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Jonasnuts

Jonasnuts

Viver no cu do mundo (take 2)

Jonasnuts, 22.08.10

Acho que me expliquei mal no post anterior.

 

Eu conheço 1001 estratagemas e esquemas para dar a volta ao facto de algo não ser vendido em Portugal. A minha irmã viveu nos Estado Unidos e durante uns tempos tivemos um negócio de contrabando de DVDs muito interessante :) Eu encomendava na amazon.com, mandava entregar em casa dela, e ela depois remetia os caixotes para mim. Devo desde já informar que este contrabando era:

1 - Para uso meramente pessoal.

2 - Devidamente assinalado, já que ela fazia questão de escrever do lado de fora dos caixotes que se tratava de contrabando de DVDs (a mais pura das verdades, e nunca tive qualquer problema).

 

Tenho amigos ou conhecidos em muitas partes do mundo, e em cima disto tudo, há formas de subverter o esquema, online.

 

O que me irrita, é ter de recorrer a estratagemas. Não deveria ter que fazê-lo.

 

Eu conheço a forma de furar o esquema, e furo, mas irrita-me que as grandes empresas que andam por aí a gastar milhões em marketing de fashion stickness não percebam que há outras forma de agarrar os clientes. No meu caso, são precisas poucas coisinhas:

 

1 - Que falem na minha língua, correctamente.

2 - Que me tratem da mesma forma que tratam qualquer outro cliente, independentemente do país de origem.

 

Não é a primeira vez (nem será certamente a última) que me incompatibilizo com uma empresa por causa de uma das razões acima apresentadas.

 

Assim de repente, ocorre-me a Ensitel, obviamente, e a Kodak. Para a novela Ensitel, ver aqui ou  consultar a barra lateral deste Blog. Para a Kodak, é ver aqui.

Se eu tivesse jeito para cantar......

Jonasnuts, 15.10.09

....a Ensitel ia ter banda sonora, era garantido!

 

Um cliente insatisfeito com o serviço prestado pela United Airlines, depois de meses de Herodes para Pilatos, decidiu fazer uma música e o respectivo teledisco, como forma de reclamação.

 

O resultado da coisa foi que o vídeo já teve mais de 5 milhões de visualizações, e os senhores da United Airlines já tentaram fazer aquilo que recusaram durante 9 meses de contactos (e ele declinou).

 

A história está aqui, e chegou-me via Nélio, com link para aqui.

 

O vídeo, esse, é imperdível:

 

 

Ensitel - Take 7

Jonasnuts, 29.09.09

Quem passa por aqui com mais frequência, e tem pachorra para ler tudo (eu não teria) saberá que eu tenho (na realidade tive) um conflito de consumo com a Ensitel (o site está em baixo com muita frequência, não fui eu que me enganei no link).

 

A coisa meteu tribunal e tudo, e há ali uns links na barra lateral para quem não tem nada para fazer e quiser aprofundar a coisa. Mas aviso já que não tem grande interesse, a não ser que pretenda torna-se cliente desta empresa e nesse caso, recomendo, para que tenha noção do que pode vir a ser a sua experiência.

 

Pela parte que me toca, a coisa estava fechada, arquivada e encerrada, com o único desfecho possível, para mim. A Ensitel perdeu uma cliente, e, já agora, uma belíssima cliente, que passo a vida a comprar telemóveis e respectivos periféricos e gadgets, quer para mim quer para terceiros. Mas pronto, estava fechado o capítulo Ensitel, neste Blog e na minha vida.

 

Eis senão quando, começam a aparecer comentários nos posts da Ensitel. Ora os comentários, habitualmente, são mais frequentes quando publicamos o post. Entram nos primeiros tempos de vida do post, e depois, à medida que o post vai ficando mais para baixo, porque entram outros, vão perdendo notoriedade, e, consequentemente, comentários (além de que já ninguém tem pachorra para me ouvir falar da Ensitel, quanto mais para deixar comentários à minha prosa).

 

E os comentários são lindos. Tudo gente diferente, pelo menos no nome, já que o IP é sempre o mesmo. Gente que, pelos comentários que deixa, se percebe que não leram os posts (não os condeno, mas nesse caso, não comentem).

