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Jonasnuts

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Mais visitas ao blog, é fácil

Jonasnuts, 19.04.10

Qualquer pessoa com blog há já algum tempo sabe disto, mas para os mais distraídos (ou os que andam por aqui há pouco tempo), aqui estão umas verdades de La Palisse baseadas em dados estatísticos cuja origem conheço (e valido), e que têm a ver com os dias e com as horas a que são publicados os posts mais lidos e comentados.

 

Os Blogs (bem como a internet e o qualquer negócio de comunicação) são de consumo sazonal. Junho, Julho, Agosto e Dezembro não existem (por isso se chama a silly season). Setembro e Maio são assim-assim.

 

Os melhores meses são os do início do ano (Janeiro, Fevereiro, Março e Abril).

 

O dia da semana em que os Blogs recebem mais visitas é a quarta-feira, e a janela horária, ou, melhor, as janelas horárias, são entre as 09h00 e as 11h00 e entre as 17h00 e as 19h00.

 

Portanto, quem escrever apenas uma vez por semana, que o faça à quarta-feira, logo de manhãzinha, tem mais visitas de certeza absoluta.

 

E depois (ou antes, de preferência) podem seguir este link e este e este, por exemplo, e aprender qualquer coisa verdadeiramente útil.

O debate iô-iô

Jonasnuts, 14.04.10

Chamo-lhe o debate iô-iô porque desde que conheci o primeiro blog português, há uns anos valentes, que a discussão é a mesma. A sério. Anda tudo a debater a mesma coisa há anos, e anos, e anos.

 

Passo a explicar: Jornalismo versus Blogosfera

 

A sério, já cansa, volta não volta, regressa o tema, por qualquer razão, agora parece que foi o facto de Pedro Passos Coelho ter tido uma conversa só com autores dos Blogs acreditados no último congresso do PSD. Houve jornalistas que não gostaram, congressistas que não compreenderam, e órgãos de comunicação social tradicional que estrebucharam.

 

Vamos lá ver se a gente se entende (e de caminho passem por aqui, por aqui e por aqui para se esclarecerem melhor).

 

Um Blog é um Órgão de Comunicação Social. Este blog é um órgão de comunicação social, é a minha plataforma de comunicação com quem me rodeia (e está para ler os meus disparates, mas se lêem os disparates de um jornal porque é que não hão-de ler os meus?).

 

A diferença entre os órgãos de comunicação social (Blogs, twitter, Facebboks, Homepages, MySpaces, whatever) e os outros, é que os outros são tradicionais, é assim que eu faço (e sempre fiz, na realidade) a distinção. Uma empresa para abrir um jornal tem de cumprir requisitos legais (e, presumo burocracias infindáveis), tem de contratar uma equipa, tem de ter uma linha editorial, tem (convém que tenha) um plano de negócio, tem de dar garantias, tem de ter a assiduidade a que se propõe. Eu não :) Eu publico o que quero, como quero, quando quero. Desde que respeite a lei, estou por minha conta.

 

Não sou jornalista, nem tenho de ser, é o meu blog, e eu não preciso de ser jornalista para escrever o que me dá na real gana. E tão depressa escrevo sobre a Bimby, como sobre os meus sobrinhos, como mando cartas ao Tozé Brito, ou ao procurador geral da república, ou mando um coice no Moita Flores, o dou vivas ao meu Benfica Glorioso Clube Mailindo do Universo e mais além. Sou facciosa, assumida, entenda-se.

 

Os órgãos de comunicação social tradicionais (e alguns jornalistas) são de um tempo lento. O tempo hoje anda mais depressa, e eles ainda não assimilaram sequer o online, quanto mais as plataformas públicas de comunicação social. E como não assimilaram nem perceberam esta realidade, têm medo. Por um lado deslumbram-se (epá, tanta informação, de borla, podemos reduzir o tamanho da redacção), por outro lado acagaçam-se porque não encontram um modelo de negócio, e querem usar os métodos tradicionais para rentabilizar um formato que é tudo menos tradicional.

 

Enfim, andam aos papeis, vidrados no papel (o papel vai morrer senhores, acordem para a vida), com a cabeça enfiada num buraco no chão (ou numa redoma de vidro), às vezes dando ouvidos a profetas e "pioneiros" especialistas de virtualmente nada que percebem ainda menos que eles (mas que falam com propriedade e convicção), e entretanto vão perdendo pé.

