O poder das palavras
Escrevi um desabafo no Facebook, face para os íntimos.
Confesso que não sou do Facebook, sou do Blog, um bocadinho do Twitter (mais por dever profissional que outra coisa), mas não sou do Facebook.
Vou lá uma vez por semana, ignorar a grande maioria dos convites de "amizade", aceitar os que acho que devo aceitar, e pouco mais. Misturam-se ali demasiadas coisas. Pessoal, familiar, profissional, tudo ao molho e fé em Deus. Não tenho tempo, nem pachorra. O mail daquela porcaria nem funciona como deve ser.
Escrevi um desabafo, dizia eu, e escrevi como falo. De coração na boca, à flor da pele, sempre a abrir.
Eu sou assim e, as minhas desculpas a quem não conhece esta minha faceta, eu digo muitos palavrões quando falo. Digo. Reforça a mensagem. Não digo palavrões por tudo e por nada. Não digo palavrões em casa. Não digo palavrões ao volante quando há menores dentro do carro. O meu filho nunca me ouviu dizer um palavrão (a não ser que me tenha apanhado quando eu julgava que ele estava a dormir). Conscientemente, o meu filho nunca ouviu um "merda" sair-me boca fora.
Mas, nas outras circunstâncias, e quando estou rodeada de pessoas que conheço e com as quais tenho confiança, uso palavrões. De novo, reforça a mensagem. São muito eficazes os palavrões, principalmente se proferidos por uma mulher.
A minha mãe e a minha irmã ouvem-me falar, sabem que falo com palavrões, mas fez-lhes confusão verem o palavrão escrito.
Lamento imenso, mas eu escrevo como falo. Este falo, não tem segundo significado. Mas podia ter.