Jornalismo
O Correio da Manhã tem neste momento disponível na sua página de entrada um título e um vídeo. O título "Engenheiro mata com neta ao colo".
Um vídeo e uma foto acompanham a "notícia".
Nada contra, até aqui, no vídeo até avisam que as imagens podem ofender susceptibilidades mais susceptíveis (eu sei, é de propósito).
A questão é que a notícia é só isso.
Ficam por responder aquelas que eu acho que são as perguntas a que qualquer notícia deve responder. Não sei, presumo que as ensinem nos cursos de jornalismo. O onde, o quando, o como, o quem, o porquê. Sabem, aquelas coisas que constituem a notícia propriamente dita.
Se eu quiser ver um gajo a matar outro, vou ao cinema, e fico mais bem servida, as pistolas fazem um barulho de jeito, o morto cai dramaticamente e está vestido de branco, para se ver o sangue, há diálogos bem construídos, enfim, o que se quiser.
Aqui, não percebo, sinceramente, o que é que aquele vídeo lá está a fazer.
UPDATE: Explicam-me no Twitter, o user do Correio da Manhã @cmjornal, que se trata duma secção que diz "Exclusivos em papel" (e diz). O jornal, em papel, era uma coisa que o meu avô comprava. Esta geração não compra em papel, ou, vá, está a deixar de comprar. Eu, que nem sequer sou da geração web (sou mais velha), resolvi o tema doutra forma. Mas não comprei papel.