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Jonasnuts

Jonasnuts

Cara Fnac

Jonasnuts, 09.10.13

Tenho assistido na primeira fila, em lugar privilegiado, a uma novela onde vocês são o mau da fita. 

 

E quando eu digo "mau da fita" não me refiro a uma personagem muda, refiro-me mesmo ao vilão principal, o sacana, o desgraçado a quem toda a gente deseja horrores durante todo o processo de novela.

 

Anunciam uma promessa, com um prazo, não se coíbem de cobrar, de imediato, o valor da promessa, e depois vão adiando os prazos de entrega, e vão mudando as características da oferta, e adiam ainda mais o prazo da entrega.

 

Pode ser que seja um novo modelo de negócio....... sacar o dinheiro aos clientes, tê-lo a render juros algures, ir empurrando com a barriga, arrastando o processo no tempo, até que o cliente chegue ao limite da paciência e cancele a encomenda. Nesse período de tempo, a Fnac teve em seu poder, dinheiro a que não tinha direito. Basicamente, a Fnac pediu dinheiro emprestado a este cliente. Se a novela de que falo tivesse continuado de acordo com a proposta da Fnac, o prazo passaria das originais 24 horas anunciadas, para 2 meses. Sim, leram bem...... a promessa original era de 24 horas (e nessas 24 horas foram muito rápidos a debitar o cartão do cliente), e iria passar para 2 meses. Que se saiba.

 

Se a Fnac fizer isto com muitos clientes, e puser o dinheirinho a render em qualquer lado........ o que é que perde, assim à primeira vista? Nem sequer deve ser ilegal.

 

Ah.... mas perde qualquer coisa. No caso em apreço perdeu um cliente daqueles que já gastaram mais dinheiro na Fnac do que aquilo que gostam de admitir.

 

E depois há os efeitos colaterais. O meu post. Os shares. Os likes. Os RTs. Os favorites. As coisas espalham-se. Mas, acima de tudo...... em termos de efeitos colaterais, e tendo assistido à novela a par e passo (e eu nem sou de ver novelas), perderam-me também a mim como cliente. Não sendo uma cliente tão imponente como o Capuchinho Vermelho da história a que me refiro, também já lá gastei mais do que gostaria de admitir.

 

Passo já a informação a familiares e amigos que, no Natal, dispensamos os cartões oferta da Fnac (que eram excelentes para resolver o problema dos presentes para adolescentes).

 

Numa era em que a concorrência é feroz, numa altura em que o vosso modelo de negócio está, necessariamente, em transformação (os livros, os CDs e os DVDs já eram, não é?), esta estratégia de alienação de clientes não me parece a mais indicada.

 

Já tivemos, há uns anos, uma Fnac que faliu, em Portugal. Se vocês persistirem neste tipo de comportamento e processos, apenas se limitarão a criar uma tradição: empresa que se chame Fnac, em Portugal, não singra.

 

 

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