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Jonasnuts

Jonasnuts

Bloqueia-mos*

Jonasnuts, 15.11.17
A facilidade com que se aprovam leis para que sites sejam bloqueados sem acesso aos tribunais é extraordinária.
 
O poder judicial não se manifestar acerca desta tendência é, em si próprio, muito esclarecedor acerca da capacidade de acção deste poder judicial, muito envelhecido, muito alheado da realidade, muito fechado na sua bolha. A imagem que habitualmente associamos à justiça, duma mulher vendada, todos os dias faz mais sentido, embora pelos motivos errados. A justiça quer-se cega, mas não se quer burra.
 
Junte-se a isso a quase nula vontade (ou competência, ou ambos) do quarto poder em funcionar como fiscalizador.
 
Estamos então à mercê do executivo e do legislador, portanto, estamos à mercê do junta-se a fome à vontade de comer.
 
Estamos lixados. Com F de cama.

 
 
 
 
* Eu sei como é que se escreve bloqueamos e bloqueámos. O hífen está errado, mas é de propósito.

Ir de moto

Jonasnuts, 14.11.17

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Estou quase a fazer 6 meses de moto, a conduzir uma média de 1000km/mês, distribuídos pelos dias úteis (é raro andar ao fim-de-semana).

 

Estou a adorar e estou farta de aprender coisas.

 

Por exemplo...... as mulheres são mais espaçosas. As mulheres e os velhos. 

Isto é, numa bicha de carros parados, se há um carro a impedir a passagem da moto, quem vai ao volante em 95% dos casos é uma mulher, ou um velho.

 

Além de mais espaçosas, são cegas e surdas.

Uma pessoa pode estar ali mesmo ao lado, que as senhoras (e os velhos) nem dão por nós, não se afastam, não facilitam, não dão passagem, não porra nenhuma, porque as motos não existem.

 

Se por acaso é um gajo que está a impedir a passagem, quando se apercebe tenta facilitar. Ou é velho, e então não.

 

Os gajos também não são flores que se cheirem, descansem. Os gajos são os que ultrapassam em curvas. 

Os gajos são também os que gostam de tentar aproveitar o cone de aspiração da minha 125.

É uma coisa que me irrita, quando estou ao volante do meu carro, que andem colados à minha traseira. Com o carro é fácil de resolver, cheirinho de travão e está feito. Com moto, o cheirinho de travão fica mais difícil, porque o pára-choques sou eu. Ainda estou a tentar perceber como é que se resolve.

 

Gosto de andar atrás de motos mais potentes, dou-lhes sempre passagem, porque com a barulheira que fazem, são os Moisés do trânsito...... dão umas aceleradelas e é ver os carros a afastar-se, qual Mar Vermelho de sucata. Eu, com a minha 125 não consigo fazer barulho. Tem de haver uma buzina constituída por uma coluna à frente da moto que, quando accionada, solta o rugido duma 1100. Se não há, start-up aí vou eu.

 

O botão da buzina também está num sítio merdoso, pelo menos para uma principiante. Eu buzino. De carro. De mota faço piscas. Tenho de arranjar uma solução, mas só quando a buzina for de jeito, que para o piiiiii pífio que faz, mais vale estar quieta.

 

Conduzir uma moto devia ser uma prova obrigatória para se ter carta de condução de carro. Para os senhores dos carros perceberem.

 

Se soubesse o que sei hoje, não tinha comprado um capacete compacto. Tinha comprado um daqueles em que o maxilar inferior sobe. 

 

Ainda estou a tentar perceber como é que se demora menos de meia hora para colocar os óculos, depois do capacete posto (eu tenho cabelo comprido, e entre o cabelo comprido e a pressão que o capacete faz, a porra da haste fica sempre do lado de fora das orelhas).

 

Também ainda estou para perceber como é que faço para que os óculos (e a viseira) não embaciem, porque o método de deixar uma nesga aberta está a tornar-se complicado à medida que a temperatura baixa. Lá chegarei.

 

Agora com licença que vou à procura de calças de inverno, que já tenho blusão de inverno, mas da cintura para baixo ainda ando cheia de frio :)

 

 

Segurança Social II

Jonasnuts, 03.11.17

Final feliz (não é desses) da minha história com a Segurança Social (auto-link).

 

Feliz mas tardio, entenda-se.

 

Para quem não quis seguir o link, a coisa explica-se em três tempos, os senhores enganaram-se e eu, como tinha tratado de tudo online (por mail), achei que a resolução da coisa também teria de passar exclusivamente pelo online e pelo telefone. Recusei-me a ir fisicamente à Segurança Social.

 

Hoje, dois meses depois dos primeiros eventos, ficou sanado o problema.

 

Não me desloquei às instalações da Segurança Social.

 

Claro, deu uma trabalheira, em mails directos, em mails usando o site, em telefonemas. Mas não me desloquei.

 

Obviamente, tive direito a situações caricatas do tipo, pedirem mais informações através duma mensagem de mail proveniente de um no-reply e sem identificarem um endereço de contacto.

 

Sim, tive de reclamar, oficialmente. Sim, tive de telefonar uma catrefada de vezes e, no telefonema, a sugestão dos operadores era sempre a mesma "vá a uma delegação da segurança social". A quantidade de gente que é canalizada do online para o ofline é extraordinária. Devia ser ao contrário.

 

Mas, seja como for, resolvi a coisa e não fui lá.

 

Espero ardentemente poder regressar à minha comunicação tradicional com a Segurança Social, a comunicação unilateral, daqui para lá, todos os meses. 

 

Porque precisar da Segurança Social sem ser para lhes pagar é muitíssimo frustrante e se eu precisasse do que me devem para pagar coisas, estaria lixada com f de cama.

 

É pouco segura, a nossa Segurança Social. 

 

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