Rua da Conceição
Depois do meu post sobre o tricot, decidi seguir a recomendação mais referida nos comentários e fui à Rua da Conceição.
Vocês desculpem lá, mas não era bem naquilo que eu estava a pensar. Pedir agulhas circulares em bambu e receber olhares estupefactos de "agulhas quê?", como se eu fosse maluquinha, não era o que eu tinha na ideia.
À enésima loja lá consegui encontrar, mais ou menos, o que eu queria, mas eu gostava era dum sítio onde eu não tivesse de encolher a barriga para entrar, e onde pudesse andar com um cesto das compras a espreitar prateleiras cheias de coisas, e gostava de não precisar duma lista de coisas a comprar, gostava de comprar as coisas só pelo prazer de as manusear e para isso elas não podem estar metidas em gavetas, longe da minha vista e das minhas mãos. E gostava de saber para que é que servem as coisas esquisitas que aquela malta tem nas montras.
Gostava de um espaço onde eu pudesse ir à procura de um projecto divertido para fazer, e encontrasse tudo logo ali, e onde a senhora que me atendesse me explicasse que ali a meio do projecto ia precisar de aprender uma técnica nova e que havia uns workshops porreiros, e onde eu pudesse gastar rios de dinheiro, e onde me pudesse sentar e beber um chá enquanto escolho entre uma catrefada de livros.
Se calhar ando à procura duma coisa que não há, mas lá que dava jeito, lá isso dava. Uma Fnac, mais pequenina, mas só com coisas de craft. Pronto, era isso, que esta coisa de entrar em 250 lojas em 45 minutos é parecido com aquelas viagens aos Açores, descubra as 9 ilhas em 3 dias.