 

Na realidade, a única coisa que fazem é estrebuchar quando acham que alguém lhes invade o território. Que é precisamente o que não deviam fazer.

 

Ganda volta que isto deu. Resumindo e concluindo:

 

Os Blogs (e demais plataformas públicas de publicação de conteúdos) não são órgãos de comunicação social tradicionais, mas são órgãos de comunicação social. Os tradicionais, ou começam (e já deviam ter começado) a olhar para estes conteúdos, e pensar de que forma é que podem aproveitá-los para potenciarem o seu produto que é, ou deveria ser, o jornalismo, ou morrem ainda mais cedo do que o que julgam.

 

E agora, podemos não voltar a este tema durante uns anos?

 

Muito agradecida.

Blogs empresariais, o que (não) fazer

Jonasnuts, 18.12.09

É com muita (demasiada?) frequência que me chegam questões sobre a necessidade ou relevância de se criar um Blog duma empresa ou de um serviço. E, a julgar pela quantidade de vezes que me colocam esta pergunta, há aqui meia dúzia de coisas que eu julgava (ó ingénua) que eram de senso comum, mas que afinal parece que não são.

 

Assim este post é a minha contribuição para os responsáveis das empresas que estão vai não vai para criar um blog (ou uma qualquer presença online que ultrapasse o estatuto de site institucional).

 

1 - Se não sabe para que é que precisa de um blog, é porque não precisa dele. Não precisa de o criar.

 

2 - Se apenas pretende despejar para o Blog os comunicados de imprensa, não precisa de Blog.

 

3 - Se pretende colocar no Blog a mesma informação que disponibiliza no site, não precisa de Blog.

 

4 - Se pretende que a gestão do Blog seja feita por alguém que vai contratar para o efeito, e que não percebe nada acerca do funcionamento da empresa, não crie o Blog.

 

5 - Se pretende escrever posts em que começa por "estimado cliente" e termina assinando "melhores cumprimentos", não precisa de Blog. Use o mail.

 

6 - Se não pretende responder a comentários (ou sequer tê-los abertos), não crie o Blog.

 

7 - Se não tem pedal para ouvir o que os seus clientes têm para dizer (as coisas boas mas, sobretudo as coisas más), não crie um Blog.

 

8 - Se vai dar a gestão do Blog ao seu sobrinho, que anda no 11º ano, e que até tem jeito para computadores, não crie o Blog.

 

9 - Se não se importa muito com a correcção ortográfica com que os posts são escritos, não crie o Blog.

 

10 - Se pretende actualizar o Blog apenas uma vez por ano, não crie o Blog.

 

 

Pronto. Fica despachado o post de serviço público do mês.

E onde é que estão os filhos da puta?

Jonasnuts, 17.10.09

Sim, eu sei, usar palavrões faz-nos descer nos rankings dos motores de pesquisa, mas eu borrifo-me nessas coisas.

 

Quero falar dos desgraçados e desgraçadas que andam por aí, coitados, sem mais nada para fazer a não ser poluir a vida dos outros. É que só mesmo a falta de vida própria é que pode mover pessoas a entrarem em blogs alheios e poluírem a coisa. Mais do que poluir, perseguem, chateiam, assediam, incomodam.

 

Não me refiro aos trolls que são, habitualmente, meramente chatos, e com os quais se pode bem, e que até se enxotam de forma relativamente fácil, esses até dão algum prestígio a um Blog, que, para ser digno desse nome, tem que ter um troll. Neste momento não tenho por aqui nenhum, mas já tive alguns, sim senhor.

 

Não é a esses que me refiro, refiro-me aos que identificam um alvo, e perseguem o autor ou autora de um blog, através dos comentários. Quando falo em perseguição, não estou a exagerar na escolha da palavra, são terroristas do comentário e, pior, são daquelas pessoas que destilam tanto ódio naquilo que escrevem que só podem ser doentes, e vai-se a ver e aquilo até extravasa para fora do blog e depois um dia aparece-nos um destes doentes à frente, e é um sarilho.

 

São vários os exemplos de pessoas que não têm pachorra e pura e simplesmente não permitem comentários aos seus posts. Em tempos achei que blog para ser blog tinha de ter comentários, mudei de opinião entretanto, conforme fui conhecendo os meandros.

