O complexo rititi
Há uns tempos, um link que o Abrupto fizesse para qualquer Blog, dava direito e garrafas de champagne, e noitadas de festança até altas horas. Mesmo os que diziam cobras e lagartos de Pacheco Pereira, mostravam indiferença, mas lá no fundo, lá no fundo, rejubilavam. Tenho a certeza. Porque para haver link, era sinal de que o senhor lá tinha ido, por uma vez, e lido o post, ou um bocado do Blog. E ser-se lido pelo Abrupto era uma espécie de promoção blogosférica (ainda é, menos, mas ainda é).
Ser lida por alguém que respeito é sempre um tormento. Não preciso sequer de respeitar, basta que goste do que essa pessoa escreve.
Eu não escrevo particularmente bem, escrevo limpinho, há um ou dois posts mais inspirados, mas mais nada que isso. Não é falsa modéstia, é mesmo assim, há tanta, tanta, tanta gente a escrever melhor que eu, o que é bom sinal, significa que tenho mais para ler :) Mas escrevo rapidamente. Um post nunca demora mais de 5 minutos (vá, se tiver muitos links, um pouco mais). Mas às vezes pesa-me o destinatário, um dia, para escrever uma resposta simples ao Francisco José Viegas demorei mais de 1 hora, e era uma coisa de "ok, obrigada".
E esta prosa toda para quê?
Tive o meu momento "link do Abrupto" há bocadinho, quando recebi uma notificação "Rita Barata Silvério is now following you on Twitter!".
Opá, então e agora? É que afinal de contas, trata-se da ririti. E o meu Twitter é um bosta, o blog pouco mais que isso. Estão a ver? É um peso. É uma responsabilidade. É uma aflição.
Pronto, depois esbofeteei-me, fugi para a frente e escrevi este post. Ao menos assim fica avisada que, daqui, não conte levar grande prosa literária, que a malta é bem intencionada e tal, mas pouco mais que isso. Sou melhor leitora.
De qualquer forma, rititi, se passou por aqui, e se teve pachorra para ler até ao fim, aquela notificação fez o meu dia :)