Dos casamentos
Ontem fui a um casamento. Daqueles com igreja e missa e sessão longa de fotos e almoço tardio que mesmo assim se arrasta até às quinhentas.
Não vou a casamentos de frete. Aqueles, de pessoas que só nos lembramos de ver precisamente nos casamentos da família, e nos funerais. Não frequento, não vá pensarem que um dia retribuo o convite.
Portanto, só vou a casamentos de pessoas de quem gosto muito. Foi o caso de ontem. Eu era da noiva, apesar de conhecer o noivo quase há tanto tempo como a noiva. Mas, apesar de passar mais tempo com o noivo, que é meu colega, eu sou da noiva.
Não sou especial fã do casamento. É uma instituição que respeito (como respeito todas as instituições), até sou testemunha de um, mas nunca fez parte dos meus planos. Aquela coisa das meninas sonharem com o vestido, e com o dia, e com a festa, e com o ritual, nunca foi a minha onda.
Mas a verdade, verdadinha, é que há qualquer coisa que me deixa com a lágrima ao canto do olho, quando sou da noiva, e a noiva entra (seja na igreja, seja no registo, seja lá onde for).
Não sei qual é o próximo casamento a que eu vou, não tenho nada previsto nos próximos anos, mas deixo a sugestão de entrada de noiva mais original (e provavelmente anti-lágrimas)