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Jonasnuts

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Descansa Barcelona, ainda não foi desta

Jonasnuts, 31.07.12

Já há 4 anos tive esta curiosidade. Será que é desta que conseguem ultrapassar o factor uau do acendimento da pira olímpica nos Jogos Olímpicos de Barcelona?

 

Pois.... não foi. Mesmo apesar de me terem aberto os olhos para o facto da coisa ter sido muito bem encenada (mas, mesmo assim, encenada) e, tecnicamente...... não ter sido a porra da seta a acender a pira olímpica, o que é facto, é que ainda ninguém conseguiu ultrapassar a espectacularidade de Barcelona.

 

A cerimónia de Londres (num vídeo farsola que mais dia menos dia é removido):

 

(Link do vídeo)

 

E, para quem tiver curiosidade (vale a pena, asseguro-vos), aqui fica um vídeo com a recolha de todos os acendimentos das piras olímpicas de jogos Olímpicos de Verão e de Inverno, desde 1968 (grande ano, grande ano).

 

 

Link do vídeo ao qual cheguei por via do @almaluis

É oficial

Jonasnuts, 31.08.07
Depois de preencher um formulário imenso, com questões amplamente estudadas cientificamente, está provado:
You Belong in Barcelona
When it comes to Europe, you don't want to decide between culture and fun. You want art by day and a big party by night. Barcelona is ideal for you. You can check out some Picasso, eat some tapas, take a siesta, and then dance all night!



Verdade seja dita que o que me atrai em Barcelona não tem nada a ver com o que eles ali dizem, as siestas, e o Picasso, e o dance all night e a big party, mas o que interessa é a ideia geral.

De novo o café

Jonasnuts, 30.08.07
Tem-se falado aqui de café.
Que em Espanha o café é uma porcaria já é do conhecimento geral, e referi há uns posts que a Nespresso é o iPhone do mundo da cafeína.

Agora algo de relativamente positivo.

Penúltimo dia em Barcelona. Eu a distinguir os cafés entre "verdadeiramente mau" e "não é tão mau como os outros", portanto, a ressacar por uma chávena de bom café.

Andei toda a santa manhã por Montjuïc, com a leve sensação de que não era bem ali que queria estar. De leve, no entanto, só a sensação, porque o canhão e seus acessórios pesavam-me no lombo.

Cansada, decidi comer qualquer coisa num bar que, à primeira vista, nada mais tinha do que isso mesmo, vista.

Comi já nem me lembro o quê, não era nem bom nem mau. No final, força do hábito, pedi o café do costume. O empregado, que tinha perguntado antes qual era a minha nacionalidade, riu-se quando lhe pedi o café. Não percebi, só quando chegou o café, o único digno desse nome que bebi em terras espanholas:


 

Delta, verdadeiro, em chávenas Delta. É que soube mesmo bem.
Ainda por cima Delta, que patrocina ali a chafarica do Markl, o que fez com que o café tivesse um feeling de dois em um. Por falar em dois, soube-me tão bem, que pedimos mais um (em Portugal é frequente beber dois cafés no final de uma refeição).


Venha mais um café. Soube igualmente bem.




O único senão veio no fim, com a conta. Mas que se lixe, prefiro pagar mais de 2€ por um bom café, do que pouco menos por uma porcaria


Grande tourada

Jonasnuts, 23.08.07
Primeiro o disclaimer do costume, ou pelo menos a contextualização. Odeio touradas, desde sempre, e não apenas agora que se tornou politicamente correcto odiar touradas. Tinha grandes pegas com o meu avô (que adorava touradas e ia às praças), e nenhum entendia o ponto de vista do outro. Eu tinha 6 ou 7 anos.

Sempre pensei que os espanhóis fossem todos uns fanzocas de tourada, pelo menos mais do que os portugueses e descobri agora que não, que não são todos os espanhóis que gostam de tourada (na Catalunha não são apreciadores e Barcelona já se declarou como uma cidade anti-touradas.

Mas, mesmo os espanhóis mais amantíssimos amantes de touradas não chegam aos calcanhares dos portugueses. Isto a julgar pelo posicionamento das estações de televisão do estado dos dois países.

Enquanto a RTP tem uma corrida própria, que organiza, patrocina e transmite em directo e, na RTP Memória há tourada todas as segundas, na TVE acabam de comunicar que não voltarão a transmitir touradas (Notícia da Time).

Mais um bocadinho e os espanhóis começam a vir cá para conseguirem  ver tourada na televisão. Com jeitinho até se volta a permitir a morte dos touros.

Andamos ao contrário do progresso.

Ainda Barcelona, a Batlló, a Milà e o Shrek

Jonasnuts, 23.08.07
Sou fanzoca do Gaudí. Já estive na Batlló e na Milà mais do que uma vez, mas desta última vez optei por usar uns aparelhómetros disponibilizados ao público que visita as casas. Basicamente são uns dispositivos que nos explicam o que estamos a ver. Se estamos numa parte da casa em que há explicações disponíveis no tal dispositivo, existe um número pregado na parede. Inserimos esse número no teclado (visualmente é muito parecido com um telemóvel), e ouvimos a explicação ou a contextualização do sítio onde nos encontramos. É porreiríssimo, se usado da melhor forma. Primeiro olhamos com os nossos olhos, e depois ouvimos o que eles têm a dizer, para ver se os nossos olhos viram as coisas de forma diferente, ou para descobrirmos mais coisa.

Na Casa Batlló podíamos escolher várias linguas, mas o português não era uma delas. Optei pelo inglês. Pacífico.

Na casa Milà, pasme-se, havia a língua portuguesa disponível. Ainda desconfiei e perguntei se era português de Portugal e, pasme-se mais ainda, não só a senhora sabia responder como era, de facto, português de Portugal. Muito bem, passe-me para cá o aparelhómetro.

Confirmado, o português era de Portugal, mas quer a senhora quer o senhor foram escolhidos para a locução por causa da sua participação nas dobragens dos filmes do Shrek. Era português de Portugal, mais precisamente da região ali de Trás-os-Montes.

Presumo que os restantes visitantes não percebessem porque raio é que estava uma pessoa a rir-se à gargalhada enquanto ouvia as descrições históricas da casa Milà. No fim, não me arrependi de ter escolhido a língua portuguesa porque sempre animou um bocadinho a vista, já que a Milà, por dentro, não é espectacular como a Batllò.

"Bamos agoira ao terracho, ber as velas chaminés que simvolizam choldados, e que são conhechidas pelo cheu ashpecto fantasmagórico"

:)