 

Enfim, provavelmente porque este Blog aparece bem posicionado quando se faz uma pesquisa por Ensitel, a coisa deve ter chamado a atenção. Então e o que é que fazemos? Perguntam eles. Vamos lá aos comentários, desancamos a gaja, e ainda parece que temos clientes fiéis que nos defendem e que dizem que nós somos os maiores dos bonecos da bola. Boa ideia.

 

Mas o IP senhores, o IP, denuncia-vos. É sempre o mesmo. Seja qual for o dia e a hora a que deixam os comentários, e apesar de assinarem sempre com nomes diferentes, o IP é sempre o mesmo.

 

Vá lá.....toca de fazerem os comentários a partir de casa de cada um, que assim os IPs passam  a ser diferentes e pode ser que eu fique na dúvida (nem por isso, mas pronto).

 

E já agora, uma informaçãozinha de muita utilidade, os Blogs do SAPO têm corrector ortográfico nos comentários. Podem usar à vontade, que não pagam mais por isso.

Ensitel (take 6)

Jonasnuts, 22.05.09

Então cá vamos nós.

 

Recapitulando para quem apenas agora apanha o comboio (e isto é a versão muito condensada).

 

Comprei um telemóvel na Ensitel. Passada uma semana o telemóvel avaria. Vou à Ensitel para que seja trocado por um novo (de acordo com as condições do contrato), o equipamento é avaliado pelos senhores da loja, é dado como bom para troca, mas não há o mesmo equipamento em stock na grande Lisboa. Sou encaminhada para a Nokia, onde me dizem que tenho direito a um equipamento novo, na Ensitel. Regresso à Ensitel, exponho o caso, o telemóvel é, de novo, avaliado como bom para troca, mas não há stock, portanto recusam-se a receber o equipamento (pela segunda vez). Solicito a resolução do contrato (e a devolução do dinheiro) e de repente, miraculosamente, aparece um telemóvel em stock, na zona de Lisboa. Dirijo-me à loja onde o telemóvel fica reservado em meu nome, para a troca, e os senhores da Ensitel descobrem no meu telemóvel, que até ao momento tinha sido avaliado como estando em excelentes condições, um risco no écran (porra nenhuma, o telemóvel não está riscado no écran). Regresso à loja de origem, e nessa viagem de regresso risca-se a tampa da bateria (sim, o risco minúsculo da tampa da bateria existe de facto, ao contrário do do écran). Na loja de origem não vêem qualquer risco no écran, mas como agora tem um risco na tampa da bateria não trocam.

 

Depois de muita correspondência trocada, e depois de metido o centro de arbitragem de conflitos de consumo de Lisboa ao barulho, houve ontem um julgamento.

 

E o que é que o senhor doutor juiz decide? O juiz decide ignorar todas as tentativas de entrega do equipamento "não interessa as condições em que estava o equipamento quando o tentou entregar nem da primeira nem da segunda vez", mas ó senhor doutor juiz, o telemóvel foi dado como bom, para troca, pela Ensitel de todas as vezes, e eles recusaram-se a aceitar o equipamento - isso não interessa para nada, a senhora devia era ter recusado a recusa da Ensitel. Ainda estou para saber como é que eu recusava a recusa. Deixava o telemóvel em cima do balcão e vinha-me embora?

 

Verdade seja dita que assim que entrei na salinha e olhei para o juiz, pensei como os meus próprios botões "estou fodida". Fruto certamente de preconceitos relacionados com a idade do senhor, e com a postura que adoptou desde o início.

 

No final o senhor ordenou-me que entregasse o telemóvel à Ensitel para que esta o reparasse ao que eu respondi, com todo o respeito Sr. Dr. Juiz, nem que a vaca tussa eu reato qualquer contacto com a Ensitel. Ah, mas perde a garantia. Não, não perco, porque vou mandar o telemóvel para a Nokia, e quem me garante o equipamento é o fabricante e não o vendedor.

