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Jonasnuts

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Inocência

Jonasnuts, 08.02.10

Perdi a inocência muito tarde. Imagine-se que, quando soube que na universidade se copiava, fiquei chocadíssima. Tinha 16 anos. Percebem? Era muito inocente.

 

Perdi a inocência muito tarde. Mas quando a perdi, não ficou réstia de nada. Sabem aquelas coisas do amor que se transforma em ódio? É mais ou menos a mesma coisa. Passei de inocente idealista bimba para o extremo oposto. Sou cínica, e duvido sempre da natureza humana. É tudo culpado até prova em contrário.

 

Isto tudo para dizer que não ando impressionada com as notícias, e com as manipulações, e com a liberdade de expressão, e com os clamores de viva a liberdade e marchinhas daqui e marchadelas de acolá. Não acredito em políticos (independentemente da sua cor), não acredito nos órgãos de comunicação social, e não acredito na justiça. Todos têm agenda própria e todos se estão cagando para o povinho.

 

São muito raros os casos em que as pessoas enveredam por um serviço público para servir o  público. Enveredam por onde acham que lhes dá jeito, pessoal, enveredarem. Não querem servir o público ou o povo, querem servir-se a eles próprios em primeiro lugar, os interesses do público ou do povo são muitíssimo secundários. Trabalham para a sua própria agenda ou para a agenda do pastor que os apascenta. Se a coisa correr de feição, andam caladinhos, se a coisa não correr de feição, berram.

 

Portanto, senhores que andam aí a gritar e a berrar, que nem virgens ofendidas, com o estado da nação, calem-se. Vocês não estão a refilar com o estado da nação, estão a refilar por não serem vocês ou os da vossa cor, a estar no poleiro.

 

 

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