 

Conheço pessoas que tinham os comentários moderados e, fartos de lerem tanto lixo, decidiram pura e simplesmente deixar de ter comentários. O Nuno Markl, depois de anos a criar calo e a imunizar-se contra estes filhos da puta (é que não há mesmo outro nome), fartou-se quando a coisa extravasou para a família (e neste caso, eu vi as amostras, e aquilo dava um caso de polícia).

 

Conheço quem hesite, mas persista na coisa.

 

E conheço quem deixe de ter o Blog pura e simplesmente. Compreendo perfeitamente. Quando me perguntam qual deve ser a duração de um blog a minha resposta é sempre a mesma, um blog deve durar enquanto for uma fonte de prazer para o seu autor. Assim que deixar de ser uma fonte de prazer, para passar a ser uma fonte de preocupações ou de stress, é acabar com ele, direitinho, sem apelo nem agravo.

 

Foi o que fez a Cocó. Nem sou suspeita, que o Blog está na concorrência, tenho muita pena, mas compreendo a decisão. Sei que muita gente dirá que desistir é dar uma vitória aos filhos da puta, mas não é. Vitória, neste caso, é a Cocó viver a sua vida, sem uma fonte adicional de stress (já que nessa área, parece que fontes não lhe faltam), e sem ter de passar a vida a pensar que lhe vai aparecer um maluco à frente, ou a passar tempo com a família preocupada em olhar por cima do ombro num just in case.

 

E quem é que são os filhos da puta? São aqueles que cá fora, irl (in real life) não partem um prato, ninguém dá por eles nem pela sua frustração, são calados, anónimos, cinzentos, paradinhos, anémonas, inferiores, complexados, invejosos. Não conseguem afirmar-se. Pudera.

Aproveitam então a sua santa ignorância de acharem que são anónimos (ó santíssima ignorância, que estas coisas descobrem-se tão facilmente) e online assumem a sua verdadeira forma, e azucrinam a vida duma pessoa.

 

Há casos em que a coisa é "bem" feita, já que roça apenas a ilegalidade, não havendo motivo para, através da lei (reparem que disse, através da lei), se ir mais além, mas, a maioria dos casos de assédio que tenho visto, dão casos de polícia bem cabeludos.

 

Mas, razão tem a Cocó. Não está para se chatear, nem aturar malucos, nem deixar que estes tenham qualquer importância na sua vida.

 

Quem fica a perder? Nós, que líamos a Cocó (e outros tantos que já fizeram o mesmo), e que vamos deixar de ler (pelo menos no Blog).

 

Por isso, não se animem os filhos da puta. A Cocó teve a elegância (e a inteligência) de se borrifar para vocês.

 

Mas andam cá alguns, que não são nem tão elegantes, nem tão inteligentes como a Cocó, e que perderam qualquer coisa com o assunto.

 

Não se esqueçam disso ó filhos da puta, e não se esqueçam também que há um pássaro brasileiro chamado cacalharás.

 

Há precisamente um ano

Jonasnuts, 17.10.09

Há precisamente 1 ano passei um fim-de-semana Blogosférico algo agitado.

 

De repente, na 6ª feira, uma série de factos concorreram para que, subitamente, grandes alterações em equipas de Blogs me caíssem em cima, salvo seja, fazendo com que o meu telemóvel e mail ficassem congestionados com pedidos, instruções, sugestões, retoques, registos, designs, detalhes, esclarecimentos, fofoquices, pessoal a querer saber quem é que se tinha despedido quem é que tinha sido despedido....e eu calada, a trabalhar para que as coisas ficassem prontas a tempo e horas, e a gosto.

 

Há 1 ano, nascia o Blog Jugular, e o Corta-Fitas tinha uma pequena crise (que mais tarde se veio a revelar ser de crescimento). Equilíbrio político, portanto.

 

Foi um fim-de-semana agitado.

 

Este ano, precisamente na mesma data, precisamente numa 6ª feira (passava já da meia noite, portanto tecnicamente foi na 6ª), também recebi um mail.

 

Que grande fim-de-semana :)  (que se vai estender, na limadela de arestas, pelo início da semana, que eu há coisas que não sei fazer e preciso do resto da equipa :)

 

Digamos que está a ser um fim-de-semana ventoso, mas muito produtivo :)