 

No fundo o que o 3º poder fez foi dizer à Ensitel "sim senhor, os senhores podem fazer gato sapato do consumidor, e podem recusar-se a receber equipamento em condições, e podem deixar de cumprir os vossos compromissos". E a mim, consumidora, o que me disse foi "minha senhora, aqui, você é o mexilhão, e não venha à procura de justiça, que não é no tribunal que a vai encontrar".  Na sentença (da qual terei uma cópia um dia destes) na descrição do problema, optou até por não incluir as várias tentativas de devolução do equipamento. Pura e simplesmente não as referiu, mas não se esqueceu de referir que a reclamante "confessa" que o equipamento apresenta um risco na tampa da bateria. Na altura do ditado da sentença eu já não estava nem aí e enviava sms à família, mas não pude conter uma gargalhada quando ele omite o que acha irrelevante e de seguida usa a palavra "confessa".

 

Tenho várias opções. Posso recorrer. Mas tendo em conta que o telemóvel foi comprado em Fevereiro e este processo burocrático já vai em 3 meses, chateia-me não estar a usá-lo. Vou pô-lo a reparar na Nokia e vou usá-lo.

 

Várias coisas aconteceram durante este processo que ficou concluído ontem. A Ensitel, mais do que perder uma cliente, ganhou uma inimiga, e há um pássaro brasileiro chamado cácalharás. E a justiça portuguesa ganhou mais uma descrente no sistema. Não que faça muita mossa, assim como assim a justiça portuguesa já soma uma razoável seita de descrentes, serei apenas mais uma. Aprendi também que nestas coisas de relacionamento com empresas, não se pode facilitar. Quando os senhores descobrem miraculosamente que afinal há um telemóvel em stock, eu devia ter-me borrifado para o milagre, e devia ter optado pelo dinheiro.

 

Se há coisa que me tire do sério é sentir-me injustiçada. Sentimentos de injustiça e de impotência são dos que mais me deixam fora de mim. Podia usar a lei a meu favor e, ao abrigo desta, irritar solenemente a Ensitel, mas não irei por aí. Há outros caminhos e, apesar de não querer canalizar a minha energia de forma negativa, nem querer fazer disto um cavalo de batalha, há aquele bocadinho de mim que está cheio de vontade de fazer umas contas, de recolher uns dados estatísticos e depois, já que o 3º poder não funciona, recorrer ao 4º e ao 5º.

 

Não é a última vez que escrevo aqui sobre a Ensitel. E isto não é uma ameaça, é uma promessa.

 

 

(Veja também Ensitel take 1, Ensitel take 2, Ensitel take 3, Ensitel take 4, Ensitel take 5)

Ensitel - Eu sei que sou chata

Jonasnuts, 26.04.09

Enquanto o meu conflito de consumo com a Ensitel aguardar marcação da tentativa de conciliação e arbitragem, no Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa, não tenho muito a fazer, a não ser olhar para o telemóvel fechado na caixa, sem poder ser utilizado há quase 2 meses.

 

Com tantas leis, e centros, e livros de reclamações e dias do consumidor, esperar-se-ia que não fosse este último a ser lixado, sempre, mas na prática é o que acontece, pelo menos a curto prazo. Não sei o que é que irá sair da tal tentativa de conciliação e consumo, mas a verdade é que, a curto prazo, repito, a ensitel já está a ganhar. Afinal de contas, já lá têm o meu dinheiro, e eu continuo sem poder usar o telemóvel.

 

Mas, a médio longo prazo, os consumidores persistentes (ou teimosos, como preferirem) fazem valer a sua opinião.

 

No Google.pt, depois duma pesquisa à palavra Ensitel, há 2 referências a este Blog na primeira página de resultados. No SAPO, a mesma coisa.

 

A médio/longo prazo, a minha insatisfação com a forma como fui tratada enquanto cliente da Ensitel, e o facto de registar aqui essa enorme insatisfação, poderá condicionar potenciais clientes.

 

Qualquer pessoa que faça uma pesquisa por ensitel tem uma enorme probabilidade de vir parar aqui, quanto mais não seja porque o site da ensitel são mais as vezes que está em baixo do que as vezes em que está a funcionar.

 

A curto prazo, não está a correr grande coisa para mim, mas a médio/longo prazo, senhores da ensitel, ter-vos-ia saído mais barato se tivessem procedido doutra forma.