 3 - Um exemplo de boas práticas

Jonasnuts, 20.05.11

Estava prometido, e uma vez que eu guardo todos os mails de mil novecentos e carqueja, foi fácil encontrar.

 

Portanto, aqui ficam umas dicas de como podem ser feitas as coisas correctamente, caso se pretenda apresentar uma proposta de parceria publicitária (ou de reviews) a um Blog.

 

1 - Usar um endereço de mail com o domínio da marca que diz representar (é o caso do exemplo ali de baixo, apenas está omitido porque eu nestas coisas sou do tipo de preservar a identidade de quem me contacta).

2 - Use português correcto e simples.

3 - Identifique-se, não só com o nome, mas inclua outra referências que permitam melhor conhecer quem faz a proposta. A reputação de quem pede é tão importante como a reputação de quem recebe o pedido.

4 - Diga ao que vai sem grandes floreados.

5 - Seja honesto, siga o Blog da pessoa a quem pretende propor a parceria, e personalize o pedido mostrando que é leitor.

6 - Faça uma sugestão de produto a experimentar, mas deixe em aberto outros produtos da mesma gama (inclua material informativo acerca da gama).

7 - Deixe claro que aquilo que pretende é uma review depois da experimentação.

8 - Não indique orientação da review. Uma review é uma opinião, para ser verdadeira (e, portanto, eficaz), não pode ser previamente condicionada.

9 - Seja cordial e coloque-se à disposição para mais esclarecimentos se necessário.

 

Este foi o ÚNICO caso, até hoje, e em mais de 6 anos de Blog, ao qual respondi sinceramente, e até dei umas dicas de outros blogs que poderiam ser interessantes. Não fiz o post e expliquei porque é que não o fazia, e mesmo assim a empresa em causa afirmou manter a oferta. Não digo que seja necessário ir tão longe. Acho perfeitamente legítimo que apenas se forneça o produto/serviço a quem à partida se comprometa a escrever sobre ele, mas parece-me que esta empresa (ou esta representante da empresa) é muito à frente.

 

 

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