Pois Canté!!
Estou a ouvir. Lembro-me das letras todas.
Deliro :)
E acho que esta crise pode ser uma oportunidade para a música de intervenção.
Substituam umas palavras mais datadas por outras mais actualizadas e regressa tudo de novo.
Pois Canté!!
Enquanto anda lá no céu a cotovia
Ando a trabalhar o pão de cada dia
Para encher a pança a essa burguesia
Sempre a trabalhar
P'ro patrão gozar
Isto inté qu'há-de mudar um dia
(Pois Canté!)
Os políticos burgueses à porfia
Só nos sabem receitar democracia
Mas o povo é que é levado na tosquia
O senhor ministro
Tem a culpa disto
Isto inté qu'há-de mudar um dia
(Pois Canté!)
Tanta propaganda na telefonia
A falar na grande crise da energia
Com tanto desemprego, quem diria!
Fala o aldrabão
E ri-se o patrão
Isto inté qu'há-de mudar um dia
(Pois Canté!)
Quando a máquina do lucro se atrofia
A reparação é sempre a carestia
E o povo é que lhes paga a avaria
Mas o Capital
Fica sempre igual
Isto inté qu'há-de mudar um dia
(Pois Canté!)
Com golpaças e manobras, dia a dia
Bem nos tenta enrolar a burguesia
Eles são todos da mesma confraria
Irmãos explorados
Todos lado a lado
Isto inté qu'há-de mudar um dia
(Pois Canté!)
Desculpem lá:
"Quando a máquina do lucro se atrofia
A reparação é sempre a carestia
E o povo é que lhes paga a avaria
Mas o Capital
Fica sempre igual"
Em que é que isto não é verdade, hoje, a esta hora?
GAC! Regressa.
E as meninas e meninos que gostam de fazer covers de homenagem, NEM PENSEM NISSO.
E nos tops nacionais, saíam os abrunhosas e os cogumelos ou azeitonas ou lá como é que eles se chamam, e voltava o Zé Mário Branco, e o Sérgio Godinho, e revisitávamos o Zeca, e o Fausto, e o Vitorino pré-boleros, e a Maria do Amparo (sempre adorei a Maria do Amparo), e o Zé Barata Moura sem ser para nos mandar comer a papa, e mais uma catrefada deles.
Isso é que era!