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Jonasnuts

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A verdadeira questão

Jonasnuts, 08.02.10

Mais importante do que ver o anúncio do Google no intervalo da super bowl (ando tudo com a dita ao pulos por causa do anúncio), a verdadeira pergunta é, porque é que raio o Google decidiu anunciar na televisão?

 

Porque é que nunca tinha anunciado e, agora, anuncia?

 

Essa, meus senhores, é a questão.

 

É que não há fumo sem fogo, nem o Google dá ponto sem nó.

Inocência

Jonasnuts, 08.02.10

Perdi a inocência muito tarde. Imagine-se que, quando soube que na universidade se copiava, fiquei chocadíssima. Tinha 16 anos. Percebem? Era muito inocente.

 

Perdi a inocência muito tarde. Mas quando a perdi, não ficou réstia de nada. Sabem aquelas coisas do amor que se transforma em ódio? É mais ou menos a mesma coisa. Passei de inocente idealista bimba para o extremo oposto. Sou cínica, e duvido sempre da natureza humana. É tudo culpado até prova em contrário.

 

Isto tudo para dizer que não ando impressionada com as notícias, e com as manipulações, e com a liberdade de expressão, e com os clamores de viva a liberdade e marchinhas daqui e marchadelas de acolá. Não acredito em políticos (independentemente da sua cor), não acredito nos órgãos de comunicação social, e não acredito na justiça. Todos têm agenda própria e todos se estão cagando para o povinho.

 

São muito raros os casos em que as pessoas enveredam por um serviço público para servir o  público. Enveredam por onde acham que lhes dá jeito, pessoal, enveredarem. Não querem servir o público ou o povo, querem servir-se a eles próprios em primeiro lugar, os interesses do público ou do povo são muitíssimo secundários. Trabalham para a sua própria agenda ou para a agenda do pastor que os apascenta. Se a coisa correr de feição, andam caladinhos, se a coisa não correr de feição, berram.

 

Portanto, senhores que andam aí a gritar e a berrar, que nem virgens ofendidas, com o estado da nação, calem-se. Vocês não estão a refilar com o estado da nação, estão a refilar por não serem vocês ou os da vossa cor, a estar no poleiro.

 

 

A importância da língua

Jonasnuts, 05.02.10

A língua a que me refiro, é aquela que falamos portanto, os que vieram aqui à procura doutras línguas e da sua indubitável importância, desenganem-se desde já. Hoje, falo doutras línguas, mais exactamente da nossa, a que partilhamos com mais uma catrefada de gente, e muito bem.

 

Tenho andado à procura de informação sobre um determinado tema. Uma questão que tem a ver com medicina. Uma terapia. Recomendaram-me que aprofundasse o meu conhecimento sobre esta cena, e eu sou muito bem mandada.

 

Encontro tudo o que quero. Muita, muita informação. Mas tudo em português do Brasil. Não me entendam mal, o português do Brasil é tão bom como o português de Portugal, não tenho cá dessas frescuras de achar que o "nosso" é melhor que o "deles". Mas é diferente. Para mim, o português do Brasil tem aquele ritmo meio cantado, um certo meneio, um ritmo nas ancas que vibra na voz do Chico, ou na letra do Jorge Amado. Adoro.

 

Mas, confesso que o ritmo não é o mesmo quando se trata de informação técnica. Estou a ler, imaginemos, a descrição duma terapia, em português do Brasil, e aquela terapia começa a soar-me meio tropical (o que, de certa forma, anima logo), é saborosa. Por outro lado, carece de veracidade. Vão-me desculpar. Racionalmente sei que não é assim. Mas enquanto leio as coisas lá do cognitivo e do raio que os parta, em português do Brasil, parte do meu cérebro, não consegue levar aquilo a sério.

 

O que é pena, porque há muito mais conteúdos de jeito em português do Brasil do que em português de Portugal. Pelo menos sobre este tema.

Silêncios

Jonasnuts, 05.02.10

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Ontem almocei no Pabe.

 

Não é local que frequente com assiduidade mas, se a minha memória não me falha, apesar dum ambiente habitualmente discreto, não era um restaurante silencioso. Ok, não era a Portugália da Almirante de Reis, mas também não era um daqueles restaurantes onde se ouve um alfinete a cair.

 

Não sei muito bem porquê, mas ontem, ao almoço, dei por um som ambiente higienicamente sussurrado.

 

Liberdade de imprensa, liberdade de expressão, censura e coiso e tal, mas deixa-me cá baixar o volume da conversa, não vá acontecer comigo o que aconteceu ao outro.

 

Foi esclarecedor, principalmente tendo em conta a profissão da freguesia mais habitual.

 

Mas isto sou eu, que sou cínica :)